#AFORISMO 361/FRINCHAS DE OUTROS PRETÉRITOS INDICATIVOS DO EIDOS DO TEMPO# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO


Cores simbólicas de brilhos ad-jacentes esplendem sentidos múltiplos ao além de in-finitas esperanças, na razão in-versa da iluminada iluminação sensível, trans-cendente, na fonte originária de inspiração que inspira o espírito a trans-bordar-se nas glórias do tempo e ser, no verbo amar dos sonhos, a perspectiva de travessias, na vertente espiritual de ser, o sublime re-vestido de chamas ad-vindas da lareira do eterno silêncio.


Que metafísica tem a palmeira? A de ser alta, suas folhas verdes penderem-se,
que melhor metafísica que a dela, que é a de não saber para que vive, a de não saber a morte, nem saber que não o sabe?


O que sou perante a vida? O que não sou diante aos raios de sol a iluminarem pretéritos indicativos do vir-a-ser, presentes subjetivos, subjuntivos do amor-verdade? Diante de minha imagem, re-fletida no espelho, a morte, a eternidade?


Versos in-versos, razão ao revés do tempo, intelecto re-verso às avessas dos instantes, momentos: fica a impossibilidade temporal de querer ser terra, ser águas límpidas, ser trégua, ser espaço, ser alegria, ser o ser finito nas sombras
do homem mortal, do indivíduo que busca o ser da liberdade que inspira etern-itudes.


Talvez não ec-sista a metamorfose. Metapoema, metaprosa na metalinguística do absoluto, nas imagens de outros outroras melancólicos e nostálgicos, re-lembradas no vão de um dia solitário, re-memorizadas nas frinchas de outras utopias. Gravo a sutileza do possível, enquanto tenho tempo fértil, a inspiração viva e presente.


O vento de entre-montanhas sibila o carrossel de sentimentos e emoções, re-flexo e esperança, retalhos de fantasias apenas! Miríades de quimeras! Imagens de sorrelfas! No além, as perspectivas pers de eter-idades despetalam o in-consciente de verbos puros. Canto de forte sinfonia, Blowin´ in the Wind, Skyline Pigeon, cântico de óperas do silêncio presente, Graças a la Vida, Forever Young, na alma, espírito, corpo, melodia de vasta alegria, amplo amor a res-plandecerem de desejos os idílios do Ser.


Sou amante eterno do verbo, sou verbo-amante da vida que sonha o espírito da verdade. Não me limito na liberdade de escrever com quatro letras o amor, per-corro o não-dito, inaudito de amar no Ser o eidos do tempo, de ser no eidos do espírito a essência da Verdade efêmera que alimenta os tícios-inters do pleno amor-vida.


Meu passado brinca nos campos silvestres e Heidegger inspira-me no Ser da jornada, verdes ramos, vagalumes, quê inocência! quê saudade!


Quiçá não haver a alomorfia. Poema da enunciação que reflete sobre a poesia, realização coloquial na metalinguagem do pleno, nas representações de distintos dantes nostálgicos e saudosos, revividas num vale de um dia ermo,
recapituladas nas fendas de diferentes quimeras. Cinzelo a diplomacia do exequível, enquanto possuo idade criadora, a númen intensa e atual.


(**RIO DE JANEIRO**, 02 DE NOVEMBRO DE 2017)


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