ENSAIO-CRÍTICA-DIÁ-LOGO DA MESTRA RITA HELENA NEVES AO TEXTO /**SONHOS SONHANDO SONHOS**/


SONHOS SONHANDO SONHOS
Manoel Ferreira Neto.



Caro escritor Manoel Ferreira,



Você percebe que é uma descrição lírica que envolve toda a Beleza do Universo que se funde, ora misturando o Belo da natureza, ora a Beleza que habita no Ser, o que o permite todo seu envolvimento com o etéreo...?
Natureza e a essência do Ser entrelacam-se numa dança onírica, sinestésica a sentirem-ser um ao outro como uno.
Natureza, Ser dançam, fazendo do Universo um poema na plenitude existencial.



Rita Helena Neves.



Mestra, quando era estudante do Curso Científico, Magistério, anos 1973, 1974, 1975, tinha uma paixão delirante pelo Neoclassicismo. Lembrei-me disso hoje à tarde e pensei comigo: "Vou ver se consigo escrever um texto sobre a natureza". Sinceramente, não pensei em nada disso que está ensaiando sobre SONHOS SONHANDO SONHOS, mas é realmente o que está dizendo.



Manoel Ferreira Neto.



**SONHOS SONHANDO SONHOS**



Sonhos intersticiados e artificiados de oníricas imagens resplandescentes, miríades de luzes projetadas ao além em noite sem estrelas e lua, solsticiando as ad-jacentes bordas da inconsciência, inspirando a-nunciações e revelações de místicos mistérios do verbo in-fin-itivo da trans-cendência que interditam a Beleza do Belo, pres-ent-ersejando de silêncios e vozes as querências e des-ejâncias do eterno que orvalha a alma de volúpias e ex-tases da verdade, pres-ent-[ers]-ificando de solidões e inauditos as travessias e nonadas do efêmero que neva nos recônditos da liberdade os vernáculos eruditos das artífices sin-estesias, linguísticas e semânticas, sin-cronizando as ers da contingências e as iríasis da transcendência, e no infinito os verbos do tempo e do ser emolduram cintilâncias e brilhos na poética do espaço, sin-tonizando os ritmos e melodias do uni-verso com estética dos sons do pleno e do vir-a-ser, e no horizonte dos uni-versos planetários a luz diáfana do sublime que eidetica sentimentos e emoções com a neblina que voeja no vento atrás do sol.
Sonhos inter-ditados e entre-linhavados de inaudíveis sussurros e murmúrios inconscientes da vontade de a Beleza do Belo ser o in-fin-itivo do tempo e do verbo que vers-essencia a estética dos prazeres e alegrias que a felicidade recita por inter-médio de cochicho suave e sereno versos e estrofes do perene que esplende ao além as jactâncias dos desejos e utopias que plen-ificam a vida com o perfume das orquídeas na apres-ent-ação do alvorecer e suas primeiras e primevas luzes, glorificando a terra e o mundo, e no esplendor da natureza a harmonia do espírito e divin-idade do tempo-verbo da etern-idade, e na magnificência dos campos e florestas a sintonia do trinar dos passaros, e nos pampas e chapadões a jornada das ovelhas pastoreadas pelo campesino, e na margem dos rios e praias gaivotas alimentando-se das dádivas profundas do mar, e nas serras e picos a neblina caindo suave e serena.



Manoel Ferreira Neto.

(23 de abril de 2016)

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