#AFORISMO 237/DIALÉCTICA DA EC-SISTÊNCIA QUE EC-SISTE NO EC-SISTIR# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
In-fin-itivo de ilusões serpenteando ideais efêmeros, sarapalhando volos
perpétuos, salpicando náuseas voláteis, voluptuosas, solerciando verbos e
utopias, sentimentos perpassando uni-versos.
Desejos de sonhos solsticiando o além - raios de sol numinam campos de
algodão, nos interstícios da alma per-vagam emoções solitárias, carências de
verdades no peito, idílios pretéritos pro-jetando vãs esperanças, fugazes
vontades do Ser pensamentos, idéias dando voltas no tempo de nuvens brancas
deslizando no espaço, quiçá lágrimas ardentes desçam no rosto do há-de ser.
Sinto distantes as linguísticas e semânticas da imperfeição,
instantes-limites per-fazendo vernáculos regenciais de verbos oníricos
preenchendo forclusions, lacunas, manque-d´êtres, ilusões de óptica, lapsos de
memória, mov-entes luzes iluminam o subconsciente de éritos de sonhos
impossíveis, irrealizáveis, de passadas visões-do-eterno, de primevas
imaginações da beleza do belo...
Jogos da mente. Encontros des-encontrados re-versando o tempo que gira o
catavento, o vento que paira no espaço
redemoinhando continuamente, infelizes infelicidades in-versando de
ipseidades e facticidades a roda-vida do ser e não-ser, dialéctica da
ec-sistência que ec-siste no ec-sistir de decisões e consequências, contra-dicção
que consuma o silêncio da solidão, veneziana que se abre aos confins e arribas,
solidão do silêncio, ad-versidade ad-versa, ad-versando razões e
subjetividades.
Tirem-me deste inferno da metafísica. Salvem-me desta psicanálise do
inferno. Socorram-me desta náusea que me invade a alma.
Jogos da mente
Imperfeições,
Vazios,
Nadas,
Absurdos
Êxtases de outros átimos de momentos à espreita de mudanças,
trans-formações.
(**RIO DE JANEIRO**, 06 DE OUTUBRO DE 2017)
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