INTERDITOS DE EXTREMA POESIA GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: POEMA @@@@



Alhures,
Pincéis preenchem de cores o vazio do espaço celeste,
Algures,
Penas deslizam inauditos símbolos,
Signos de pós sarapalhados
Nas áreas solitárias de estradas sem luz nem tendas,
Sem marcos nem paisagens ,
O rosto vário do tempo
Refletido no espelho de coisas fugidias.
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O ser que é ser
E que jamais vacila
Anda mais livre e mais puro,
Mais junto ao espírito da vida,
À natureza que sela a alma
Aos ecos soluçados da universal grandeza,
Emprestando-lhe novos sentidos do eterno.
Canta nas águas de dilúvios
Sem ânsias e sem custo
A nobre esperança tranqüila
A grandeza da alma que desce
Ao divino e fremente sorvedouro.
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Quimeras de áureos tempos
Sol-riso, coração-sorriso,
Papéis circulam em branco e sigilo
Prospectos de alegrias serenas
Envolvidas nos interditos de extrema poesia
Da felicidade refletindo a alvura de cânticos de águas
Correndo nas vias de terrenos íngremes,
Espaços e miragens se multiplicando
À feição de flores abertas
Nas margens.
Tudo é breve.
Tudo é definitivo.
Mil suspiros límpidos e frígidos...
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Leve penetrar nos dons
De farturas que ninguém colige:
Farturas que resplendem de sublimes intuições,
Iluminando desejos de plenitude,
Farturas que exalam aromas de inspirações
Dos profundos silêncios sinfônicos de áureos ocasos,
Solidões nocturnas da lua e das estrelas majestosas.
Quantas zonas de luzidias metáforas,
Quantas sombras várias de chamas imaginárias
Acendem os mistérios dos esplendores
De versos visionários
Nos vales secretos e fascinantes
Da Esperança!
RIO DE JANEIRO(RJ), 05 DE FEVEREIRO DE 2021-02-05, 18:12 p.m.

 

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