ANA JÚLIA MACHADO ESCRITORA POETISA E CRÍTICA LITERÁRIA COMENTA O POEMA //*ZEROPÉIA DIVINA*// - PROJECTO #INTERCÂMBIO CULTURAL E INTELECTUAL#




No poema constato a palavra Zeropéia. Zeropéia é uma histórica narrada por um sociólogo e ativista dos direitos humanos brasileiros, já falecido Herberte de Souza.


Zeropéia é uma centopeia que se deixa manipular pelo parecer de diferentes animalejos que lhe concedem parecer para agrilhoar as exclusivas pernas, numerando cada um benefícios pela unidade de pernas que hão.


Assim, a centopeia vai agrilhoando gradualmente suas pernas até terminar na última. Sem alcançar deslocar-se, a centopeia conclui o conto se insurgindo e adotando o seu inerente savoir-faire de ser. Tal como o ser humano deixou-se levar pelo rebanho. Ter deixado de ser ela própria para ser o que os outros queriam que ala fosse.


Está patente o Nada vem do nada, ou quase nada, nada vem, onde mais uma vez está implícito as teorias de heidegger e sartre.


CENTOPÉIA DIVINAL


Exsudar solimões, a víbora
Jubilosa de gáudios declama realidades
Momentâneos ditames,
Velozes preceitos da felícia perpétua
Centopeia celestial
O perene ronda em suas falsidades, velhacarias
O éden abrevia-se, dilui-se
Nos exórdios, gerações
Procrastina-se ao extenso das condicionalidades,
À luminosidade do cataclismo,
A procura do éden desaparecido será eternamente para fronte
O finamento foiça o fadário, cavaqueira
O nentes trasladado ao oco
Quaisquer ditames são simulações, nada vem do nada, ou quase nada, nada vem do tempo
Procrastina-se às artes e da literatura do Renascimento luminosidades de diocesanos extraviados.
Mais longe, o perene atascando -se nos transatos do contra - vácuo
Que personaliza a imperfeita eloquência dos universos
Preenchendo de evos supremos,
Eternidades sobrenaturais da ressuscitação.
Divo comiseração
Divo fraternidade
Divo querença
O oposto do cosmo da mesma substância os Demos
No deus dos mortos do mundo inferior, Mefistófeles (personagem satânica da idade média) declama o teatro divinal do Nojo
Se o tártaro é o precipício dos preceitos cristãos, cristianismos
As almas angustiadas apreciam o brilho das estrelas
De cabeça para baixo, de cabeça para baixo.
Nazareno pereceu no crucifixo
Divo designou-lhe o termo de seiva
De incertezas, periculosidades, temores
Asseverar aos indivíduos a crença no perene, além-mundo
E eternizamos os homens no não-ser da vida.
A lira sobrenatural
Centopeia sobrenatural
É prosaico da existência
É a não criatividade do ser-do-verbo perpétuo.


ANA JÚLIA Ana Júlia Machado
(17 DE SETEMBRO DE 2014)


#ZEROPÉIA DIVINA#
MANOEL FERREIRA NETO: POEMA/PINTURA


POST-SCRIPTUM:


Não, não é erro. Em verdade, há ano e meio, devaneei pela pintura, pintando algumas peças. Amei de paixão a investida, mas era mister muita entrega para atingir algum nível de estilo plástico, e as Letras tomam o tempo in totum, era impossível a dedicação também à Pintura. Guardei as peças numa pasta, tirei fotos e salvei no Windows. Qualquer uma delas nunca ilustrou uma obra minha.
Quem escolhe as pinturas que vão ilustrar as obras é a minha Esposa e Companheira das Letras, Graça Fontis, e para ilustrar este poema ela escolheu a pintura de minha autoria, por nela estar re-presentada uma Serpente.


Manoel Ferreira Neto
(16 DE JULHO DE 2018)


Destilar venenos, a serpente
Exultante de alegrias recita verdades
Transitórios preceitos,
Fugazes dogmas da felicidade eterna
Zeropéia divina
O eterno gira em suas in-verdades, embustes
O paraíso efemeriza-se, dissolve-se
Nas origens, genesis
Protela-se ao longo das contingências,
À luz do apocalipse,
A busca do paraíso perdido será sempre para frente
A morte ceifa o destino, con-reversa
O nada trans-vertido ao vazio
Quaisquer preceitos são sorrelfas, nihiles do tempo
Posterga-se às neoclássicas luzes de ovelhas perdidas
Além, o eterno enchafurda-se nos pretéritos do anti-vazio
Que encarna o defectivo verbo dos cosmos
Plenificados de perenidades absolutas,
Perenitudes divinas da ressurreição.
Deus compaixão
Deus solidariedade
Deus amor
O re-verso do uni-verso consubstancializa os demônios
No Hades, Mefistófeles recita a ribalta divina da Náusea
Se o inferno é o abismo dos dogmas cristãos, cristianistas
As almas penadas con-templam a cintilâncias das estrelas
De ponta-cabeça, de cabeça para baixo.
Cristo morreu na cruz
Deus destinou-lhe o fim de sangue
De dúvidas, inseguranças, medos
Assegurar aos homens a fé no eterno, eternidade
E perenizamos os homens no nada da vida.
A poesia divina
Zeropéia divina
É des-poemática da vida
É des-poiésis do ser-do-verbo imortal.
Manoel Ferreira Neto
(17 DE SETEMBRO DE 2014)


(#RIODEJANEIRO#, 16 DE JULHO DE 2018)


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