#AFORISMO 189/NO OUTRO DE SER, A SABEDORIA DE LUZ DO VERBO# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO


EPÍGRAFE:


Mergulhar profundo nas luzes do verbo é comungar-se com o espírito da sabedoria, é conciliar-se à alma do querer e desejar o saber, viver a plen-itude. (Manoel Ferreira Neto)


O sempre acabou. O para-sempre eterizou-se. O nunca inicializou? Eternizou?
Acabou - iniciou. Eterizou - eternizou. O ovo é o sempre da galinha, embora a sua contra-dicção. A galinha é o nunca do ovo, embora a sua contra-dicção. O que vive foragido por estar sempre adiantado demais para a sua época: o sempre ou o nunca? Nesta roda-viva, há onde se aportar?


A palavra é o útero do verbo
Conceber o sonho, a esperança, a utopia
Gerar os frutos, conquistas, o real
Dar a luz a vida, aos desejos, vontades da Verdade
Mister mergulhar na inconsciência e seus inestimáveis problemas.


Saber a luz que ilumina, sentimentos, emoções, desejos, raios perpassando horizontes, cintilâncias a-nunci-ando uni-versos da alma sob a imagem cristalina do sonho de ser, harmonia, sin-tonia, sin-cronia, a verdade é saber o que a verdade a-nuncia no per-curso das perspectivas pro-jetadas das esperanças no vir-a-ser das plen-itudes de sendas e veredas que pres-ent-ificam a vida, a vida é conhecer da alma suas vontades de suprassumir a contingência do efêmero com a trans-cendência do sentir o que perpetua sublime os volos da real-ização, o ser no de-curso das experiências e vivências, travessia da solidão ao silêncio da compl-etude que se faz na continuidade de imperfeitos do tempo sob o lince da busca, verdade da querência, mergulho pleno nos interstícios dos mistérios, inauditos, desconhecido, espírito do divino que encarna a solidão do nada, trans-eleva a nonada do estar-aí, instante-limite de terrena eternidade, térrea imortalidade.


A morte encarna a origem da vida,
A vida alimenta-se do genesis do ser.
Nada.
Nonada.


Esvaece-se o vazio no vento ad-vindo do abismo, sibilando no itinerário do caminho ritmos e melodias do cântico do que há-de ser do "ser" que sonha a esperança in-finitiva do além, além que re-presenta o tempo de querências e desejâncias do sublime sob a luz dos vernáculos das pontes partidas, caminhar no vento, sentir o ar na sola dos pés, pro-jetar confins e aléns no espírito da esperança.


Saber o verbo que con-templa o in-finito do tempo de ser, conjuga as etern-itudes das arribas e confins com os subjuntivos da alma, saber o infinito que vislumbra o ser-de sonhos do verbo em direção, pro-jetado, ao divino que concebe as alamedas que hão-de per-correr a vida no trans-curso para as verdades que numinam as frinchas e frestas abertas, das vezenizanas semi- abertas, às virtudes e tern-idades, amor e verbo amar, encarnados de sensibilidade e espiritualidade, amanhecer, alvorecer do outro presente no outro de ser a sabedoria de luz do verbo.


Luzes de sabedoria e vero. Deus sabe o que faz. A sabedoria do homem é sentir no mais inaudito do ser o que Deus deseja com a sua sabedoria. Nada mais, nada menos, e acima de todos os conhecimentos, o verbo da vida é a esperança da verdade, a verdade é o sonho de conhecer a id-"ent"-idade, sin-cronia, sin-tonia, harmonia, sensibilidade da vida, espiritualidade das contingências do não-ser nos vazios do querer e desejar, princípio do absoluto que nada mais é que transformar a pedra no meio da caminho em pedra de toque e angular das divin-itudes.


Quando
O verbo da vida é a esperança da verdade,
As ondas do mar simples e serenas dirigem-se à praia,
A verdade é o sonho de conhecer a sabedoria do ser.


Amor, amor,
Entrelacemos nossas mãos,
Andemos sempre juntos nas orlas marítimas do tempo
Con-templando a luz das estrelas e lua,
Fique ao meu lado,
Escrevamos e pintemos os horizontes de arco-íris


Na vida, no de-curso, per-curso, trans-curso, a verdade . O amor, a vida divin-izam-se Vida, o divino amor-alia-se a verdade de quem vive a esperança e sonho da Vida-Ser.


(**RIO DE JANEIRO**, 18 DE SETEMBRO DE 2017)


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