#AFORISMO 152/A CABANA DO BOSQUE SE FAZER LUZ - FILOSOFIA DA EXISTÊNCIA# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
EPÍGRAFE:
"A ec-sistência, um estilo impuro de silêncio que se re-nova a todo
instante, o silêncio nascendo do silêncio."
Toda obra é ausência... entre o real e o irreal, quero viver como é de
origem e essência, e segreda-me o que re-colher e a-colher, conceber nas
atitudes e ações, nas entregas, capaz de dedicar-me por inteiro a outros
pensamentos, desejos, vontades, de corpo e alma sem acomodação servil, ainda o
mais sublime. Desvencilhado de imagens que se rompem a um capricho do
artista-plástico, a imagem além das imagens, re-verter, in-verter, sub-verter
as perspectivas o que, fora do tempo, é tempo in-finito, in-fin-itivo,
in-findo, na enigmática fisionomia da verdade.
Leve-me a ausência à circunspecção talvez,
Mas habitando-lhe as pre-fundas uma lâmina de água,
Miríade de chamas de achas silvestres na lareira,
Que inspirem(?) além do som.
Conheço a cor-agem com que, esquivo, re-flito, penso o pensamento que
pensa pensando, retraio-me e mais me estesio com o ímpeto, como ausente.
Sombras e memórias. Náuseas e lembranças. A ec-sistência, um estilo impuro de
silêncio que se re-nova a todo instante, o silêncio nascendo do silêncio.
Ausência é não ter uma palavra que defina o silêncio, mas a sua
presença, habitado de todas as suas vozes, compõe um sentimento, emoção, sonho,
esperança, utopias outros, e aguça o desejo de a cabana do bosque se fazer luz.
(**RIO DE JANEIRO**, 05 DE SETEMBRO DE 2017)
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