COMENTÁRIO AO POEMA /**INSTRUÍ QUE..." DE MINHA SECRETÁRIA, POETISA, ESCRITORA ANA JÚLIA MACHADO.
Instruí que a perspectiva da imagem
da luz que incide no espelho efêmero das sorrelfas é re-versa de raios,
in-versa de cintilância, ad-versa de brilhos ad-jacentes aos uni-versais
in-fin-itivos do sublime; que os pecados que esconjurei de minhas entranhas
fosforesceram de malign-itudes no entardecer da etern-idade, brilharam na
eter-itude no crepúsculo do absoluto; que as vaidades escorraçadas dos
interstícios de meus instintos foram glorificadas no covil de gênios, e quase
tive um piripaque quando a imprensa escrita divulgou na manchete e escreveu
matéria sem único verbo; que a egrégia verdade do jamais sempre jamais é a
idéia do infinito re-fletida no côncavo con-vexo do espelho do obtuso incidindo
a essência do nada, o espírito do vazio que a estrada de poeiras metafísicas é
o caminho mais curto para o inferno da psicanálise de forclusions da plena
consciência; instrui que o rio sem margem, sem pressa é a origem da fonte que
jorra o etéreo eterno do tempo de subjuntivos infinitivos; que o buraco mais fundo
não é o do abismo, sim o do entre a verdade do póstumo e a in-verdade do eterno
particípio da esperança; que a pena de galo velho molhada na tinta Parker 51
inscreve na lousa dos tempos a risada esgarçada da crença na crítica da razão
pura; que o "fogo de Santo Antônio" é o fármaco para tornar os
mistérios da inconsciência em consciência da crítica da razão crítica, que o
obtuso re-versado de in-versos do nada vers-fica as miríades do sublime,
ver-seja as plen-ítudes do não-ser evangelizado de ser tão de veredas.
Manoel Ferreira.
Instruí que…..
Aletradei que querenças eternizas ou
efémeras,
Alcançam ultimar em uma escuridade ou
claridade
Que colossais amigos logram
retornar-se pertinazes hostis.
Que a querença, erma, não frui a
possança que eu conjeturei.
Que auscultar os distintos é o
excelente fármaco e a trivial malignidade.
Que a gente jamais domina um ser de
realidade,
Afinal desembolsámos uma existência
completa para entendermo-nos a nós próprios.
Que fidúcia não é quesito de
jactância, e sim de subsistência.
As ninharias de amigos que amparam –
nos na caída, são muito mais pujantes
Do que os numerosos que nos impelem.
Que o jamais mais jamais se executa,
e que o para ininterruptamente sempre finda.
Que a parentela com suas disparidades
está constantemente sempre que se carece.
Por vezes, ou muitas vezes cincam.
Mas há sempre um que está presente.
Que ainda não arquitetaram nada
superior ao regaço de mãe desde que o Universo é Universo.
Vou continuamente espantar-me,
faça-se com os distintos ou comigo.
Que vou tombar e elevar tanta e
tantas ocasiões, e tantas já derruí
E jamais vou instruir tudo o quão
ambicionaria…o tempo não lega tempo
Mesmo, que concedesse seria sempre a
instruir-…..Mas só assim a existência origina sentido
Se tudo fosse tranquilo, o que
haveria para fazer….Que mesmice seria a existência.
Mas tal-qualmente as quedas
precisariam ser partilhadas por mais seres.
São iniquamente divididas…..
Ana Júlia Machado
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