#AFORISMO 348/TILIMBRA O MANANCIAL DE CHAMAS ARDENTES DA ALMA# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO


Solene apocalipse de longínquos ritmos,
Jazz, blues, românticas, rock´n´roll,
Angústias compostas de medos e inseguranças
Do pretérito perfeito do que me fora, do que de mim fora,
Do pretérito imperfeito do que de mim seria
Do mais-que-perfeito de quem no fundo do espírito, onde
Sonha o que sonhou, onde idealiza o que sonhará...
O passado é neblina caindo, flocos soprados pelo vento,
Entra pela noite, pela madrugada como um rastro de barco,
Atravessando as águas, rumo à outra ilha, Itaoca a Paquetá,
Se perde na água
Que se deixa de se ouvir, contudo, sentindo-a profunda,
Não fosse não dar valor ao que em mim habitava de virtude,
Do pretérito passado de quem fui, de quem de mim fui.


Efêmera beleza do eterno, absoluto esplendor da felicidade em variados sóis do sublime eclipse do espírito, numinando o alvorecer mesclado de margens do destino.


Esplendem de re-velações da beleza os eflúvios longínquos da glória, itinerando a pressa do vir-a-ser de estéticas plen-itudes, de éticos verbos, a performance do cenário voluptuoso tilimbra a dança do amor, manancial de chamas ardentes da alma.


Velando o absoluto à luz do tempo, que ilumina florestas e campos, sabendo encontrar o destino celeste do in-finito, vai adiante o tempo em que as chamas ardentes da alma, os raios cintilantes do fogo queimando as achas, promete amar fiel e sem medo, até à morte-para-o-eterno ao eterno-para-o-vazio, a terra toda viva, o mundo todo espírito da alma, alma do espírito, carregados de sinas e sagas, trans-bordando nas bordas dos entes de mistérios e enigmas.


Na estrada metafísica de poeira fina e leve, que se me a-nunciava, vislumbrava de encontros de sorrelfas as alegrias ad-jacentes sedentas de conhecimentos
milenares e crepusculares, re-fletindo na imagem trans-perspectivada da alma a idéia da irremediável permanência da esperança outorgando os ímpetos da vida oblíqua que são os medos nos pratos da balança da perfeita nesciedade e da mais-que-néscia...


... imperfeitude do ser diferente,
Subterrâneo do espírito.


(**RIO DE JANEIRO**, 01 DE NOVEMBRO DE 2017)


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