EFUSÃO DAS COISAS INFINITAS GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: POEMA @@@@


Dedicatória:

 

À amada e querida Esposa e Companheira das Artes, Graça Fontis, com amor e muito afeto.

@@@

Em madrugadas, ouvindo a chuvinha

Cair suave e serena,

O corpo da amada, lânguida amante,

Apraz-me contemplar, envolto na coberta,

Tecido vacilante à mercê de seus pequenos

Movimentos, adaptando-lhes ao sono.

Minh´alma em vigília

Oferece-se ao silêncio da alcova

Rumo à solidão do mar

À praia toca e se debruça sobre

A espuma da onda que se

Sarapalha na areia.

@@@

Bebo de uma poesia que me infunde

Amor e afeição,

Líquidas metáforas que difundem

Astros de gestos ternos a acariciar-lhe a pele.

Em minh´alma

Os versos que componho no imaginário de

Sentimentos, emoções, sensações,

Possuem a efusão das coisas infinitas

Como o almíscar, o incenso

Que cantam, recitam

O êxtase,

Gozo, clímax

Do espírito e dos sentidos.

@@@

Meus olhos lânguidos dizem-me:

“Amante, se o apelo

Queres seguir da musa plástica

Este horizonte mineral que à luz

Fulgura, leve-me ao prazer,

É com ardência que amo

As coisas que o som da chuvinha

Serena ao fogo se mistura.

RIO DE JANEIRO(RJ), 03 DE FEVEREIRO DE 2021, 15:18 a.m.

 


Comentários