#AFORISMO 940/ POR ESTE MAR A FORA MINHA GAITA VOU TOCANDO# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
#Ao Rio de Janeiro, ao povo carioca, os meus sinceros respeitos e
consideração!...#
O onírico espera-me em estado de êxtase para reverenciar o Avalon de
orvalhos e neblinas da nova estética de verbos cítaros da con-tingência plena
de esperanças.
Pretéritos. Gerúndios. Particípios. In-fin-itivos verbos do nada
originando o pretérito do vazio pers-crutado de vacuidades. Verbos do efêmero
pers-crutando os idílios do sempre-jamais, sorrelfas do jamais-sempre à busca
sem bordas do pleno. Verbos do ad-vir, porvir, há-de ser, evangelizando as
palavras da prosa-poética do impressionismo expressionista do grito antigo,
ternura espiritual epitafiando as epígrafes solenes e barrocas do cosmos que
origina o caos verbal e in-balizado, nonadas e pontes partidas da eterna morte
que precede o morrer da vida, travessias e quimeras do in-fin-itivo particípio
do subjetivo, fonte in-expressível do telos do destino.
Pers além símbolos do ad-vir, cânticos de cânticos de plen-itudes
entre-laçadas de solstícios pretéritos in-verbais, seren-itude da alma que
con-templa circuns-pecta os horizontes longínquos, quiçá per-vagando o
in-audito do perpétuo, desejando re-colher, a-colher o espírito bíblico do
paraíso sem a imagem estereotipada, retró-grada da felicidade no campesino
neoclássico da natureza, da alegria incólume da pureza espiritual, sim com a
contingência dialética do verbo.
Viver precede a vida, a vida posterga o ser do verbo de carne e ossos
para o des-encontro da morte, morrendo o limite do instante a prolongar o
in-efável de todos os sonhos re-colhidos e a-colhidos no part-ícipio
sub-juntivo aquém do verso bíblico rimando o soneto pectivo do vir-a-ser com a
ópera clássica da primavera antecedendo o in-verno das folhas que bebem o
orvalho da madrugada no banquete do alvorecer. Sigo cada vez menos solitário,
em ruas paradoxalmente dispersas, transito no canto do homem ou das coisas ou
dos objetos.
Ah, quem me dera agora o limite do instante que me inspira a
trans-cendência, ouvindo a música da perfeição linguística e semântica dos
abismos ad-jacentes às oliveiras da montanha, executada pela cítara e harpa do
perene, violino e guitarra do póstumo, cujos ritmos e melodias lembram a
nostalgia, melancolia da fonte de águas cristalinas ad-vinda do in-audito
mistério perpétuo da cruz simbólica do absoluto, "over and over
again".
A alma per-vaga, o espírito con-templa as ad-jacências do sublime
gerúndio que precede o in-trans-itivo domus do templo. O espaço entre o
guarda-roupa e a parede onde se deposita certa porção de silêncio, poeira,
traças que de longe em longe são removidas... A alma é origem do espírito e o
espírito, a origem da alma. O verbo é a origem da vontade de verdade e a
vontade de verdade é a origem da vontade de sabedoria. A éresis do sublime que
habita os desejos do eterno é origem da iríada da pureza que habita as fugas do
efêmero.
O espírito, habitado de seivas do inter-dito de volúpias do divino,
êxtases da má-fé em vangloriar, jubilar, glor-ificar o efêmero, que retrograda
a memória rumo ao caos que origina o cosmos, o neoclássico fonte lídima do
barroco. Estética além do resplendor futuro das fontes re-versas e in-versas do
etéreo.
Sonho das peren-itudes da vida no eidos do presente de buscas,
encontros.
Quiçá isto sejam sorrelfas da intuição do eterno que reside no
pret-érito gen-ético do ab-soluto, a alma apenas refestela-se no instante-limite
do tempo, con-cebendo de néctares o sublime do que há-de ser, libertando as
dores e sofrimentos, dando-lhes asas para sobrevoar os confins e arribas dos
mistérios do nada e vazio.
Reticências pós metáforas que, quiçá, o mais abissal da inconsciência
não endossou com sentimentos de glórias e orgulhos o livre-arbítrio da cor-agem
por se revelar e o lídimo medo de se entregar à mercê das contingências,
incompreensões e discriminações, censuras e juízos, haver-se de silenciar, mas
é mister catar para re-colher os grãos...
Reticências de idéias e pensamentos, protelando as luzes do
entendimento, da compreensão, eis a questão dos ideais para o amanhã...
(**RIO DE JANEIRO**, 07 DE JULHO DE 2018)
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