#Ana Júlia Machado ESCRITORA E POETISA ENSAIA TEOLOGICAMENTE O AFORISMO 202 /**FÉ MÍSTICA QUE MISTIFICA O VERBO DO TEMPO**/#


CRENÇA FANATISMO QUE MISTIFICA O VERBO DO TEMPO


Na escritura, o Satanás ou o belzebu é nomeado como enganoso? Não conheço. Esta é a tradução dos escolhidos. E como os escolhidos só pronunciam falsidade, eu julgo que o Demo enganoso é realidade deles para tiranizar os intelectos fracos e iletrados. Podemos descobrir frouxidão no temperamento de Divindade, mas não na índole do demo. Divindade engana, contraria-se, verbaliza uma realidade aqui e outra realidade ali muito desigual, se lamenta do que ele compõe, retrocede naquilo que conversou, aprova o sofrimento, de seiva, de odor de sebo incendiado, de ser honrado, abençoado e tudo isto compõe trecho de uma índole insignificante e não superna. Que se busque na escritura e verifique se o demónio ou o belzebu compõe estas realidades ou exterioriza estas pobrezas paradoxais.


Salvador pronunciou que foi para o despovoado e acercando lá foi intentado pelo belzebu. Só somos intentados por nós próprios se não avassalamos os nossos anseios caminhando óbice os nossos valores. Eu só sou cogitada se me cedo ensaiar. Quando sou aliciada, inelutável, por algo interditado. É um vigor que vem do interior, âmago e que afoita à experiência do que a criatura encara um erro. Subsistir à provocação é pelejar consigo própria para não fenecer a um anseio interno. Salvador quedou nesta peleja consigo próprio porque no reentrante Ele era aliciado pelo domínio terrestre. Digladiar o apetite é contender as nossas debilidades e propensões para a experiência daquilo que o nosso escrúpulo encara como algo desacertado ou nocivo.


O ser humano é muito despido de espírito efetivamente. Tudo na sua existência que sucede de benéfico, surgiu do Criador. E tudo o que sucede na sua existência de funesto assomou de alguma entidade que ele confirma ser maléfica. Isto é inconsciência, não adoptar ninharia na existência como oriundo de si inerente, da sua apta competência ou ineptidão.


Quem pratica transgressão é do belzebu. O que quer verbalizar isto? O belzebu não é um indivíduo, um ser e não estabelece alguma realidade verídica. Mas todos articulam do demo como um ser verdadeiro. As criaturas são, na realidade, prisioneiras de si próprias e cedem que diferentes criaturas perversas as reprimam manuseando a sua própria agnosia. Quem pratica o delito tem em si incoerências que o tiraniza intelectualmete porque andará óbice aos próprios valores, transportará transgressões, será incriminado por esta ciência e versará com o padecimento consequência da sua própria frouxidão ou fraqueza.


E para terminar uma possível análise ao maravilhoso escrito, do grande escritor Manoel Ferreira Netoira Neto, não sei mais uma vez se certo ou errado, mas interpreto que seja mais ou menos isto que ele tem nas suas entrelinhas do texto.


Diligenciando na escritura não achamos nenhum conto de Demo ou Satã com fuscina cravando criaturas ou crestando elas com vida. Quem incinera criaturas com vida são os escolhidos do Senhor. Estes sim são verdadeiros e conseguem aniquilar, dilacerar e ceifar o físico.


Sei que este tema é polémico…mas é o que penso…não nego algo Superior...só contesto factos.


Ana Júlia Machado


O "Interdito" deste Aforismo é sim esta questão que você aborda com maestria. O tema "Primavera" é um "tripúdio" do Bem e do Mal. Tive de comungar a linguagem poética e o interdito filosófico-teológico para realizar os meus projetos. Além do Bem e do Mal, Além do Ser e do Tempo, a metáfora do Tempo é a Primavera. E, olhe, ser mister ir além do Interdito para intuir e visualizar as idéias que estão sendo discutidas.
Seu ensaio crítico é fenomenal.


Manoel Ferreira Neto


#AFORISMO 202/FÉ MÍSTICA QUE MISTIFICA O VERBO DO TEMPO#
GRAÇA FONTIS: PINTURA
Manoel Ferreira Neto: AFORISMO


Silêncio da fé...


Fé mística que mistifica o verbo do tempo - Silêncio da Esperança...
Esperança ritualística que ritualiza o ser dos desejos - Silêncio do Sonho...
Sonho mítico que mitifica os movimentos inconscientes.


Alvorecer da primavera. Na própria floração das flores a presença do Ser.
Verbo da beleza, in-fin-itivo da leveza dos mistérios da memória. Verbo do belo esplendendo no uni-verso de horizontes perfeitos o silêncio da vida que exala de seus re-cônditos interstícios o trans-cendente de utopias do absoluto que ao longo do tempo assimila o outro das dimensões futurais da plen-itude, o outro do outro vir-a-ser, o eu do outro há-de ser o domus do divino, o "tu divino" que ilumina o espírito da contingência na sua con-templ-ação, ação de templar o "ser-com" os ideais da espiritualidade, o"eu eidético" que numina o verbo da carne das imanências na sua evangelização, ação de divinizar o "ser-para" a esperança do Ser da Vida, na sua espiritualização, atitude de sensibilizar o que trans-cende a estilística das dialéticas do silêncio e da solidão.


Primavera de ilusões, primavera de fantasias. Primavera de quimeras e sonhos.
Primavera de esperanças da floração do silêncio. Primavera de idílios do despetalar as origens do sentimento. Sala de recepção de Deus aos que idealizam o Amor, dimensão da solidariedade, compaixão, aos que verbalizam a Paz, dimensão do "nós", do "nous" que comungam o espírito da alma à carne do divino.


Primavera, divina dimensão da beleza, transcendente miríade do "echo" de silêncios que emergem dos abismos da solidão, que submergem no mar da compl-etude. Elevam-se à perfeição do verbo de Ser a vocação da verdade, verdade que se re-presenta na entrega ao Amar Verbo Intransitivo da Perenidade, ao Intransitivo do Ser que verbaliza o perpétuo que se concebe na continuidade de contradições e dialéticas do tempo e ser, no diá-logo com as completudes e ausências, perfectudes e falhas, absolutitudes e faltas.


(**RIO DE JANEIRO**, 21 DE SETEMBRO DE 2017)


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