CRÍTICA LITERÁRIA POETISA ESCRITORA Ana Júlia Machado ANALISA, INTERPRETA E COMENTA O AFORISMO 395 /**POEMA ÉRESIS**/


O que leio nas entrelinhas do poema do grande escritor Manoel Ferreira Neto é que está saturado do trivial, pretende a grande Poesia, a pura, sem preceitos e regras…
Que não consagra expoentes
Nem dialecto exclusivo, não deseja acatar
Tão-pouco as balizas da expressão. Ela brota, como um flúmen.
Como a seiva nas veias,
Tão instintiva que nem se entende como foi escrita.
E que no final não deixa de ser tão ideada –
Concluído com um ornato na sua mestria escrupulosa,
Uma transparência que se desenraíza do chão
Já no interior da geometria não-euclidiana, geometria alicerçada sobre uma hipótese desigual do de glorioso, elegendo uma erudição congruente e sem antagonismo...Irrepreensível do seu aperfeiçoamento.
Um poema espontâneo, da existência e do individuo
Esta é a minha perspectiva de leitura do poema do escritor Manoel…saturado do trivial, vulgar...ser um ser livre para escrever como deseja…sem imposições.


Ana Júlia Machado




#AFORISMO 395/


POEMA ÉRESIS#
GRAÇA FONTIS: PINTURA
Manoel Ferreira Neto: AFORISMO


CRÍTICA:


Perfeita Síntese entre Poema e Pintura. (Manoel Ferreira Neto)


Queria um anti-poema
Poema anti-versos, anti-estrofes
Aberto
Poema anti-metáforas, anti-espírito
Sem fronteiras
Poema anti-símbolo, anti-signo
Sem limites
Poema não-prosa, não-mensagem
Sem bordas,
Sem perspectivas
Poema de nada, poema vazio, poema vácuo
Travessia,
Passagem
Poema efêmero, poema fugaz, não perspicaz
Poema sem palavras
Poema sem fonema
Poema sem linguística
Poema livre
Livre da vida, livre do ser,
Livre de verbos, livre de carnes.
Poema éresis
Poema esia
Po-esia de éresis
Esia de amar o pó...
Amar-esia
Amar-éresis...


(**RIO DE JANEIRO**, 18 DE NOVEMBRO DE 2017)


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