Manoel Ferreira Neto ESCRITOR E CRÍTICO LITERÁRIO ANALISA E INTERPRETA O POEMA Existência DE Ana Júlia Machado



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Felizmente que não entendemos a existência, o que é isto - existir. O não-entendimento torna-se pedra angular para a busca de existir consciente. Fosse inteligível, não precisaríamos de filósofos, escritores e poetas. Existir não teria sentido algum fosse inteligível a existência. Estive a refletir esses dias passados que os mistérios da existência tem sentido supremo: eles existem porque, se forem elucidados, o que haverá de negligência, discriminação e preconceito será sem limites. A humanidade jamais esteve preparada para a elucidação dos mistérios. Os próprios mistérios se resguardam, amam-se de paixão, e não pretendem ser rechaçados por seres tão fúteis como os humanos somos. Benzinha está agora mesmo dizendo que não sei fazer outra coisa senão destilar os ácidos críticos, não teço elogios, encômios. Espere um pouco aí: então vou elogiar a futilidade? De forma alguma, não sujo meu nome: são cinquenta e nove anos com a pena na mão buscando a minha consciência do mundo, da vida, para me enveredar por vias escusas, reconhecimento sem merecimento. Você mesma disse há pouco, Aninha Júlia, Ana Júlia Machado
, que não precisa de colocarem "Like" na sua obra só por colocar, sem ler. Digo eu: não preciso de ninguém concordar com as meus ácidos críticos, só me darem um piparote no nariz, isto já me deixa mais do que feliz, contente, caminho pela existência e caminho consciente de minha visão-de-mundo e das coisas da vida.
Beijos nossos a você, à nossa amada netinha Aninha Ricardo, à nossa família. Procure descansar, Aninha Júlia. Está precisando de descanso.
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Existência...
Existe tanta realidade sumida
nesta trajeto despretensioso,
e caminhamos pela existência
sem compreender ninharia dela.
RIO DE JANEIRO(RJ), 14 DE ABRIL DE 2021, 21:58 p.

 

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