Sonia Gonçalves ESCRITORA POETISA E CRÍTICA LITERÁRIA RESPONDE À ANÁLISE DO POEMA Tu e eu Sinais!? @@@@



Manoel querido, você sempre com uma crítica estupenda ainda que esteja avaliando, Obrigada pelo carinho, parabéns pelas palavras lindas e inspiradas, ricas, sábias e líricas obviamente, você arrasa sempre meu poeta querido.Lapida um poema, um surto poético, como fosse um diamante bruto, por certo que você é um furacão de explicação e um crítico literário com propriedade, parabéns!✍️🤗👏👏👏👏
Sonia Gonçalves
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CONTRA-RESPOSTA À RESPOSTA SUPRA
Com efeito, Soninha Son, Sonia Gonçalves, análise crítica de obra de um autor é algo de suma responsabilidade. Se não posso empreender um trabalho sério como reza a Crítica Literária tradicional, não o faço. Sou muito mais exigente do que à primeira vista pode sugerir. Fico lisonjeado por haver apreciado esta investigação crítica que elaborei de seu poema. Beijos nossos, querida!
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Manoel Ferreira Neto ESCRITOR E CRÍTICO LITERÁRIO ANALISA O POEMA Tu e eu Sinais?, de Sonia Gonçalves
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Poema que merece investigação criteriosa. Expusemos a nossa face diante do espelho. A imagem se reflete. Mas esta imagem, apesar de guardar características de nossa face não é a nossa face; é a representação dela. Tiramos a nossa face de defronte ao espelho, a imagem desaparece, ou seja, o espelho não guarda memória. A memória que guardamos em nós da imagem refletida no espelho não é a mesma que fora refletida, e muitas vezes guardamos dela as características refletidas com que nos identificamos, as características que dizem de nós, as que estão à vista do outro, das pessoas.
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Podemos dizer que as imagem refletida, aquando expusemos a nossa face são os sinais de nossa face aquém do espelho; olhando com os linces do olhar podemos reunir as características que os sinais registraram, construindo a representação de nossa imagem real. Mas e depois que retiramos nossa face de defronte ao espelho, nada restando do que estava refletido? O que podemos dizer? Não podemos dizer que se tornou símbolo, signo. O espelho não guardou nada. A nossa memória guardou a imagem que fora registrada. O símbolo, o signo se encontra na imagem que guardamos em nossa memória. Para instituir a imagem real de nossa face é mister des-vendar, desvelar os símbolos, os signos, os sinais que a face memoriada apresenta, buscar reuni-las, ou melhor sintetizá-las, vermos a nossa imagem real, a face oculta nossa. No verso "Efeitos contrários que embaralham nós..." você, Sonia Gonçalves é feliz em revelar... nesta síntese os efeitos contrários embaralham as características da imagem memoriada, daí surgindo a antítese, pois que o real não é racional, a imagem verdadeira da face não é possível racioná-la; nesta antítese surgem outras características existentes dentro da memória, necessitando de des-nudação, desvelamento, sejam sinais de nossa face aquém da memória, no mundo real, e mesmo o real não é racional. Em verdade, não nos é dada a dádiva de sabermos a nossa imagem real, o que sabemos dela são representações.
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Tomando em consideração um poema em cujas estrofes e versos, em sua estrutura poética, você se identifica, diz ele de uma relação íntima e espiritual com você mesma, seu eu e o do poeta se aderem, comungam com uma perfeição perfectível, é o nós, do poeta que você lê e seu, seu eu com o espírito dele, o dele com o seu. Será mister a ilusão, não apenas a poética, a ilusão de que a imagem não é apenas representação, mas o real, a síntese de você e do poeta a quem você lê. Isto porque a obra transcende o artista, vai muito além dele, a sua leitura também vai além do que intenciona revelar em seus versos. Resta o que você mesma diz no último verso "Tu e eu sinais", sinais de um "nós" que se constituem, instituem no infinito além do infinito. Mas existe em nós para sempre, e pode ser escrito nas estrelas, serão símbolos, signos para outros tempos. O Conhecimento não vence a Serpente - isto é fato. Mas espalha interrogações, temporárias rosas e orquídeas novas no jardim de nossas vaidades com efeito se presentificarão, servirão de imagens no espelho de outras épocas, outras gerações.
Beijos nossos, querida! Esteja bem!
Manoel Ferreira Neto
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TU E EU SINAIS!?
Se tudo é mais que clarividente...
Os suores e sais, são sinais!
Nus corações enroscados
Nossos pensamentos cruzados
E o que mais?
O sabor por escrito na língua da gente...
Anosas canções, nos pontos certos poentes
A fogueira da vaidade em chama a paga
O troco do tempo também vem embarga...
Espalha interrogações que o vento...
Tu e eu sinais, confusão
Crises e crases, ases em sofismação
Efeitos contrários que embaralham nós
Encontram perfeitos, temporários girassóis
O mundo num mantra de interrogação?
Num olhar acasalado o riso mais bonito
Teu eu com meu espírito, meu eu contigo
Dê cá minha licença poética de ilusão...
Por obséquio, meu eu Vate vai especular...
Inventar um palavrão bem poético
Rasgar pelo infinito infinito alfabeto...
Imitar a esfinge e rabiscar-te enigma
Nas estrelas mais cintilantes escrever
Pelas constelações mais lindas...
Ir-te ler
Tu e eu sinais...
Son Dos Poemas 100%SMG
RIO DE JANEIRO(RJ), 10 DE FEVEREIRO DE 2021, 13:34 p.m

 

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