#AFORISMO 399/VENENO DA SERPENTE E DA MAÇÃ# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORSIMO


Iéticas éresis do pó, éritos de epitáfios de cinzas
- "... como a ave que,
atravessando o ar em seu vôo,
não deixa após si o traço de sua passagem...".


Emático pó de esias, memórias de inspirações, lembranças de estesias, recordações de sin-estesias, poeira levada pelo vento, espuma espalhada pela tempestade. Tenho um anel de diamante negro, que alumia nas trevas e nas sombras, mostra-me a frincha no teto da caverna, e ao meio-dia esvaece-se-lhe o brilho diáfano. Ente ético de éresis, Ser divino de iríasis. Po-ente de eresis emáticas. Po-emáticas metáforas de verbos. Po-éticos mistérios da linguística do ser, enigmas semânticos do não-ser, metáforas do vazio, nonada, efêmeros.


Po-iésis misticas do absoluto, essência do espírito. Po-éresis míticas do eterno, eidos do verso livre. Po-iríasis lendárias da imortalidade. Éresis do pó, cinzas metafísicas de estrofes plenas. Iéticas emáticas de verbos linguísticos da alma, semânticas do espírito. Silêncio do nada, solidão do efêmero, deserto do não-ser à soleira de inter-ditos de sonhos, esperanças do belo e sublime. Pó de esias, poeiras abstratas de sendas efêmeras.


O silvestre de caminhos enuncia plenitudes além das iríases do In-finito onde os sonhos sonham a verdade. O campesino de estradas pre-nuncia de vazios inauditos a estesia da palavra, a extasia do ritmo e melodia do genesis, o ex-tase do silêncio de sons in-auditos que pre-enchem os re-cantos solitários da alma. De cânticos às glórias pro-nuncia o anti-poema da vida, po-ente do sonho de Ser. Horizonte da quimera do Divino, universo da sorrelfa do Ser-de-Espírito, espírito-de-Ser, Alma-do-Espírito, espírito-da-Alma, teologia Sublime do Inferno, inferno teológico do nada vazio de ser, telos paradisíaco de verbos de éresis fugazes, o nada estesia a éresis, o vazio extasia a esia, o efêmero ematiza a versitude do estético, a náusea verseja a metafísica po-iética do não-ser nos liames do sempre e jamais, o não-ser vers-ifica à soleira desértica das oliveiras o inconsciente divino da verdade pura entre-laçada do ser-aí da alma, estar-aí da in-consciência, conjugada de tempos indicativos, gerúndios de instantes, particípios de angústias e nostalgias, in-fin-itivos de desesperos e saudades às lusitanias do ser vazio de essências, essências iéticas do verbo plenificar genesis, essências éticas da metáfora-belo, veneno da cobra e da maçã, essências entes do soneto-puro, essências almas da arte-singela, tabernáculo à Iésis Pessoa da Tabacaria: não quero ser nada, à parte isso tenho todos os sonhos do mundo.


(**RIO DE JANEIRO**, 20 DE NOVEMBRO DE 2017)


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