SONIA GONÇALVES POETISA ESCRITORA E CRÍTICA LITERÁRIA COMENTA O AFORISMO 385 /**PROSA EM DEVANEIOS**/


Boa noite Manu...Que lindoooo! Versado, configurado na ponta do verbo, no caminho do Sol da nota musical.Uma inspiração muito bonita prosada, proseada com maestria de sempre, do regente das letras Manoel Ferreira Neto as palavras parecem mesmo notas musicais no seu enredo, querido, brinca com elas como se estivesse rodando um pião...Aplaudo-te!Bjos👏👏👏👏👏👏👏 para os dois bonitos e nota 10 para a ilustração também...👏👏👏👏👏👏


Sonia Gonçalves


Há-de se reger a ponta do verbo com notas musicais, só assim, tomando em conta a minha Filosofia da Estética, a Literatura, a Poesia atinge, alcança o ápode da uni-versalidade. Quiçá chovendo no molhado, mas, em verdade, não sinto e penso as Letras sem a Música. Você se refere a brincar eu com as palavras e as notas musicais como se "... estivesse rodando um pião": muito interessante esta percepção, intuição, pois na criação desta PROSA EM DEVANEIOS imaginei algo girando, rodando, roda-viva, uma viagem pela música de Geraldo Vandré, no tempo, desde que me apaixonei pela Obra dele. Não separo as Letras da Música.
Beijos, nossa querida!


#AFORISMO 385/PROSA EM DEVANEIOS#
Título: Graça Fontis
AFORISMO: Manoel Ferreira Neto


Versias de "amores na mente",
Sonhos, esperanças, utopias, liberdade
Tecendo a caminhada nos caminhos
Que também é caminhar,
Crocheteando as revoltas e rebeldias
De virá o bem na terra
De "flores no chão"
Devaneios, desvarios, vaidades, fantasias
Não é mais brincadeira, diversão não,
É tempo de re-fazenda,
É tempo de "certeza na frente",
"A história na mão",
Os tempos passam,
Fica o Hino da Humanidade da Liberdade,
"Aprendendo e ensinando"
Novas idéias, novos ideais do Ser.
Versias de estratégias de utopias
Con-figurando no limiar do tempo
As linhas verticais, horizontais, trans-versais,
Tecendo nos inter-ditos verbais dos desejos
Lúdicos ironias re-vestidas de sabedorias,
Eis a consagração artística da Harmonia,
Sin-cronia, Sin-tonia
Com a humanidade do ser vis-à-vis liberdade do eterno.


Versias de onomatopéias
Musicalizando o in-audito de sentimentos,
Sonorizando o in-inteligível das re-versas razões,
Melodiando o in-compreensível das in-versas idéias,
Ritmando o in-visível das dimensões trans-cendentais,
Compondo a sin-fonia da solidão,
Versando a ópera do silêncio,
Eis a eleição filosófica do espírito
Que sonha solene a uni-versal-idade
Que aspira magistral a linguística erudita,
Estilística clássica do verbo e das regências do pleno.


Versias de imagens pintadas de cores vivas
Ornamentando de características sim-bólicas e expressionistas
As travessias da vida à arte do sonho
Que cria, re-cria, in-venta, re-faz
As dialécticas
Do tempo e do vento,
As dia-logias
Da sabedoria e da vontade do logus
Eis o júbilo do êx-tase da alma
À forja do pecado original,
À quiçá do livre arbítrio,
Às cavalitas dos idílios, devaneios das plen-itudes.


Versias de paisagens do vale
Sob os raios numinosos do sol,
In-fin-itivam a terceira margem do rio,
As orquídeas à soleira da montanha,
As rosas nos canteiros de jardins,
As margaridas no vaso suspenso no teto
Da varanda
A visão mística estende-se na imensidão
Eis o silvo das plen-itudes,
Eis a koinonia da leveza do ser e a humanidade do verbo
Pres-ent-ificando a beleza do belo
Aspirando a Arte do Ser.


Versias das notas musicais
Inspirando a lírica romântica
Do Amor e da Cáritas,
Eivando a alma de prosa em devaneios,
Em cujos interstícios recônditos da intimidade
Habita o eidos das compl-etudes do encontro e des-encontro,
Das carências e buscas,
Do manque-d´être e utopias da pureza do silêncio,
Eis a espiritualidade da Arte da Vida
Esplendendo ao "Eu Poético"
As dimensões lácias da felicidade e alegria.


(**RIO DE JANEIRO**, 15 DE NOVEMBRO DE 2017)


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