#AFORISMO 1012/ CONCUPISCÊNCIAS DA NÁUSEA# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO



Epígrafe:


A morte caracteriza-se na náusea, extravasa-se sutilmente introspectas belezas e fenômenos ao rondar na penumbra almas da quotidianidade com seus recalques psíquicos.(Graça Fontis)


A cobiça dos prazeres materiais e sexuais concebem os pecados da linguagem, adulterando a inconsciência dos sentidos.(Manoel Ferreira Neto)


Pérfluos pétuos de versos-re,
Templando com pectivas
De éticas emáticas de pó,
in-finitivam de-fectivos verbos a
Redimirem a carne viva dos
Pecados vestidos de tabus,
As glórias trajadas das
Civilizações pretéritas,
Os orgulhos de toga ad-vogando
As genesis apocalípticas do além,
Além-cripta,
Além-epitáfio,
Além-nada,
Versejando de máximas latinas
Os direitos e privilégios constituintes
Nos códigos da má-fé.


Pétuos pérfluos , nascendo de ré os versos-ad de cânticos milenares e seculares altissonando ritmos e acordes nos auspícios olímpicos, por onde nadas e nonadas bailam os fados e polkas melancólicos e nostálgicos do ser revelado de saudades, do não-ser evangelizado de vazios, da náusea "sastreada" de angústias, espiritualizada de dogmas dos ossos à luz do vir-a-ser cinzas, à mercê do há-de ser pó trans-elevado ao elevado, ao trans-eterno do silêncio à soleira do vento vindo-ad das fundas-pre do abismo, em cujos stícios-inter o sonho do verbo de suprassumir os raios numinosos do sol, as cintilâncias versais-uni das estrelas, os brilhos áfanos-di lua velando as boemais faustas das gnoses, perpassa, traspassa, trespassa as jacências-ad do sublime e puro das in-verdades efigiadas nos templos abertos às mediev-idades das trevas, brumas, crepúsculos, solstícios, a memória das ipseidades litteris do tempo antes do in-consciente re-verso e in-verso, ad-verso da criação manquidetra-me de quaisquer inspirações, a perfeição do verbo encontra limite no alvorecer dos idílios das travessias nominais-ad de gerúndios e particípios a perfluarem petuos-idades do aquém-epígrafe da etern-idade, do aquém-epitáfio da morte que jamais foi concebida nos ipsis do caos quando se tornou cosmos.


O "O" vogaliza as chamas ardentes
E eternas das linguísticas consonantais
Da erudição dialética permeada de
Póstumas memórias do silêncio e eternas
Con-cu-piscências da solidão
Ou concu-piscências da náusea.


(#RIODEJANEIRO#, 18 DE AGOSTO DE 2018)


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