#ACROSTICO 358/AUTOBIOGRÁFICO À GUISA DA ARTE DE CRIAR# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO


N uanças de espectros, ver-templando o ser lúdico,
E splendendo luzes coloridas, incididas no tempo,
T ematizando o amor de sensíveis miríades do espírito,
O rnamentam de esperanças a lua solitária brilhando no espaço.


M agias resplandecem de inauditos sons eternos.
A quém dos mitos e ritos do sublime sentimento
N ascem, re-nascem pura a intimidade do sonho
O utrora imperfeito, efêmero idílio compacto
E ntre as glórias do absoluto e a contingência da decepção.
L umina o presente a estética luz da plen-itude.


F értil o horizonte que seduz de uni-versos
E téreos a ribalta do tempo suspenso na linha
R e-versa, in-versa de po-entes cristalinos,
R es-pondendo com versos de ternas metafísicas
E estrofes abstratas do absoluto à ilusão
I dílica do não-ser verbalizando a metáfora do eidos-ser
R e-vestido, trans-vestido das plen-itudes do vazio
A lém dos confins e arribas do po-ema po-ente.


S ilvestres sendas perfazendo de trilhas
I rradiantes a estesia de verbos imperativos
L uminando a neblina do inverno de desejos,
V ontades de plen-ificar de sonhos o intransitivo verbo
A mar, amando o amor, verbalizando o amado.


P o-esia poi-ética, po-ema de estesias
O lhar o verso à luz da arte de criar,
E nvaidecer os raios numinosos da inspiração
T rans-elevando o amar às antípodas de apoteoses
A lém espírito da alma - simples crepúsculo da vida.


D as vaidades a íntima consciência-estética
O stentando-se inscrita e escrita nas estrelas.


S ereno con-templar, ver-templar
E ntre a sublimidade do divino e a suavidade do efêmero
R e-veste-se o amar das plen-idades o verbo-ser.


(**RIO DE JANEIRO**, 02 DE NOVEMBRO DE 2017)


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