ESCRITORA E POETISA Sonia Gonçalves COMENTA O AFORISMO 223 /**ARCO-ÍRIS LÍRICO NOS SUBTERRÂNEOS DO ESPÍRITO**
Seguinte... me rouba sempre as palavras, fico sem saber o que dizer
diante das suas magníficas inspirações e quando esta inspiração é criada a
partir de uma escrita minha, eu fico mais embasbacada ainda, fico estupefacta
diante do seu brilhantismo. Indagações compatíveis com o meu e seu texto. É de
fato uma viagem pelo interior do cerebelo belo do poeta, nesse caso sem
modéstia o nosso né? rsrsr Você fazendo uma leitura com sua visão de raio x e
percepção e usando a mesma frequência para sintonizar aqui com seus
pensamentos. Amei amei. Lindo texto ,maravilhosa dialética e para completar a
obra poética a obra da Graça meio abstrata, meio geométrica amei combinou D++++
Parabéns pelo todo Manu, parabéns para a Graça pela linda parceria
contigo...Obrigada pela inteiração, inspiração, obrigada pelo presente, amei
muito <3 Bjos pra tis <3
Sonia Gonçalves
#AFORISMO 223/ARCO-ÍRIS LÍRICO NOS SUBTERRÂNEOS DO ESPÍRITO#
GRAÇA FONTIS: PINTURA
Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
O destino se faz nas con-ting-ências da vida, questionando as verdades,
perquirindo as in-verdades dos sentimentos, perscrutando as mentiras das
relações, indagando as hipocrisias e falsidades, desejando o encontro, síntese,
comunhão de sonhos e esperanças que são a luz do verbo "Ser", são o
verbo da verdade que se a-nunciará, o sentido mesmo da "ec-sistência"
é o pro-jeto de construção de valores e virtudes através de obra que perpasse
os tempos, a cada tempo são o outro de dialéticas e contradições, caminhos para
a vida-para o eidos do Espírito.
Riscar "arco-íris lírico" nos subterrâneos do espírito,
"esfarrapar" os sonhos "soniais", viver um viver
essencial... Depois do ato de amor não advém uma certa nostalgia? A da
plen-itude. É que a realidade parece um sonho. Acordo-me de fora para dentro. Tudo
limpo do retorcido desejo humano. Ofereço-me o que eu sentia àquilo que me
fazia sentir. Viver que eu não pagara de antemão com o sofrimento da espera,
fome que nasce quando a boca já está perto da comida. Tudo como é, não como
quisera. Só ec-sistindo, e todo, por inteiro. Assim como existem as montanhas.
Assim como ec-siste um vale de flores silvestres. Falo comigo em tempo
metafísico con-tingente, e as palavras des-abrochadas exalam o sentido de
fazer, tecer, construir os passos em con-sonância, harmonia, sin-cronia,
sin-tonia com a liberdade, a consciência do que habita os interstícios da alma,
a solidão do "eu"; e os sentidos exalados são eles mesmos, são a
visão da vida interior.
Sem resquícios nenhum, viver não existe. A vida interior consiste em
agir como se o entendimento nada fosse, nada re-presentasse, como se da linha
do horizonte é que viessem vindo a luz, o som, o silêncio, a solidão, e na
síntese o sentimento visível do invisível, uma fotografia colorida fora de
foco, e na antítese a emoção invisível do eterno na continuidade do vir-a-ser,
em imagem branco e preto que esplende suas sombras e luzes, na tese a
consciência do verbo revérbero luminando nos entrepostos o ser apto à vida, o
poemático dentro de uma dialéctica contraditória da existência que não vive, do
viver que não existe.
É que olhei demais para dentro de mim... É que olhei demais para dentro
do...
(**RIO DE JANEIRO**, 01 DE OUTUBRO DE 2017)
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