DEFLORANDO MADRUGADAS DE SÃO NUNCA GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: AFORISMO SATÍRICO @@@@


Re-gentes re-genciais de re-gências das pret-éritas melancolias a desejarem avoar, borboletas no alvorecer sobre as flores nos canteiros do jardim de todos os tempos, eras, épocas, deixando marcas e traços, sombras e penumbras, nostalgias de outrora a sonharem esvoaçar os instantes-limites, momentos, auscultando os ventos sibilarem temas e temáticas da liberdade, quando consente o deflorar das virgens sabedorias do destino que se faz ao longo de veredas, ouvindo o som dos ventos, de como os sons do silêncio vieram a ser dos ares sidéreos a soprarem os pós e cinzas, poeiras poéticas, criando canções de sentimentos e emoções que se in-ovam, re-novando os interstícios da alma, comungando as lições de vida, re-gimentos uni-versais, qualquer átimo de segundo sem a liberdade em questão é uma anunciação de luz deixada a esmo... suspensa no teto uma lamparina a identificar a solidão nua de seu habitante, homem da choupana, consentindo-lhe olhar as coisas, ao seu redor a negra floresta, ensinar-lhe as palavras com que expressar dores, angústias, sofrimentos, mas não se esquecendo de que esquecer e passar além são as melhores sabedorias, saberes, puros anúncios de que sentir-pensar nonsenses, caos do tal-aqui-agora são aberturas para as frinchas da existência abrirem-se ao invisível do visível.  

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Sei-me pleno de força, vitalidade. O mundo me espera, até começa a reclamar a espera tem sido longa demais, o suficiente para encetar a enfastiar-se, digo-lhe que sigo o ritmo normal, a instigar o delírio dos segundos na passagem da areia na ampulheta, o devaneio das idéias na concuspicência da in-verdade, das verdades da hipocrisia que só letram moléstias psíquicas, das farsas e falsidades que só rabiscam justificativas e explicações fúteis do “eu” des-conjuntado; todo o ser vibra como se através dele repercutisse um dedilhar de cítara na madrugada de São Nunca, deflorando o hímen do que vai além da distância, longínquo, Nunca está sempre muito longe, invisível ao visível.

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Nada mais existe, importa senão os desejos fortes e vivos... – não sei. Ignoro se é neste estilo que os outros sentem o pulsar da vida, se em relação aos sentimentos reais, estes que se harmonizam com o brilho dos olhos a contemplar os horizontes e universos, o borbulhar das águas no rio, emoções verídicas e não fábulas, esqueléticas, desajustadas fantasias, bem-aventuranças sorumbáticas e nauseabundas,  fantasmagorias nuas aos raios do sol escaldante, estas que conubiam desejos e melancólicas esperanças do nada-a-ser abraçar e beijar com as chamas das mãos e lábios, que tecem as notas “D´ENCATARES” do vazio a consentir a multiplicidade dos ideais e as cores da língua que ampliam a visão de todos os de-cursos e percursos das quimeras à cata de cachaprar o destino com a pena cuja esfera exaure a tinta dos sonhos e esperanças.

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Re-genciais re-gências regentes das dores, sofrimentos, angústia, tristeza nos ínterins de alegrias, prazer, satisfação, nos verbos da re-flexão, meditação, frasais nas situações ad-versas de pensamentos, ideias, estes são inumeráveis a pupularem nas palavras contando um caso, criando um causo sem fronteiras com a memória e o real do acontecimento, narrando uma verdade, mudando completamente o sentido original das causas e efeitos, na accepção de exalar o perfume das circunstâncias, mas a criação dos ideais que não se percam após as curvas e outras trilhas a serem palmilhadas, serenizem as intempéries psíquicas, emocionais, atê abrem frestas e frinchas nos caminhos para a fuga e escravidões, fatuidades e ipseidades, mas que se pro-longuem por todas as conjugações dos desejos e conquistas sob as vozes dos ventos... do som das vozes aos ventos de sons; re-genciais re-gências re-gentes da alegria de uma conquista que cintila luzes, de um sonho re-nascido e nascido sob os desejos e a con-vicção de que será realidade, uma verdade, e outras que se conciliam com perfeição com os ventos de além na orla marítima do in-fin-itivo, marcas deixadas na areia, as perquirições serão outras além do quiosque 7 ATRÁS DE VOCÊ, a ec-sistência se amplia sem bordas e fronteiras ao longo do exercício da liberdade, in-finitamente, res-postas, ausência delas, os caminhos seguem eternamente.

