SILÊNCIO DA LÍNGUA SONOLENTA GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: POEMA @@@@



Vão-se as minhas quimeras
Aos cofres do NADA.
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Onde se encontra o meu existir?
Nos becos por onde andei vagabundo?
Nas margens de lagoas
Onde me sentei itinerante
De outros sentimentos residentes nos sonhos?
Em que instante fui eu
A sentir dos prazeres e volúpias
As instâncias do ser eivado
De perspectivas de línguas do eterno?
Que hora existiu
Em que os átimos de segundos e minutos
Esboçaram o tempo roçando
Os precipícios onde habita o divino
Da solidão?
Divino da solidão de uma
Verdade minha bem instalada
No peito e n´alma?
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A que pergunto?
Não é a mim. Não é ao outro.
Em que penso,
Andarilho de paixões ilusórias hereditárias,
Sonhos hereditários de origens, Genesis
Do efêmero que se entrelaça no eterno?
De cada pergunta que faço
O que é concebido de visões
Do vir a ser
Envolve o silêncio da língua
Sonolenta movendo prismas de idílios
Abstratos dos séculos e utopias.
Não sinto onde é que estou.
Nem se sinto melancolia,
Felicidade, contentamento,
O ermo de por trás do ermo.
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Não sei mais discernir
A diferença
Entre mim e as quimeras que se vão
Aos cofres do NADA.
Sei do silêncio das coisas irrespondíveis.
RIO DE JANEIRO(RJ), 05 DE FEVEREIRO DE 2021, 14:05 p.m.

 

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