Ana Júlia Machado ESCRITORA POETISA E CRÍTICA LITERÁRIA ANALISA O POEMA Proscrição de uma Doença @@@@



No texto de Manoel Ferreira Neto “PROSCRIÇÃO DE UMA DOENÇA”
Constata-se que fala da hipocrisia que vive-se e suas imposições para o caos do espírito e artes.
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A aldrabice é uma enfermidade na sociedade contemporânea.
Conforme o idioma coloquial, o léxico é famoso como “o pai dos asnáticos”. Já de concordância com o preceito erudito, a locução falsificação ou hipócrita ostenta os seguintes significados: marca de enganador; mudança intencionada da realidade; embuste, difamação; plano para burlar; deslealdade; deturpação; dolo.
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Os filósofos mundiais igualmente licenciaram suas comoções a consideração da aldrabice. E hipocrisia O primordial nome da literatura espanhola, Miguel de Cervantes, autor da obra “Dom Quixote”, enunciou a subsequente proposição: “A realidade acalma mais do que aguilhoa. E residirá incessantemente acima de qualquer aldrabice como o óleo sobre a água”. O dramático, poeta, ator e maior escritor da língua inglesa, William Shakespeare, disse o seguinte: As locuções encontram-se repletas de fraude ou de talento; o observar é o falar do coração.
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O ideólogo político, autor, compositor que adquiriu conhecimentos sozinho genebrino e um dos maiores filósofos do iluminismo, Jean-Jacques Rousseau, atestou: que constantemente constatou que as criaturas adulteradas são parcimoniosas, e a enorme prudência à mesa usualmente pressagia hábitos astuciosos e almas sósias Em hindu, o vocábulo “Buda” designa “Profeta”. O nome foi dado a Siddhartha Gautama, chefe religioso que viveu na Índia, e ele fez o seguinte depoimento: Um dedicado enganador e perverso é mais ameaçador que um bicho selvático; o bicho pode açoitar seu físico, mas um enganador amigo irá açoitar a alma.
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O autor, cantor, guitarrista e encarregado por converter o reggae compasso melodioso autenticado internacionalmente, Robert Nesta Marley, mais popular como Bob Marley, afirmou: que exemplar seria que todas as criaturas conseguissem estimar o tanto que sabem enganar. Albert Einstein, encarado o gênio do século XX, vaticinou que- estimaria de uma sociedade mais justa, menos podre, com menos hipocrisia, mais merecida, com mais afeição ao próximo, menos intolerância, menos ódio e, especialmente, mais concórdia na alma.
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Uma parte notável da sociedade contemporânea é falsificada ou hipócrita. Seja no seio familiar, no serviço, no ensino, na via, no supermercado, na capital do país, nos subúrbios…
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Incessantemente, deparamo-nos com criaturas polidas e corteses que amam dar palmadinhas nas costas e uns abraços. Dissimulam que são amigas, mas na verdade são enganadoras… Atacam as criaturas que são mais eruditas, são excessivamente proporcionáveis...somente auxiliam se existir favores, adoram coscuvilhice da vida alheia… enfim, como labutar com a falsidade de indivíduos e fêmeas? Existe oportunidade de antevir a anavalhada por trás? Não, não é fácil...mas ao fim de algum tempo a máscara acaba por cair...mas saem uns vem outros e torna-se num ciclo vicioso que cada vez mais impera nos dias de hoje. É uma postura execrável e difícil de lidar com ela...
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No poema o autor verbaliza que ao fim de tanta hipocrisia acabou por encontrar a humanidade que lhe presenteou as mãos para a caminhada reunidos, o Paraíso apalavrado seria a nossa expugnação lógica. Os mesteirais das letras veneraram-no com poemas pomposos. Seus tributos, para a babel da agudeza e artes são impagáveis...
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Mas, infelizmente, parece que somente uma meia dúzia será séria, muito pouco para podermos mudar a hipocrisia. Não devemos parar de combatê-la, que não sejamos nós hipócritas desta vil sociedade.
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O ser humano é dissimulação, embuste e hipocrisia
A fatal espécie humana de procurar um protótipo e conceber formas de abalar do malogro de jamais conquistá-los
O ser humano é repleto de deficiências, e ao inverso do que apregoa esse protótipo criado para prevenir a carência de se desligar do padecimento que existe no planeta, não somos retidão genuína, tão-pouco conseguimos conseguir esse séquito.
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Previsivelmente, nós atraiçoamos os outros e a nós próprios, nesse instante a falsidade converte-se na realidade, e é precisamente essa intrujice que escora a existência em sociedade, ao aceitar a “realidade” (que somos seres inacabados, a existência é completa de tormento e a dita perfeita é uma alucinação) a vida pareceria enfadonha, pois a “realidade” é infernal.
