#AFORISMO 1017/ NO TEMPO, O ESPLENDOR DA IMAGEM# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO



Epígrafe:


"O projeto e a eficiência revelam-se com a finalização da obra." (Graça Fontis)


Nostalgia do in-visível...
Sou sêmen. Semântica.
Conceber no tempo o esplendor da imagem.
O sábio, o forte,
O sem segundo,
O sem instante,
O sem destino,
o que em seu peito
cria um mundo,
o que nutria
orgulho tal,
vaidade tal,
narcisismo tal
que a nós, Espíritos,
se cria igual,
aí jaz por terra
convulso, exausto!
Sin-estesia.
Sin-cronia.
Gerar nas travessias o resplendor da luz.
O diamante cortou o espelho do além.
Centelhas de espectros.
Estrelas bailam, nos braços do sol, a balada do efêmero,
Sonestesias do silêncio que acalentam o sono por vir,
Performance dos sonhos, cor-agens da entrega,
À noite, ele se retira da cena de iluminar a terra
Durante o dia, sem ele,
A terra seria por sempre en-si-mes-ma-da,
Para a entrada da lua, iluminar a noite da humanidade,
Fiesta no céu, no espaço sideral.


Efêmeros raios de sol, numinosos brilhos de presente "Ser", luminâncias de pretéritos do “Tempo”, mistérios do im-perfeito con-templando o espírito do perfeito, enigmas do perfeito velando o verbo de ser do mais-que-perfeito, do gerúndio de orações subjetivas, as orações chamadas de "Orações Subordinadas Adverbiais, regidas de gerúndio, ou seja, Adverbiais Gerundiais", ao futuro do pretérito imperfeito para o destino se a-nunciar de urgência, sibilos do tempo ritmando o ser, soul de melancolias, nostalgias, saudades, jazz de tristezas, solidões, balada romântica de murmúrios, de sofrimentos e dores, deslizando suaves no crepúsculo de nostalgias... segredos do in-fin-itivo corroborando o núcleo dos verbos defectivos, anômalos, e as ipseidades rejubilam-se de proscrições e gozos.


Nostalgia do in-audito...
Peregrino de plagas celestiais.
Os astros rolam em numinosa procissão.


Há cantos de eternidade nos ermos distantes.
Há cânticos de esquecimento nos chapadões, vales.
Há réquiens para Matraga,
Para José no instante-limite da liberdade,
Para Chico Tripa no momento da travessa da maledicência,
Para Mané da Pasta de oratórias, discursos silenciosos,
Verborréias de profecta, de ex-presidente dependendo da Justiça liberar a sua re-candidatura, pois se encontra engaiolado, suspenso no teto da cela, de alta periculosidade, pelas ruas e avenidas, praças públicas, dizem haver sido pároco. Ensandeceu-se.


Luminosas esperanças de fin-itude outra perpassando o tempo de in-finitos desejos do Verbo "Ser" tecendo ilusões em cujos idílios nonadas re-fazem travessias, em cujas elegias pontes partidas re-criam espaços, em cujas odes nadas tecem solstícios, ipseidades e gnoses comungam mistérios e magias em laços de amor pelo que há-de vir de alegrias, dores, pelo que há-de ser de verdade, de mentirinha.


Pelos pro-jectos por virem no tempo, pelas utopias por se a-nunciarem no vôo da águia, de outros caminhos e sendas em direção à plen-itude do in-finito, em cuja essência habita o uni-verso, em cujo cerne habita o além, em cujo eidos reside o eterno, trans-literalizado do sono profundo que sonha a verdade re-nascendo de estrofes o ritmo do silêncio que re-vela a luz a iluminar o entre-árvores do silvestre do bosque aberto às estrelas a guiarem o caminheiro do verbo "brilhar", dos neologismos "brilhança", "sabença", a orientarem o sendeiro da luz, a guiarem o peregrino do silêncio, “resplandecente”, outras gêneses, princípios outros da alma que con-templa o espírito da vida é coisa divina das terras de bem-virá à luz da solidão, levando alegria onde há paixão, levando prazer onde há o saber, conhecer e fazer, ao espírito do silêncio, luminando felicidades; onde há amor suprassumem vozes que murmuram ao peito o cântico de pássaros na aurora de novo dia saudando a natureza, jubilando a glória ipsis litteris do amor ao Ser-{da}-Vida, ipsis verbis da vida ao Ser-{do}-Amor de poetas na poiésis do verbo declamando a fé ,


[“I have often told you stories
About the way I lived
The life of a drifter...”]
Na esperança do amor se tornar a felicidade,
Da amizade ser o segredo de ser-[de]-outro-eu,
De boêmios na des-lucidez da alma e dos sensos,
No des-senso das idéias e dos ideais,
Dedilhando, nas cordas dos amores,
Baladas das in-verdades, desilusões, enganos,
Não com os fracassos dos sonhos não realizados,
Das quimeras molhadas no travesseiro dos medos,
Das sorrelfas respingadas nas folhas do abacateiro,
À soleira da janela do quarto,
De escritores na estética da utopia-humana-do-ser versificam Palavras-esperança-e-fé a consciência-ética
Do Ser-Verbo-de-Esperança.


Penso, indago, perquiro, in-vestigo se não devesse parar aqui, interromper a minha linha? ao menos até as ondas do mar e as ondas de luz se adiram, as águas de uma primavera levem-me direto ao mar ao refazer sua rotina. Será que quando chegar o rio da nova invernia um resto de água do antigo sobrará no poço, na lagoa, na cisterna, acompanhamento de água que sempre destila?


(#RIODEJANEIRO#, 20 DE AGOSTO DE 2018)


Comentários