ANA JÚLIA MACHADO ESCRITORA E POETISA ANALISA O AFORISMO 240 /**ENIGMA E MISTÉRIO DAS TRAVESSIAS DO VAZIO**/
No excelente aforismo e sempre brilhante de Manoel Ferreira Netol, POR
ENIGMA E MISTÉRIO DAS TRAVESSIAS DO VAZIO#, é que as nossas travessias desde os
primórdios tem sido despojadas de tudo…visto que há sempre os espertalhões que
tentam cegar os mais ignotos…foi sempre assim e será…quem acreditar no tal
“Cristo” Dizem que já aí…a futilidade existia…o poder já esmagava os mais
fracos…
Ao duradouro dos derradeiros anos, tem-se progredido e rejeitado
distintas hipóteses na ensaio de aclarar porque a superioridade das criaturas
não alcançar contemplar a realidade, mesmo quando elas encontram-se farejando-a
em fronte do seu semblante. Aqueles de nós que conseguem enxergar a “trama“,
colaboraram de incontáveis interlocuções ou investigações que desembarcam o desapontamento
da inépcia da superioridade das populações entenderem os fundamentos
excessivamente bem fundamentados empregados para esclarecer o procedimento da
nossa escravatura e à especulação grupal. A explanação mais vulgar a ser
atingida é que a pluralidade das criaturas apenas “Não pretendem contemplar” o
que deveras encontra-se sucedendo. Indivíduos e fêmeas excessivamente ruins que
dispõem a apelidada “aristocracia no domínio” possuem engenhosamente
fertilizado um verde potencial com uma relva verdejante onde escassas criaturas
invulgarmente, ou jamais, se facultaram à labuta de avistar para o alto de onde
eles estão satisfazendo-se por um período razoável para entenderem as praxes
pitorescas presas nas suas aurículas.
As mesmas criaturas que não alcançar avistar sua servidão ao pascerem a
erva possuem uma propensão de considerar como loucos os “ideólogos da
maquinação” aqueles de nós que alcançam enxergar o verde da herdade e o recinto
de passar na praça-forte medieval dos proprietários das “diocesanas”.
A fim de conservar o “verde potencial” verdejante, a aristocracia
integral igualmente corrompe com êxito muitos que penetraram variáveis
pretextos, a fim de arredar os outros que podem encontrar-se se avizinhando da
realidade em muitos âmbitos.
Será ao que se pode apelidar meramente de libertinagem intelectiva,
negociar o direito de primogenitura da exatidão Ecuménica por um manjar de sopa
supérflua. O fulgor áureo da abastança, nomeada e ascensão civil possuem
aliciados muitos intelectivos engenhosos.
E concluo com a ideia final, que faz todo o sentido, do escritor Manoel
Ferreira Neto…Se nos talentos do verbo pretérito de estilos e géneros, fala e
nonadas e nonsenses que verbalizam o passo avante do nentes para o excelso das
eventualidades que se causam nas constrições e deleites, tristezas e
arrebatamentos, receios e audácias, mas sempre os tentáculos largos para os
infinitos orais do ser-verbo-do-verbo.
Ana Júlia Machado
#AFORISMO 240/POR ENIGMA E MISTÉRIO DAS TRAVESSIAS DO VAZIO#
GRAÇA FONTIS: PINTURA
Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
E se ouvirdes afirmar que o artista, sejam quais for e forem as suas
linguagens e estilos, não amadurece jamais, nunca madura, nada lhe sacia a
sede, nonadas lhe satisfazem a fome, sempre inocente, ingênuo, fantasista,
insolente, irreverente, em tempo algum pode dizer ser experiente, pode sim
mostrar as suas vivências com dignidade e verdade, está ele na sua eregrinação
de pés em pés à busca da ilha do porto onde se sentar, no pôr do sol,
vislumbrar o que há além de quando não mais há o sol, sim vida das estrelas,
vida da lua, não cogitai vós estar trans-elevando as dores e sofrimentos,
trans-mudando angústias e tristezas, con-tingenciando outros passos e trilhas,
mas sim artificiando o artista que se artificia na ampulheta do tempo. Pobre da
ARTE, se o artista disser "CHEGUEI LÁ", pois a criatividade é
infinita.
