Lucia Helena Lima Medeiros POETISA COMENTA O AFORISMO 371 /**YALAS UNI-VERSAIS DO IN-FINITO**/


Você é um Gênio Poético! Suas criações de linguagem são magníficas!
Não sou catedrática no assunto mas aprecio demais um bom Poema...
Os seus não são meros Poemas, são
construções literárias muito acima do que posso comentar nem atingiria vocabulário prá tanto! O que você cria está acima do Poeta normal...
E diante dessa constatação me inclino com minha literatura pobre de raiz prá dizer que
não sei o que dizer...
mas arrisco...
- Onde estão seus livros publicados ?
Se me disser que não existem. que seus Poemas estão engavetados...
desacredito e protesto veementemente !
Mas não creio!
Não faria sentido!
Eu fiz o meu
humilde
mas realizei meu sonho ! E meus Poemas não são impregnados dessa energia tamanha que exala dos seus,
mas nasceram no âmago de mim.
É minha criação e foi tão importante quanto dar à luz aos quatro filhos que tive...
Desculpe, acho que empolguei um pouco a mais...
Em resumo gosto do que escreve e se não publica condena seus Poemas ao mutismo do silêncio total. Claro que suas publicações aqui são lidas, comentadas e admiradas... mas será que não merecem mais ?
Desculpe, já estou abusando da sua paciência. Abraços a você e Graça, e obrigada por aceitar que eu dissesse o que penso
mesmo que agora me queira degolar...
Boa noite Queridos
Grata. Abraços.


Lucia Helena Lima Medeiros


Sempre pensei que tinha de criar uma linguagem só minha, sem esta linguagem não me consideraria escritor/poeta/filósofo. E este pensar começou numa aula de Metafísica II, na Faculdade de Filosofia, quando o professor alemão, Erich, dissera que a Língua Portuguesa não tinha quaisquer tradições filósoficas, não era uma língua filosófica. Òbvio que desejava enaltecer a Língua Alemã, a mais importante língua filosófica da modernidade, e o grego que foi do Mundo Antigo. Lembra-me que pensei no momento: "Vou mudar o universo literário da linguagem literária portuguesa." Comecei seguindo o filósofo Heidegger com divisão de palavras, e condenada pela gramática tradicional.
Tenho três livros publicados: CONT.ANDO(Coletânea de Contos, 1979, ÓPERA DO SILÊNCIO(ROMANCE), 2000, ALTERIDADE DO OUTRO EM SARTRE(DISSERTAÇÃO EM FILOSOFIA). Nenhum deles são encontrados no mercado. E só tenho os meus exemplares, um de cada.
Interessante o que diz sobree o livro de poemas seu publicado: a publicação dele sentiu-a ser mais importante que os quatro filhos que tivera; interessante porque senti o mesmo quando publiquei meu romance Ópera do Silêncio, mais importante que os dois filhos que tive.
Muchas gracias por seu reconhecimento, amizade e carinho.
Beijos nossos.


#AFORISMO 371/YALAS UNI-VERSAIS DO IN-FINITO#
GRAÇA FONTIS: PINTURA
Manoel Ferreira Neto: AFORISMO


Gotículas de orvalho nublando a vidraça da janela, a madrugada custando a passar, o alvorecer distante de primevas luzes, raios do sol, nada de olhar perdido no longínquo das yalas uni-versais do In-finito, elencando sentimentos e emoções que nascem puros, mostram-se límpidos e cristalinos, pres-en-ficam-se sublimes e singelos, re-nascem outros, re-velando a presença da sede da perfeição, querência do sublime, desejância do que trans-cende o eterno, do que trans-eleva as soleiras do absoluto, solsticiando o além de imagens do perpétuo que se dista à mercê dos ventos do tempo, mostrando outras dimensões a inspirarem a entrega lúdica, sementes do sonho de outras conquistas e glórias, de outras real-izações, e em consequência a alegria e felicidade, húmus da fé que esplende a todas as con-ting-ências e forclusions as iríasis da verdade que enaltecem e enobrecem, tornando o vir-a-ser de todos os verbos que conjugam as nonadas do nada e as travessias do efêmero com os in-fin-itivos do não-ser à luz inter-dita das ipseidades do a-temporal, do in-temporal, com as in-fin-itu-idades do ser sob, às cavalitas, da poesia simbólica do místico que namasteia os re-cônditos inters-ticios do ab-soluto, com as numinosas ilíadas do divino, divin-itudes de ex-tases líricas das poiésis do sublime, do poema simbolista do mítico que exala de versos e estrofes os sons do há-de ser, sem métrica, sem rima, o espírito lendário que per-corre os rituais pers-vestidos de yalas dos mistérios que são pedras angulares para as esperanças na fé serem espectros de paisagens na jornada sem limites, sem fronteiras, as buscas do saber, da sabedoria, a fé nas esperanças ser o porta-estandarte do silêncio, da solidão, alteridades do ser-aí, do estar-aqui, vers-ificando, vers-ejando, dividindo as palavras, tornando-as categorias ontológicas, fenomenológicas, alhures de além que não são se mostrados no lampião de luz que ilumina a noctívaga madrugada que se passa entupigaitada de cáctus do imaginário perscrutando os lírios da sensibilidade e inspiração à busca, querência, desejância do simples sentir, emocionar, sensibilizar com as yalas de ritmos, melodias, acordes, pers-crevendo, ins-crevendo, epigrafando nas páginas da estética poética, poesia da estesia, sorrelfas idílicas, oníricas do espírito lívido e trans-parente do inaudito, harpas do genesis, cítaras do além, violino do nada, guitarra do efêmero, instrumentos, quiçá utensílios do In-finito.


No alvorecer, após esta notívaga madrugada de lenhas na lareira, as gotículas de orvalho nublando a vidraça da janela, entregue plenamente, a questão do infra-silêncio colocada à luz das margens sem pressa no ser da liberdade.


(**RIO DE JANEIRO**, 07 DE NOVEMBRO DE 2017)


Comentários