SOB OS REFLEXOS E OS REFLEXOS DOS REFLEXOS GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: POEMA @@@@


Rio-me da Arte

Na dolência dos poentes,

No céu vazio de ecos além

No nada marítimo de ondas serenas.

A sabedoria humana

Ligo a outras coisas

Não a versais sentimentos, emoções

Que floram silenciosos na língua em efusão.

O que é mais necessário

Que reine e governe

Nunca são versos

De quimeras sonhadas do infinito

Aos caminhos de veredas,

De seres sempre em sonolentos idílios,

Perscrutando de Orpheu sonhos efusivos...

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Vendaval de palavras

Que não dissera ao silêncio

Interdito de sagradas metafísicas,

À densa bruma que traz o

Vórtex desmedido...

O nada para mim ontem abolido

Urra o sonho, vocifera a fantasia,

De meu destino nada resta

Com tal único objecto que ao Si-Vazio enflora

A eternidade apura,

Suscito com meu gládio erguido

O gesto largo

De solene agitação de palavras pelo ar.

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Rio-me da Arte

Que as insignes metáforas

Em pétalas desabrochadas

Ardem de glória as flamas

Do puro sol mortal,

Opacidade de espectros futuros

Ergo a taça vazia

Pela ausência do espírito de porfia,

Fui educado pela Inspiração

Viajei nas mãos dela sempre,

Tudo em mim se exalta

Quer a amplitude

Do real jogo da mente

Na obra de minha paciência

Sob os reflexos e os reflexos dos reflexos.

RIO DE JANEIRO(RJ), 03 DE FEVEREIRO DE 2021, 22:46 a.m.

 


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