#AFORISMO 202/FÉ MÍSTICA QUE MISTIFICA O VERBO DO TEMPO# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO

Silêncio da fé...
Fé mística que mistifica o verbo do tempo - Silêncio da Esperança... Esperança ritualística que ritualiza o ser dos desejos - Silêncio doSonho... Sonho mítico que mitifica os movimentos inconscientes.
Alvorecer da primavera. Na própria floração das flores a presença do
Ser.
Verbo da beleza, in-fin-itivo da leveza dos mistérios da memória. Verbo do belo esplendendo no uni-verso de horizontes perfeitos o silêncio da vida que exala de seus re-cônditos interstícios o trans-cendente de utopias do absoluto que ao longo do tempo assimila o outro das dimensões futurais da plen-itude, o outro do outro vir-a-ser, o eu do outro há-de ser o domus do divino, o "tu divino" que ilumina o espírito da contingência na sua con-templ-ação, ação de templar o "ser-com" os ideais da espiritualidade, o"eu eidético" que numina o verbo da carne das imanências na sua evangelização, ação de divinizar o "ser-para" a esperança do Ser da Vida, na sua espiritualização, atitude de sensibilizar o que trans-cende a estilística das dialéticas do silêncio e da solidão.
Primavera de ilusões, primavera de fantasias. Primavera de quimeras e sonhos. Primavera de esperanças da floração do silêncio. Primavera de idílios do despetalar as origens do sentimento. Sala de recepção de Deus aos que idealizam
o Amor, dimensão da solidariedade, compaixão, aos que verbalizam a Paz, dimensão do "nós", do "nous" que comungam o espírito da alma à carne do divino.
Primavera, divina dimensão da beleza, transcendente miríade do "echo" de silêncios que emergem dos abismos da solidão, que submergem no mar da compl-etude. Elevam-se à perfeição do verbo de Ser a vocação da verdade, verdade que se re-presenta na entrega ao Amar Verbo Intransitivo da Perenidade, ao Intransitivo do Ser que verbaliza o perpétuo que se concebe na continuidade de contradições e dialéticas do tempo e ser, no diá-logo com as completudes e ausências, perfectudes e falhas, absolutitudes e faltas.
(**RIO DE JANEIRO**, 21 DE SETEMBRO DE 2017)

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