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O que é ser comum, senão uma prova de regularizar o procedimento humano, verbalizando o que é conveniente uma criatura ser, causar ou aparentar? A evasão do padecimento é o centro da demanda pela satisfação, mas não existe conhecimento de si próprio, sem padecimento, compreender a si próprio é investigar entender as agitações humanas e assimilar sobre suas carências e sobre novas formas de interagir com o outro e com o mundo.
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Compreender a si próprio é uma forma de omitir um pouco das calamidades que encontram-se à nossa cercania, é imergir em si e aprovar que permanecem enigmas dos quais não podemos escapar.
Ana Júlia Machado
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RESPOSTA À ANALISE SUPRA
Esta "Doença", chamada Hipocrisia ou Aldrabice, que é do caráter e não psíquica, vai muito além do que Câncer, AIDS, Coronavírus, etc., etc. - para estas ainda existe o antídoto, a Vacina. Para a Aldrabice não há vacina, e ela leva à morte sim, não há estatística de morte causada por ela, mas já levou milhares de pessoas à morte e continuará levando. A pessoa sensível em demasia não consegue conviver com ela, adoece de tristeza, angústia, depressão, e morre. Cientistas, Filósofos, Religiosos, Poetas, Escritores, Músicos... não houve quem não deixasse o seu testemunho sobre essa doença; nestes dois séculos, XX e XXI, a aldrabice assolou a humanidade inteira. Agora mais do que nunca ela ataca a Literatura, a Poesia; só que ela se esquece de que há intelectuais sérios neste métier, e não vão consentir que ela leve estas artes ao caos, à bancarrota. Você e eu fazemos parte deste Navio Cruzeiro. Combatê-la é tarefa de Sísifo, mas podemos sim tecer mais e mais o que ela representa no Mundo Moderno. E é necessário fazê-lo.
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A sua análise, caríssima Amiga e Discípula, Aninha Júlia, Ana Júlia Machado, é de excelência pois mostra com categoria o que ela significa, o que os cientistas, filósofos, religiosos, poetas, escritores... deixaram de testemunho para que nós cogitemos, reflitamos a respeito desta doença, não nos deixemos cair nesta teia de aranha sem possibilidade ou condição de livrar dela. Aliás, você deixou público e notório o que eu, como homem e intelectual, escritor e crítico literário, penso dela e da humanidade que se chafurdou nela. Tenho nojo da Aldrabice, nojo mortal, corro léguas de pessoas hipócritas, e se de alguma forma conseguem se aproximar é por pouco tempo, ponho logo para correr; não tolero pessoas deste calibre.
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Como sempre de excelência a sua análise. Parabéns. Beijos nossos a você, à nossa amada netinha Aninha Ricardo, à nossa família.
Manoel Ferreira Neto
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PROSCRIÇÃO DE UMA DOENÇA
GRAÇA FONTIS: PINTURA
Manoel Ferreira Neto: POEMA
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Hipócrita,
Palmilho uma vida de aparências, a face oculta
Um mundo de verborréias, a mentira das verdades
Malquisto pelos humanos e por mim,
Para os doutos, um monstro.
Nesta senda inglória do pecado – todos sem exceção
Cada vez mais culpado por
Ações e atitudes in totum censuráveis,
Excusas e obtusas
No êxtase da satisfação,
Pleno de conquistas e glórias,
A tiara o símbolo do exímio,
Ou da proscrição de minha doença de caráter.
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Não coleciono fracassos
Para enxugar as lágrimas na fronha do travesseiro;
Na sombra da amargura,
Não quero morrer de tédio,
Acumulando compaixão, solidariedade,
Amor, generosidade, amizade, consideração.
Prefiro a hipocrisia
Não me aconchego nas dobras do vento,
Onde a sombra crocheteia interrogações,
Começo o dia alegre, contente e tranquilo,
Álibis seguem-me, continuamos nossas andanças,
Rodeados de coleções de imagens,
A aplaudirem-nos pelos encantos do poder
Que nos felicita.
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Não me é sabido,
Se me quedei vencido por obra da covardia
- É preciso ter coragem para compor valores, virtudes;
A coragem não enfrenta a Serpente -,
Recém-saído da galeria do mestre arrependido.
Percebo que fiz e desfiz muitos laços,
Nós de família, relações íntimas.
No entretanto, encontrei a humanidade
Que me deu as mãos para a jornada juntos,
O Éden prometido seria a nossa conquista inconteste.
Os artífices das letras homenagearam-me
Com versos suntuosos,
Minhas contribuições para o caos do espírito e artes
São inestimáveis:
Dissipam os rastros,
Dispensam os astros...
Tudo o que está à nossa espera
Terá o mais o puro brilho dos tempos
Prometem-me sonetos, odes, tributos, epopéias,
Cantigas d´Amor, Cantigas d´Amigo,
Para perpetuarem-nos os descaminhos.
RIO DE JANEIRO(RJ), 10 DE FEVEREIRO DE 2021, 05:33 a.m.

 

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