E se nos "éritos", dimensões sensíveis do efêmero, do tempo,
onde as miudezas do in-fin-itivo se foram perdendo na arte de bailar no espaço
habitado de luzes, arco-íris, raios numinosos do sol, brilhos da lua,
cintilâncias das estrelas, re-velando a poiésis da cáritas com que o nada se
nutria, alimentava-se para gerundiar a liberdade de perspectivas do sonho e
esperança das divin-itudes, para subjuntivar os desejos e vontades da estesia,
para participiar as sorrelfas e fissuras da sabedoria, aliás pres-ent-ificadas
nas bordas e frontispícios do vento, que anunciava a vida do espírito do amor
entre-laçada na alma vazia de éresis e iríadas do in-finito, nela unicamente as
melancolias do genesis, que a inspirava a con-templar o romantismo da lua
seduzindo o espaço com os eclipses, as estrelas enamoradas pelas ondas do mar
tocando a areia da praia.
Brilhos da lua,
Cintilâncias das estrelas.
Gerundiar a liberdade
De perspectivas do sonho e esperança
Das divin-itudes...
Raios numinosos do sol a refletirem-se
No espelho invisível das amuradas
Subjuntivar
Desejos e vontades da estesia
Do Ser: Tempo e Vento.
Se nos "éritos" do tempo residem inda vestígios da ilusão do
eterno, quimera dos idílios do absoluto, que, por enigma e mistério das
travessias do vazio ao pleno da alma, que saltitava de felicidade com a chuva
que rega o solo para a florificação, o orvalho que umedece as folhas viçosas
das árvores, floração da primavera, o efêmero nas dimensões das dia-lécticas da
verdade, in-verdade, da vacuidade e ab-soluto, do silêncio e algazarra da
solidão do "eu", compl-etude do "eu" e "tu", o
"nós" do encontro entre o verbo in-trans-itivo das ventanias do
finito, trans-itivo in-direto dos ventos perpassando os cataventos, reversos e
inversos aos seus movimentos, entre os verbos do verbo que se pedem recíprocos,
mútuos, seres-unos e as circuns-pecções do tempo e da liberdade, então confins
e arribas recebem os sibilos do vento como semente e húmus para o nada
re-nascer de suas ipseidades e solipsismos do perpétuo, água cristalina que
sacia a sede para a jornada à busca das pectivas da leveza do ser, embora a
presença do não-ser, partícipe dos absurdos que res-ificam a náusea das
con-ting-ências, elevando-as ao cume dos limites das regências verbais da alma,
des-cende aos precipícios das semânticas do insensível frente à superfície da
sabedoria que rega a vida de espiritualidade, jogo lúdico metafórico para não
esvaecer no efêmero a presença do "it" da fé, esperança, sonho,
aleluia o nada esplende risos e sorrisos, um instante de plena alegria, por, na
sua jornada à busca das eret-idades do além, entre-laçar seus idílios da
esperança com os cataventos nos auspícios das montanhas, seguindo as alamedas
dos volos da verdade, inda que ar-zinho gostoso tempório, mas aquela intuição
de que o lácio último da linguística do espírito e da alma, comungados,
aderidos, é a poética do nada que, de versejos e versificações, vai tecendo com
as linhas das páginas, antes de quaisquer outras, os ipsis da poesia, o
litteris das estrofes efemerizadas no tempo, plen-ificadas no ser.
Se nos "éritos do verbo passado de modos e estilos, linguagem e
nonadas e nonsenses que verbalizam o passo adiante do nada para o sublime das
con-ting-ências que se fazem nas angústias e prazeres, tristezas e êxtases,
medos e cor-agens, mas sempre os braços abertos para os in-fin-itivos verbais
do ser-verbo-do-verbo..
(**RIO DE JANEIRO**, 07 DE OUTUBRO DE 2017)
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