TÁBUA DA LIBERDADE ETERNA GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: ODE @@@@


Até onde o olhar e o ouvido

Capazes de alcançar são

A liberdade de pensar-sentir

Assemelha-se a tudo o que o desejo

De artificiar as veredas do vazio,

De construir as alamedas do nada,

De realizar as sendas do saber,

Ao mais alto e ardente vôo da alma,

Suficiente é a utopia de toda a

Eternidade em ofício criador,

Atraído, conduzido e arrastado

Por todos os recantos do tempo,

Sinto-me numa efusão de alegria

E sentimentos de prazer jamais

Inscritos em quaisquer tábuas ou páginas,

Onde quer que vá,

Tudo se mostra nítido,

Tudo se revela presente,

O porvir, o por vir serão imensidade

Em nome daquele que toda fé

Compôs, formou, instituiu

Atividade, vigor,

Fica sempre em essência

A paixão inominável de outros

Universos do Ser perscrutar, investigar,

De outros mistérios, enigmas

Avaliar à luz do efêmero, das nonadas,

Em nome da liberdade,

Cuja chave de ouro é a consciência

Da sabedoria fazer-se ao longo da vida.

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Que liberdade seria essa então

Que só de dentro das coisas do mundo

Possui a coragem de dizer

O que aflige tanto a alma?

Quais são as vontades

A habitar-lhe no sonho da verdade

Dentro do mundo, faça o mundo mover-se,

Manter questionamentos em si,

E em si manter-se real,

Nas contingências das contradicções,

Dialécticas, nonsenses

Da efemeridade da existência,

De modo que ao que nela viva

Teça a sua força, componha o seu gênio,

Versifique seus dons e talentos?

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A tudo que a liberdade de melhor

Em si conhece, faz nascer nos homens,

Deixa à guarda da consciência

O ímpeto, a irreverência, a determinação

De a cada passo revisitá-la,

Refazê-la, refundi-la,

Em nome do universo de possibilidades

Da dádiva magnânima

De o sopro do Ser varrer a poeira,

As poáceas das hipocrisias da verdade,

Para alcançar sempre o justo,

A beleza, a grandeza,

Assim celebrando o destino do homem,

A ventura dourada do ETERNO.

RIO DE JANEIRO(RJ), 25 DE JANEIRO DE 2021, 06:31 a.m.  

 


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