SONIA GONÇALVES ESCRITORA POETISA E CRÍTICA LITERÁRIA RESPONDE À INTERTEXTUALIZAÇÃO DO POEMA #IDÍLIA TERRA# DE SUA AUTORIA - PROJECTO #OS 22 QUE ANTECEDEM O MILÉSIMO
Nossa ficou maravilhoso! Está abusando hoje da criatividade né Manu,
lisonjeada por meu texto tê-lo inspirado! Coisa mais linda sua poética, sua
prosa poemada, poetizanda, florais d'alma perfumando o face pelos quatro cantos
do mundo! Sua sensibilidade de capitação das palavras, das parábolas só me faz
sentir muito orgulho dessa amizade valorosa de ter e estar sempre assistindo
seu sucesso Manu. Parabéns por mais essa pérola!Amei de verdade.Noite serena
para os dois lindos.
Sonia Gonçalves
Recomendo, Sonia Gonçalves, que leia SERAFIM PONTE GRANDE, de Oswald de
Andrade. Uma obra excelente. Vai despertar-lhe inda mais para a estrutura da
Intertextualização, e como esta obra alumia Idília da Terra, é-lhe um suporte
criativo e linguístico.
Beijos nossos, querida!
Manoel Ferreira Neto
#AFORISMO 989/
ACIMA DAS DIFERENÇAS COISAS E MUTAÇÕES# - PROJECTO #OS 22 QUE ANTECEDEM
O MILÉSIMO#
SÔNIA GONÇALVES: POEMA-CARD #IDÍLIA DA TERRA#
Manoel Ferreira Neto: PROSA-POÉTICA INTERTEXTUALIZADA
A imagem que habita os re-cônditos
De vossa alma plena de verdades,
Desejos de poesia poetizando, poematizando
Sonhos, Utopias, Conquistas,
Apesar das in-verdades que lhes re-vestem,
Concebe-se e gera-se Espírito e Verbo do Ser,
Folhas secas ao vento são iguais pirilampos,
Encanto sustenido às iras dos angélicos mudos,
Dá a luz à pintura de vossa eternidade
De sentimentos, de emoções
É-vos "a vida acima das diferenças coisas e mutações".
Por todo canto há idílica planta
São tantas locustas para liquidar plantações!
Por todo cântico de conquistas há quimérica lírica
Que arde, queima, ardência, caliência,
São tantas as filosofias para a in-terpretar!
Encontrei-me porventura num restaurante de clube da cidade com Magdalena
Celeste Ponte Grande, a esposa de Serafim Ponte Grande, o amigo, da ilha,
sozinha, e ficamos a conversar sobre o seu assunto preferido, literatura e
poesia, quase não diz de pintura, estando ela a dizer-me sobre. Apaixonou-se
pelas letras, amor de paixão mesmo. Escrever é difícil, mas atrai, seduz, e não
há como não se envolver plenamente. Com alguns dos poemas de que podia
lembrar-se de seu marido assim ela sente a poetisa, está aprendendo com o
marido muitas experiências.
A poesia que é substância
De vossos sonhos, ideais, utopias,
Eivada de "eu-plástico", seivada de fantasias
Das plen-itudes, das verb-itudes da espiritualidade
Que re-colhe e a-colhe as lâminas afiadas do amor,
Da cáritas, da koinonia,
Re-vela o verso e a estrofe
De vossos desejos, vontades, esperanças
Do entre-laçamento de mãos nas sendas da Terra-Mãe,
Das veredas do Mundo,
Paz, Solidariedade, Compaixão,
Eis a vossa canção-plástica de sibilos, silvos,
"Acima das diferenças coisas e mutações."
A prosa-poética que é eidos
De vossos pensamentos, idéias, liberdade,
De vossa razão de estar-no-mundo,
Ser-no-mundo,
É a chave que inicia a tessitura da peça musical,
São as notas que revelam os vossos interstícios
Sensíveis,
Que manifestam os vossos âmagos
Espírituais,
Que mostram e de-monstram os núcleos
De vossa consciência-estética,
Eis a vossa filosofia-plástica de vossa sabedoria
"Acima das diferenças coisas e mutações."
Percebi com clareza que o poema fora escrito, dedicado a ela própria,
mas não o disse, talvez para não pensarmos ser vaidosa. Olhando para a a rua,
ao longe deserta, Son dos Poemas, assim reconhecida, elegante em suas vestes
pretas, um palétó à Whitnel Houston, cabelos negros, caindo às costas, aquele
olhar que come as coisas, de uma sensibilidade esplendorosa, sentou-se conosco,
e foi logo recitando e declamando com eloquência, voz suave:
Do cerne da terra é surgido o fruto luzido
Antídoto em poema do rei mais lustroso,
Risos, vale de lágrimas...
Fica sabendo então que ela recita numa emissora de rádio, poemas seus e
de amigos, sem quaisquer impostação, livremente. Magdalena ficara extasiada com
a visão poética de Son dos Poemas. A nossa conversa alongara até às duas e meia
da manhã.
Despedimo-nos... Despedida inusitada. Trocaram estrofes e o convite de
Magdalena para Son dos Poemas fosse passar um feriado prolongado na ilha.
Recitara Son dos Poemas:
Vem da terra a bebida seiva em mel suplementos
Em verdade prometida, nosso berço, luz e acalanto,
Ah!... Hipotética vida éter até os quintos dos elementos.
Declamara Magdalena Celeste Ponte Grande:
O amor e entrega que são essências
De vossa alma, dimensões sensíveis e do ser,
De vossa alegria de viver o uno-verso
Da felicidade, da alegria, do prazer, do gozo,
Re-vestidos do sentimento transcendente do Verbo Amar,
Eis a música-plástica da vossa virtude de existir
Plenamente,
Eis a balada-plástica da vossa dignidade de criar
A Verdade,
"Acima das diferenças coisas e mutações."
(#RIODE JANEIRO#, 02 DE AGOSTO DE 2018)
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