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Deste alto onde posso contemplar toda a Fronteira da Lembrança e do Esquecimento, procuro através da neblina, esta sim é a mesma, após alguns dias de chuva constante, logo ao amanhecer, os traços e caracteres de há alguns anos. Nada sinto, ouço; até compreensível por estar a ouvir músicas, não alto nem baixo. Nada vejo, por estar o coração leve, alguns sentimentos os sei puros. Ordem é perpassar-me, estou consciente e intuitivo, a música renova poucochinho; bom ser em estilo lento este poucochinho, sinta o in-fin-itivo do alento e imperativo do prazer.

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Estranho ou não, afigura-se não ser o lugar, instante adequado; é como se me dissesse uma palavra de amor, não igual às que as mães dizem comumente aos filhos, as gatinhas pronunciam com a saliva nos lábios pela língua molhados ao primeiro objeto de suas paixões juvenis, mas às que as mulheres dizem ao objeto de sua entrega, carinho...

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Nenhuma lembrança ou esquecimento se revela. Necessário excluir uma destas dimensões do tempo na terceira pessoa do singular, nenhum remorso ou orgulho obscurece a consciência ao dizer isto. Nem sequer, de longe, posso imaginar poderiam ser outros os sentimentos a unirem-me ao mundo, homens, coisas. Havia na expressão idiomática enorme tensão e ansiedade; a palavra necessitava de harmonia e sintonia com elas; enfim, a sinceridade é de importância sem medida.

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Re-gências re-gentes de re-genciais uivos de lobos no pico da serra, clamores e lágrimas contundentes por uma verdade há tempos querida, desejada, tim-tim à glória, hurrays aos sucessos e famas, pedras rolam montanhas até a soleira, fontes jorram águas, os tempos passam, há muitas verdades ao longo das estradas, muitas mentiras no escuro das alcovas; canto, cantiga, cântico de águia atravessando o tempo e o espaço, a sabedoria do tempo e do ser, re-genciais volúpias para os corações livres, libertos, a inocência e a liberdade, o jardim das delícias na terra, o trans-bordante agradecimento de todo futuro ao presente. Adocicado veneno somente para o fraco, mas o grande cordial, e o vinho dos vinhos, religiosamente poupado, para as vontades leoninas.

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Ah, pudesse olhar-me ao espelho, e vendo como que refletida a minha imagem, igualando-me ao homem, a imagem do homem tem calvície, fios de cabelo na cabeça, testa larga, sobrancelhas grisalhas, olhos, ao contrário da gruta em que imaginariamente estou, olhando os pingentes longos de cristal.

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Pudesse saber com lucidez o que estou clamando tão intensamente, segurando as lágrimas que se reúnem aos poucos no interior, não querendo derramá-las todas límpidas, umedecendo a pele do rosto da poeira e sol a que está exposta sempre.

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Ao longe, ao longe, olhos meus. Quanto futuro desta pequena lagoa em cuja água armazenada a cada segundo nela cai pingos d´água dos pingentes longos de cristal. E por cima de mim... que silêncio risonho! Que silêncio sem nuvens, sem estrelas. Por cima, pedras.

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Re-gências regentes do pensamento e da idéia, do intelecto, re-genciais re-gências das utopias do eterno...

RIO DE JANEIRO(RJ), 04 DE ABRIL DE 2021, 12:34 a.m.

 

 


Comentários

  1. (((((((((((((((((((((((((((((((((((((((((" UM HERÓI GUERRIRO"))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))

    Bom dia meu velho amigo companheiro,tu estais bem? Fico contente em saber que tu és brasileiro,a tua decência me faz bem tenho grande admiração pelos mineiros,pois descobri que por tradição se destacam por serem mais inteligentes,teu estado possui muitos heróis guerriros!
    Adiante de toda essa sociedade,compreendo que tu se destacas,usando a simpiicidade não teme a quem ataca,através da generosidade,iluminado e consagrado por tua placa,não sei como tu suportas me,insisto em bater em tua porta,por sorte tu não me cortas com os gomes da tua faca!
    Eu muito agradeço te por seder me esse espaço,para que eu possa expressar me a ti conforme o que vivendo faço,apeguei me a tua imagem de onde estou sigo teus passos,através dessa mensagem finalizo enviando te meu caloroso abraço,de mim tu podes ter certeza que conservo minha firmeza,sou imune do fracasso!...

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