#Sonia Gonçalves ESCRITORA E POETA COMENTA O AFORISMO 207 /**SOMBRA DE POR BAIXO DOS MATA-BURROS**/#


Um lindo aforismo e uma bela ilustração!! Um conjunto perfeito das artes, literatura/pintura, lindo presente para Graça Manu, se bem que ganhas também com a inspiradora arte dela.Lindo aforismo Manu... A nostalgia do futuro são as pérolas da eternidade, das lembranças e memórias com certeza essa já está lá no futuro nos aguardando... Bjão queridos!


Sonia Gonçalves


#AFORISMO 207/SOMBRA DE POR BAIXO DOS MATA-BURROS#
GRAÇA FONTIS: PINTURA
Manoel Ferreira Neto: AFORISMO


Morte... Devaneios... Ideais...


Cinzas do tempo. Re-nascimento. Outrora de pretéritos perenes con-solidando de semântica dos ideais de perfeição, essência da plen-itude, circuns-crevendo de utopias idéias e pensamentos, cujas linguísticas con-ting-entes eram do silêncio a indiferença com as náuseas, endossando de significantes apocalípticos dos sonhos de imortalidade, eidética da sublim-itude, pers-crevendo de epígrafes versáteis e versejantes, cujas metáforas do além e confins eram da solidão, a katharsis do efêmero em cujo berço das volúpias voláteis dormia o sono da inconsciência desejando o manifesto dos mistérios nos cofres dos séculos guardados, acumulados. A sabedora não é acúmulo de conhecimentos. A vida circun-vagando, pervagando no tempo, nas trevas e crepúsculo do nada que renunciava, rejeitava prepotente e orgulhoso ser o mov-ente para a jornada ilimitada à busca da verdade do verbo "ecsistir", sistere do vazio no ínterim do amor e ódio, ao verbo e carne do substantivo e ossos, das figuras de linguagem e estilo e o pó remanescente da matéria corpórea do estar-no-mundo, equilibrando-se no trapézio das glórias e fracassos, da plena saúde corpórea e a doença da alma culpada de seus pecados fundamentais e capitais.
Não adianta qualquer sonho ou esperança de o além velar os subterrâneos, cavernas, grutas, abismos, até mesmo a sombra de por baixo dos mata-burros, se os olhos do olhar não trans-cenderem o in-finito do horizonte paraclitizado de liberdade e desejo do perpétuo, se as retinas e pupilas da visão não meta-incindirem suas imagens in-finitivas no uni-verso evangelizado da consciência e responsabilidade com o que há-de humanizar os sentimentos e emoções do amor-cáritas.


Alegria. Comtentamento. Felicidade. Restros-pectivas de tempos inesquecíveis, inomináveis, inauditos.


Se algum dia mergulhar plenamente, em toda a essência do ininteligível, pleno, destituído do nada, des-provido dos vazios do efêmero, omnipresenciarei o alvorecer, amanhecer do vulcão das verdades todas em síntese, concebendo e a-nunciando o som, a música, o ritmo, o acorde da dialética do símbolo e signo do sublime, do homem sublime que con-templa a templ-itude do tempo à luz fosforescente da verdade aberta às travessias do tempo e do ser.


Solen-itudes, Serenidades
Solenes
Sublim-itudes, sublim-idades
Sublimes


Alvorecer de espectros perspectivados de luzes diáfanas, iluminando de pensamentos da liberdade as idéias, do tempo as utopias do ser da verdade que perpassa horizontes e uni-versos, finitos e in-finitos, confins e aléns, arribas e aquéns solsticiando as re-vezes das dialéticas, os re-versos das contradições, nada e vazio vagueiam nos liames da alma e espírito, assim caminha o ser subjuntivo do verbo literário da gnose.


Peren-itudes, peren-idades
Perenes
Perpetu-itudes, perpetu-idades
Perpétuo


Crepúsculo de contingências da solidão incondicional entre o sentimento da a-nunciação do desejo e a emoção frígida da nonada habitando profundo a sorrelfa do paraíso perdido, o sol também acorda, levanta, brilha, após dormir de conchinha com a lua, soninho gostoso, leve como a pluma da leveza, como a insustentável leveza do ser.


Re-vers-itudes, re-vers-idades
Re-versos
Angústia... O resto é silêncio...


Silêncio re-fletido atrás do espelho da solidão, a imagem límpida de perspectivas re-velada nos auspícios da luz, ribalta do absoluto, tablado do vazio, camarim de travessias, cores e arte fazem a face simples da nobre imortalidade.


Volúpias. Êxtases. Sou o que não sou e não sou o que sou. Efemerizo o ser de mim. Absolutizo o não-ser para verbalizar a esperança e sonho da vida que se olha e sente o olhar do além sob a querência do vento cibilando desde o eidético crepúsculo do abismo aos auspícios poiéticos do celeste em cujo espaço perambulam e vagam soltos e livres...


Assim caminhará a humanidade ao longo do tempo, pretéritos e presentes são melancólicos outroras, a nostalgia do futuro são as pérolas da eternidade, representadas pelo sublime do desejo, humildade da razão, simplicidade da esperança.


(**RIO DE JANEIRO**, 24 DE SETEMBRO DE 2017)


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