#AFORISMO 379/EFÊMEROS SUBLIMES DA VERDADE# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO


As sombras da etern-idade, etern-itude dos universos do absoluto, itud-idade de paisagens tecendo o ser de excelências divinas contingenciadas de origens, genesis, princípios do silêncio, continuidades do ser-com a solidão de pretéritos de dogmas e preceitos, antanhas ilusões do perdido retorna nos sibilos de vento, no onírico de alguma ilusão noctívaga de iluminação, de futurais utopias e ideais, no crepúsculo das oliveiras o manto sagrado de passagens, metamorfoses, símbolos, signos, o amanhã florescia nas bordas, o tempo florando no além de in-fin-itivas regências dos verbos, nada de quimeras per-vagando em vai-e-vens, roda-viva dos fenecidos, nada de sorrelfas circun-vagando em "zigues-zagues" na superfície in-finita do celeste de estrelas e lua, outroras das palavras enunciando sentimentos outros a numimaram carências, luminarem as ausências e falências do vazio de perpétuos e perenes, emoções dispersas a recitarem universos de signos, símbolos, metáforas, declamarem sin-estesias do vir-a-ser de imagens líquidas das a-nunciações da sensibilidade, o que...acontece num segundo e de imediato se esvaece, às vezes a memória nem registra, e quando o faz necessário mergulhar profundo para saber ou esperar que ela literalize.


Vazio-de-verdades a ensombrecerem medos latentes de mistérios inauditos, enigmas in-cognoscíveis, renovando-se nas bordas límpidas do desconhecido, as mãos plenas do místico, manifestos de enigmas à percepção ininteligíveis, re-fazendo-se nos limiares do imemorável Cócito,
Olhares frios do mítico,
alucinados diante
aos subjuntivos do eterno.


Aléns-da-ausência, vazios perfazendo caminhos, percorrendo ilimites à busca de esvaecerem-se, aléns-da-falta, tristezas, saudades dos perdidos sonhos da plen-itude, aléns-de-manque-d´êtres, de sendo-em-sendo nadas e nonadas estagnados, em-si de náuseas, aléns-da-falha, pontes partidas, caminhada interrompida, nada de travessia, o vir-a-ser no longínquo, no distante, esperanças esvaecem-se livres à mercê das miríades de luzes quebradas...


Senões de margens nas sendas do lá-jamais, senões de poeiras nas veredas de "tudo passa", sendas de "nada é eterno", senões de pontes partidas emoldurados no porta-retrato de infinitos desfacelados, de arribas, ornamentados de vazio, senões de nonadas despersonalizando travessias.


Tese,
anti
tese,
sin
tese.
Anti-sin
tese


Acendo um cigarro ao pensar em revelar as teses, antíteses, sínteses, e saboreio no tragar e expelir a fumaça a libertação de todos os pensamentos e idéias, sigo o fumo como um destino próprio, a libertação de todas as especulações e perquirições, e a consciência de que a metafísica é uma consequência de estar mal humorado.
Cores vivas no útero de arco-íris versadas de pretéritos brilhos, embelezando o outrora dos milênios, arrebiques de passados séculos, estesiando o outrora de genesis ao Som do Cântico dos Cânticos. O crepúsculo dos ocasos , a noite dos efêmeros sublimes da verdade...


(**RIO DE JANEIRO**, 13 DE NOVEMBRO DE 2017)


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