#AFORISMO 408/ONDE... ONDE... ONDE...# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO


Onde resplandece a luz dos idílios do verbo, sorrelfas de regências, anti-poema poiético do sonho, anti-poema po-emático do In-finito, verb-érisis do além seduzido pelas fantasias do Pleno.


Onde esplende o sol das esperanças do eterno, anti-poema poemático do desejo, das volúpias, dos ex-tases do uni-verso-uno da verdade. Onde exala o perfume do volo do absoluto, anti-poema, po-esia, esia do eterno, da utopia dos sentidos, por onde con-templar as iríasis do amor, da verdade, das quimeras da razão. Onde despetala as flores silvestres do mistério do ser, anti-poema, esia da esperança re-vestida da éresis do sublime, sublim-itude de versos e estrofes do Soneto, suprema re-velação da linguagem espiritual. Onde floresce a verdade do amor, eidos do ser, anti-poema po-ético do espírito eivado das dimensões do belo e da beleza, do machado e da árvore, do rio e das margens. Onde re-versa versos, in-versas estrofes da expressão da alma, anti-poema de inter-ditos re-velando inauditos, mistérios e enigmas, mitos misticos do pleno, ritos ritualísticos dos rituais. "Rompi tratados/Traí os ritos." Onde con-templa horizontes esplendidos no arco-íris do tempo, anti-poema das plen-itudes do verbo que se deseja carne, da carne que se deseja vida...


Onde...
Sublim-itude do anti-poema, esia do eterno
                 Eterno de mazelas,
                 Eterno de fugas,
                 Eterno de mentiras,
                 Eterno de in-verdades,
Numina os volos da esperança re-vestida de iríasis
Da verdade, florescem os in-auditos do belo, da beleza,
Utopia dos sentidos que pervaga nas ondas tocando
A areia do mar, maresia de suave leveza...
                 Maresia de suave leveza da humanidade,
                 Maresia de suave leveza da solidariedade,
                 Maresia de suave leveza da ética,
                 Maresia de suave leveza da consciência.


Onde...
Re-versa versos dos ex-tases vernaculares e verb-erisíacos
Quimeras da razão à luz e à forja do mistério do ser,
In-versa floresce a linguagem do amor,
A carne que se deseja vida,
Mitos místicos do pleno.


Onde...


Onde as águas límpidas e cristalinas do rio sem pressa, sem margens corre seu eidos-éresis, anti-poema das moléculas dos sentidos. Onde as cintilâncias das estrelas iluminam o celeste de todos os horizontes, as esperanças de todos os desejos e sonhos serem o Verbo do Amor.


Onde...
Onde...
Onde...


Flores silvestres
Des-abrochando manhãs nascentes,
Esplendentes de raios numinosos
Elevando de pétalas em pétalas
Perfume suave a extasiar
De natureza a transparência de brilhos divinos


Do vazio à multiplicidade de flores ao longo dos campos,
À diversidade de cores ornamentando querências
Às variedades de preliminares visões de sentimentos,
Leveza do espírito com a perfeição da natureza,
- Absoluto da vida -
Amor que verbaliza o eterno, plen-itude do sempre.


Ser de sou, em mim o verbo,
Que re-nasce, re-nascendo o re-nascer,
Que, re-nascendo o re-nascer, re-nasce o ser-da-vida,
Sou de ser, nos re-cônditos da alma,
A luz que alumina a morte e vida do verbo,
                Espero alumiar a vida do verbo
                Espero morrer a morte das corrupções,
                Morrer a morte das injustiças,
                Morrer a morte do Pane et Circenses,
Olhando o céu de frente,
Perdido sempre em chegar
À verdade, à História de Dialéticas,
               Vem o sertão, vem o vale,
               Vem o desencontro, vem o encontro,
               Vem as armas, vem as flores,
               Vem Virgulino, vem Ghandi,
Iluminância que ilumina a vida e o eterno-do-ser,
Ilumin-idade que dessedenta a carência
Da sabedoria das Palmeiras.


(**RIO DE JANEIRO**, 22 DE NOVEMBRO DE 2017)


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