CRÍTICA LITERÁRIA POETISA E ESCRITORA Sonia Gonçalves COMENTA O AFORISMO 411 /**COPACABANA DE CHAPÉU E LONGO PALETÓ/



Obrigada Manu... Deixo aqui de antemão meus parabéns pelo aniversário do Blog, BO-TEKO DE POESIAS, eu não sei, eu acho diferentes os que comemoram essas coisas, aniversário do blog, das postagens, mas vejo sim que é uma nova era, uma nova maneira, pois que até o face a toda hora nos enche de lembranças, de postagens e tal. Eu não costumo fazer isso, meu blog tem 5 anos, acho, meu grupo do Son, quase 6, eu mesma tenho tantos anos que já nem me lembro rsrsr. Com o tempo, perdi a mania que temos pelas datas, digo temos porque são mais mulheres que se ligam nisso, eu deixei de me ligar há muito, por isso senão você, não se lembra, não me lembra do niver do blog, eu jamais me lembraria, não por não ser importante, não é isso, é por ser algo novo e teu sucesso ser tão evidente pelos números demonstrados. Enfim, volto à manifestar gratidão por tantas homenagens, mas creio que pertencem todas a Você Manu. O Dia é teu, o blog é teu, a festa é nossa! Parabéns, lindíssimo texto como tudo que escreves... Bjos mil, também para a Gracinha de pessoa que te auxilia nisso tudo com essas ilustrações maravilhosas... <3
Gratidão <3


Sonia Gonçalves


#AFORISMO 411COPACABANA DE CHAPÉU E LONGO PALETÓ#
GRAÇA FONTIS: PINTURA
Manoel Ferreira Neto: AFORISMO


POST-SCRIPTUM:
Post do AFORISMO 410 fora reservado ao Agradecimento, com um aforismo como nossa revelação de agradecimento aos amigos, leitores, seguidores, íntimos, críticos pela Glória alcançada em seus 02(dois) anos de existência. AGRADECIMENTO.
Este AFORISMO 411 é a minha MEDALHA DE HONRA AO MÉRITO a todos os os CRÍTICOS que com suas presenças glorificam a cada passo a Vida Artística de BO-TEKO DE POESIA, com este aforismo poético, uma história de um senhor numa noite de chuvinha fria, nalguma rua do Bairro de Copacabana, Rio de Janeiro, retornando à sua residência, pensando, refletindo o seu destino, o que construíra na existência. A Companheira das Artes, Pintora, Escritora e Poetisa, Escultura, Graça Fontis, sugeriu-nos aforismos de histórias do dia a dia ou criadas, recriadas.
A todos, os nossos sinceros e sensíveis agradecimentos - sabemos de antemão às revezes da labuta de ser crítica de obra tão hermética e complexa -, "Muchas Gracias"
Manoel Ferreira Neto


Pers de ilusões
Do nada às travessias de nonadas
Ins-crevendo nas constelações atrás do In-finito
Mandamentos re-versos de legendários cânticos
Das pontes partidas às abóbodas do horizonte
Plenificado de paisagens do vale e do deserto
Romanceando no espaço de estrelas e planetas
Sentimentos e emoções que pre-nunciam
Inspirações,
Percepções,
Intuições,
Sensações voláteis e volúveis, etéreas e fugazes
Do deserto às colinas,
Das orlas marítimas aos bosques,
De cujos auspícios se vislumbra, con-templa
Os abismos
De cujas profundidades
Sons in-audíveis pres-ent-ificam-se,
Metafísicas concebem a imensidão das utopias,
Metalinguagens concebem esplendorosas
Dialécticas do silêncio vazio de silêncio,
In-audito vazio de inter-ditos.
Pers de devaneios
Dos ideais que floram no alvorecer
De flores que des-abrocham,
De ondas marítimas que,
De docas em docas,
Banham a areia da praia,
Enquanto as gaivotas passeiam tranquilas,
Os pescadores lançam a rede no mar,
À espera da colheita de peixes,
O senhor em Copacabana de chapéu e longo paletó,
Dirige-se para casa, atravessa a rua,
Perscrutando ao longe o Corcovado,
Re-velam o espírito da vida,
A alma dos desejos e vontades,
A latência das buscas, o manifesto das querenças
Da fé,
Da solidariedade,
Da compaixão,
Da fraternidade
Da terra e do mundo.
Pers de desvarios
Verbalizando
Trajetória na precisão das perspectivas do Ser-existir,
Tocando, com a alma, universo divinizado,
Quiçá as chamas de achas na lareira,
Nestes instantes-limites não enviem-me ao olhar
Percepção, além das percepções,
Visão, além das visões,
Intuições, além das idéias e pensamentos
Tudo é o Ser,
Sujeito e objeto interligados
Num único Espaço-Tempo.
Depurando cada e todo o estado d´alma
Do homem que vê além de si mesmo
A ânsia de existir no Nada.
Pers de luzes diáfanas
Iluminando as dialécticas do tempo,
As contro-vérsias do efêmero e eterno,
As con-tradições do bem e do mal,
Os non-senses dos dogmas e preceitos,
Do nada e do tudo,
O hilário das tragédias e infelicidades,
A sátira da verdade e dos costumes,
A crônica da mentira e da dignidade,
A fábula do absoluto e da náusea,
O causo das mazelas e dissimulações
A lenda do saci-pererê e do menino da porteira,
Trazem no bojo, na algibeira, no alforje
Do Verbo e do Verso
O eidos, o núcleo, o cerne, o paráclito
Da Vida.
Pers de linces do olhar
Pervagando a soleira da eternidade,
Circunvagando as sombras no crepúsculo,
Devaneando na neblina que cobre o corcovado,
Na neve que cai na choupana solitária da floresta,
No orvalho que toca as folhas das árvores na madrugada,
Enquanto a coruja canta as esperanças da sabedoria,
Re-velam a presença presente
Da Vida do Espírito.
O senhor de chapéu e longo paletó, na chuvinha fina da noite, abre o portão de sua residência com tanta leveza de movimento, entra, tranca-o com a mesma atitude, caminha alguns passos, sobe três degraus, abre e fecha a porta. A beleza da chuvinha caindo lá fora sobre a luz do post de energia elétrica, raios de luz e gotículas de água, a janela do quarto fechada, cortina aberta.


(**RIO DE JANEIRO**, 23 DE NOVEMBRO DE 2017)


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