#AFORISMO 413/MINAS GERAIS FICA PARA TRÁS# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO


POST-SCRIPTUM:


O RIO DE JANEIRO É A MINHA TERRA-NATAL, O MEU MUNDO, A MINHA VIDA... TUDO ATRÁS FICOU LENDÁRIO, CONTO DA CAROCHINHA! (Manoel Ferreira Neto)


Místicos verbos, ad-juntos ad-nominais dos versos à lua do efêmero e eterno, brilhando de re-versos sonhos os ex-tases da plen-itude, regências nominais de semânticas e linguística às estrelas do nada e infinito.


Por estradas e estradas, estradas e estradas,
Aquando o repouso, o descanso?
O tempo!...
Noite de clima ameno, céu de lua e estrelas,
A derradeira estrada,
Sem retorno, sem volta,
O mundo é a terra-natal,
A terra é o descanso,
O repouso,
Tenho pernas andantes,
Não tenho família,
Faço de mim o amigo,
O companheiro,
Minas Gerais fica para trás,
Homem sem raízes,
Senão em papéis,
O que são linhas, margens,
Papéis?
O vale profundo
Começa na beira do mar...


Minas Gerais fica para trás...
Míticas metáforas do vazio revelando de uni-versos imagens, efígies, espelho de luzes, imagens de raios, numinâncias, de nonadas a-nunciando de horizontes yalas, iríasis. Luzes, sons, palavras, vernáculo de beleza e esplendor. Inauditos versos de anti-poema, literalizando sonhos, utopias de pontes partidas de rios límpidos de águas cristalinas, de pampas silvestres, em cujo pleno espaço o perfume das flores exala os in-fin-itivos da alma.. Ilusões, quimeras do absoluto, sorrelfas do perpétuo, fantasias do divino. Interditos mistérios de litteris-poema, meta-literalizando sentimentos, emoções, through the left, through the meanings, brotando plenos e sublimes...


Sou nada!
Sou vazio!
Sou nonada!
Sou náusea!
Sou silêncio!
Sou solidão!
Não tenho palavras para dizer!
Não sei dizer da vida, das coisas!
Olho as ondas do mar
Vindo à praia!
Espalhando-se na areia!
Sinto, penso,
Calado, mudo!
Alegre,
Feliz,
Satisfeito,
Contente!


Minas Gerais ficou para trás,
É pretérito,
É passado!


Meta-linguística de desejos da verdade, verdade do ser e não-ser, verdade do nada e efêmero, forclusion de letras palavreando manque-d´êtres, mauvaises-foi, neverclusion de fonemas ritmando melodias do amor que voa por chapadões, campos, florestas, pampas, asas são esperanças e sonhos do encontro da alegria, des-encontro do prazer, êxtase, a dança sem chuva, sem sombras, sem raios numinosos do sol, a luz da liberdade e do amor. Linguística de sentidos do que há-de vir da seiva do silêncio que rega de sorrelfas do volo as águas cristalinas do espírito sedento do ser, filosofia da solidão de pretéritos ad-nominais do complemento vida/morte, teologia do silêncio de particípios essenciais da compl-etude verbo/ser, princípio da Divina Comédia da Eternidade, sob a luz do pecado original e a ressurreição da carne, fonte do prazer do suplemento felicidade/desgraça, genesis d ´A Náusea do nada, sob o ocaso do inferno genético dos instintos e a redenção dos ossos, húmus do cinéreo vazio perdido nas moléculas da terra, berço pleno e contingenciário das nonadas e travessias da morte, das cinzas o pó metafísico, do efêmero sob a luz de sombras nos ocasos sob os ocasos de sombras no anoitecer ensimesmado, sob as sombras da luz de ocasos numinando de espectros as perspectivas dos inauditos versos do anti-nada do poema místico, à beira de um oceano, mar de águas límpidas, cristalinas, piquenique, amor, ternura, carinho e carícias, pre-núncio de uma vida à luz de uma busca da verdade e do amor, olhares ao longínquo universo onde os anjos do Senhor voam livres, entrelaçados sonetos e rimas, versos e estrofes à mercê do ritmo das palavras, da melodia dos in-terditos, confins e universos se comungam, arribas e horizontes se unem...


(**RIO DE JANEIRO**, 24 DE NOVEMBRO DE 2017)


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