Sonia Gonçalves ESCRITORA POETISA E CRÍTICA LITERÁRIA APRECIA A SÁTIRA Birutices Birutóide de Birutas Birutados @@@



UAUUU! Que texto, que interpretativa!!! De muita relevância para mim, com certeza! Cheio de inspirações extraordinárias, sua mente é BRILHANTE, eu sempre digo... Seu magneto cerebral super criativo, segue os pontos utópicos e atravessa as alamedas estelares, as fronteiras lunáticas, segue as veredas das galáxias dos sentimentos, OS PENSAMENTOS DIVERSOS, cuja mente hiperativa e fecunda, ousa decifrar com poética formidável, incomparável estrutura léxica, sua linguística é sim genial, articula as palavras de forma ímpar. Engloba todos os tempos com um único fim (cultural, literalmente), os termos mais diversos e elegantes, em ti está contido e vais lapidando com maestria, ...Uau que show!!! A lança que os índios usavam para caçar onça? Fabuloso!!! Tão antiga, tão arcaica é nossa língua, e temos obrigação de melhorar nosso dialeto literal sempre. Você é um espetáculo Manoel Ferreira Neto
um escritor brilhante, um dicionário ambulante, com o conteúdo mais completo. Sigamos dando Luz ao que mais satisfaz nossa alma! APLAUSOS, APLAUSOS!!! Também para a Graça Fontis.
Bjos para os dois lindos!
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BIRUTICES BIRUTÓIDES DE BIRUTAS BIRUTADOS
GRAÇA FONTIS: PINTURA
Manoel Ferreira Neto: SÁTIRA
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Epígrafe:
"...Numa kizumba louca se abraçam
Numa rumba obstinada amam...
Nossas línguas que se enlaçam...
Usufruo da tua energia contunda
Da tua imaginação mais ousada
Vem cá e me inunda aprofunda
Toda admiração de mim extraída"(Sonia Gonçalves
, in AFRODISÍACO)
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Engastanhar agradáveis êxitos dos tempos de Zagaia ao inferno dogmático do destino e o céu preceituoso do livre arbítrio seria tema que levaria as mentes ao desvario por ser despautério imaginar isto possa existir, coisa de quem tem a mente vazia, ou melhor, no lugar de cérebro reside o vazio, tenda serena e tranqüila do diabo tecendo arbítrios, risível demais, se pensar com percuciência as fantasias do bem e as ilusões do mal, contudo instiga os instintos sedentos de luxúria a investigarem as preliminares origens da razão sob a iluminação fosforescente do exíguo intelecto das trevas e sombras. A era de amplitude de visão da língua saboreou o que é ter ataque cardíaco, algo de estranho acontece, por exceder o sentido das coisas, elevá-lo a grandes quimeras das verdades engraçadas, em plena idade da flor, por isso suspendeu a ferradura num prego fixo atrás da porta, carecia de muita sorte para continuar vivendo, caso descobrisse tais verdades engraçadas são o paliativo para as náuseas da perfeição e a falta-do-ser que reside no coração sedento de romantismo piega, quiça houvesse uma idéia sui generis de matutar os êxitos agradáveis dos tempos de Zagaia com o inferno preceituoso e o céu dogmático da eternidade, o que isto traria de prazer à língua que só espera por asnadas expressar as birutices birutóides que os birutas birutados, num instante de divina inspiração e percepção dos hiatos de devaneio cabuloso, convidam à prece no altar das heresias, usufruindo de “...energia contunda/da imaginação mais ousada/vem cá e inunda, aprofunda/toda admiração extraída”, deram assim origem ao riso de calda sarcástico enrabichado ao desdém de focinho irônico, não mais poderiam imaginar ser habitante, essência no vazio que reside no cérebro, são coisas perfeitamente possíveis de existência à face, obviamente, dos tempos hodiernos, o que a espécime humana é capaz de engendrar para esconder as suas facécias e falácias em nome de um reino de coisas dúbias, ambíguas, estapafúrdias, a amplitude do nonsense, não sendo concebível, mas risível por existir na cachola humana ser objeto de mangofas múltiplas por resistir em considerar o inferno lugar de almas pecaminosas penando no caldeirão de chamas ardentes pelas hipocrisias e farsas dos valores divinos e supremos que cometeram, o céu preceituoso, ao contrário, lugar de só felicidade, prazer, alegria, quando a roda-viva das birutices biruta o destino das dores, mazelas, sofrimentos e ambições, invejas, e exultados de tantos êxitos por a língua pronunciar com tanta sabedoria, tagarelando as lendas, mitos, causos, as voltas que o coração empreende para re-fazer as mentiras, dar-lhes um aspecto fisionômico de sonhos lindos do alvorecer e crepúsculo da vida realizados com primor, criando a eternidade de si próprios por o destino haver sido cumprido a rigor, isto é, o homem é o sujeito supremo de risos por a amplitude da visão da língua revelar o vazio da mente, assim, isentos de preceitos e dogmas, saboreiam o eterno de asnadas, sendo esta a face perpétua da espécime humana.
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Engendrados os contra-sensos dessa tragicomédia das birutices à mercê da visão ampla da língua, é de conceber, gerar, dar a luz ao que mais satisfaz a alma, “Numa kizumba louca”, abraçar-se às contra-dicções e, “Numa rumba obstinada”, amar a necessidade dialéctica que não dá passos em falso e a penosa coação de ir adiante e até mesmo pensar que é para ela uma coisa digna do suor dos nobres, parente próxima da dança e da petulância, disciplinando as birutices birutóides à luz dos mundos superiores, universos transcendentes, e assim retornar a velhos amores que anunciam no conceito grandeza a força da vontade, a rigidez e a aptidão as utopias duráveis...
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Antes nunca do que tarde as birutices que engrandecem a língua das visões múltiplas do ser separado das dignidades e honras pomposas, exilado nas dicções e vozes que nas vias das jornadas dançarem as metalinguísticas e metafísicas do sarcasmo, ironia e cinismo preenchem de glória e com certeza assento no Olimpo dos Sátiros, para curtir as mangofas eternos dos que existem na terra-mãe de todas as intempéries do caráter e da personalidade, acreditando quase que com impiedade e empáfia a panda farsa, a coragem inominável da máscara para cobrir a cara rasgada que nela se esconde, mas apenas vou dançando à moda da panda palhaçada no tabalho das morais e éticas da alma das mentiras históricas de o homem ser um animal de valores dignos e honrado por todo o sempre, rindo de orelha a orelha das coisas no mundo dos humanos...
RIO DE JANEIRO(RJ), 24 DE ABRIL DE 2021, 09:17 a.m.

 

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