#AFORISMO 1022/ CÁRITAS DO SUBLIME: AMANHE-SER# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO.



Alvorecer de luzes e raios numinosos, Amor & Amizade, fonte de sentimentos, concebendo ilusões e sonhos eivados de compaixão, solidariedade, entrega de verbos outros que fecundam a vida de sensibilidade, cáritas do sublime entrelaçado de divinas dimensões do espírito, evangelho do ser-com todos os homens, Uno/Verso do Ser, do Tempo, esperança do ab-soluto no momento mov-ente do poiético versejando os prazeres e alegrias do eterno.


Amanhecer de a-nunciações, o "amanhe-ser" - sempre no instantes-limites se mostrando na alma, dores, sofrimentos, angústias, medo, questionamentos e náuseas por uma atitude tornada real, mas nestas trevas a manhã se aproximando, amanhecendo o Ser, "amanhe-ser", novas luzes e sendas de re-velações, Amor & Amizade, de dimensões outras do ser-para a perpetuitude de laços cordiais esplendendo de íris as cores espirituais do além, do trans-cend-"ente" à mercê cosmopolitana dos horizontes do tempo a incidirem miríades de silêncio, pré-núncio de re-flexão de mãos que se unem para a jornada de con-ting-ências adentro, para os passos no silvestre das poiéticas utopias do belo. Só sinto o eidos do amor através da cáritas de luzes da amizade. Só sinto as éresis da amizade se comungada, aderida às eidéticas do amor alumbrado de dimensões abissais do pleno que versifica os sonhos de entrega do verbo... o amareliçado da flor amarela do ipê exposto à luz do sol, o seu brilho, mesmo aquelas que foram e são pisoteadas pelos transeuntes, brilho amareliçado.


Nascimento de outra manhã à luz das travessias de ilusões e fantasias, Amor & Amizade, do vir-a-ser de emoções que trans-elevam desejos e volúpias do que há-de perpetuar os instantes-limites do uno-verso, evangelizando cânticos e rogos da eternidade do espírito.


Amor & Amizade. Amor eivando de amizade o verbo perfeito do que há-de além ser o paráclito da luz. Amor & Amizade, anjos de uma só asa, ao longo das imanências de estar-no-mundo entregam-se à Koinonia, concebem sonhos, real-izam desejos, utopias, o divino mantém-lhes, espiritualizam-se, voam e sobrevoam livres. Por vezes, a amizade precede o amor, mistérios trans-cendentais, a vida requer a adesão, sentimentos e emoções fluem, o tempo revela o vir-a-ser, forram magias, jorram verdades numinosas, nada há que os afaste, nada há que os separe, separam os pretéritos, o que houve de ser a-nunciação de outros uni-versos, só a verdade importa. A vida são plen-itudes de mistérios, enigmas, quando menos se espera amor e amizade se re-velam frente a frente, tempo de espiritualidade.


A vocação do ser são o amor e a amizade e a vocação do amor e amizade, o viver, vivenciar na carne e nos ossos as experiências do verbo eterno.


Amor & Amizade, nous de límpidas cristalinas águas no de-curso, per-curso de horizontes poiéticos versais para o infinitivo de édens, des-lumbrando, a-lumbrando à luz dos raios numinosos do inaudito atrás do sol as pedras angulares do além.


Amor & Amizade - ninguém há de silenciar, se se tem de viver o eterno só, a asa do amor e da amizade conciliadas abrem o espaço para o vôo, etern-itudes a fora, tanta espiritualidade para se real-izar, tanta divin-idade para con-tingenciar, com tanto para se fazer, com tanto para evangelizar, o eidos do ser-no-mundo é a verdade, duas asas unidas para a travessia do aqui-e-agora ao verso-uni do espaço de viver, inspirar, versificar, idealizar, anunciar as metamorfoses consumadas na sensibilidade do ser-tempo, subjetividade do tempo-ser, numinar o longínquo e distante de átimas miríades do efêmero que se reveste no eterno para sublim-izar o paraíso ontológico, a dis-logic-idade do ente nas pré-figurações do onto, o ente precede o onto à numia do verbo, "ser verbo do #verbo-de ser#...", o que justifica o existir, o morrer...


(#RIODEJANEIRO#, 25 DE AGOSTO DE 2018)


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