#TORMENTOS NAS MAROLAS DAS PERQUIRIÇÕES... SILÊNCIO # GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto/GRAÇA FONTIS: AFORISMO PROSAICO ****



Luz e penitência!...
Há flocos aqui e ali
De brilho nas sombras da calçada desértica, cânticos, uivos, murmúrios; haver-de ser, não havendo sentimentos a per-vagarem labirintos, vespertinas ilusões, sorrelfas de sonhos, pecadilhos, pecados, desatino de maledicências, beças e revelias de arrependimentos, remorsos, em noctívagas perquirições de ceder às conjecturas do que é isto, , descida e subida, há mistérios ao descer profundo, há brilhos e cintilâncias no ascender aos sons do vazio, MOLÉSTIAS DAS SAGAS E SINAS PSÍQUICAS; demônios nus, desvairados flanam à mercê das chamas na fogueira, livres, libertam-se das trevas, o saci-pererê rouba a cena com a sua dança da cracoviana com perna única, czaristas se encantam com tanta arte e representação, um primor de espetáculo; no oceano afrodisíaco de idílios e de tantas quantas mazelas, heresias, profanações, tomado pelos ventos soprando as águas, raios amenos numinando, nada reside os interstícios de sentimentos...
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Há música no ar, brancas linhas esvaecem-se, devaneios, desvarios para todos os pensamentos, fantasias da falha, carências, tormentos... para todos os ideais as intelectivas dimensões do recolhimento e acolhimento dos milagres de violinos regendo as águas, pós as ondas regarem a orla..., a coruja emite o seu cântico na nebulosa noite, lua e estrelas velando o Bosque das Estrelas, palavras, imagens se entrelaçando nos ideais. Sete lembranças eivem os labirintos sinistros a serem per-formados de notas do vento, luzes, régias perquirições de por trás da extasia e estesia, vaga idéia, disperso pensamento, silêncios, re-verberam as aspas dos pretéritos que revelam a liberdade de expressar as águas das quimeras, marolas da perspectiva e engenho, veneradas sejam as graças, uivos dos sofrimentos invisíveis, abissais que foram subestimados...
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Seara do clima sarcástico e "entenebrecido" pelas visões do coração assimétrico às mãos ocultas, dos agrilhões ao decrescerem as deformidades...
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Sentimentos tépidos esfusiam-se em palavras nas altitudes longínquas, passa-diços substracionados...
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Cegos sentidos na latitude das luzes preliminares às complementariedades...
No espaço...
Universo, constelações, planetas...
No tempo...
De instantes-já, instantes-limites,
Entre os cegos é rei,
Aquele que possuir a orelha mais longa
Na vida...
Já instantes empáticos aos murmúrios purpúreos do/no acaso,
Destarte honrarias e ornamentos às flores primitivas
E futurísticas a sensibilizarem corpo e glória...
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No suave consolo clarificante, visível e audível
Aos discursos coloridos, proferidos no etéreo celúrico
Onde a voz domina.... Onde a língua suas falas pronuncia
No tormento das náuseas, ojerizas...
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Nada ouço de sons de vozes cochichadas no ouvido... Não lambo mel de espinhos, isto serve ao bem e ao mal, agente duplo, e não possuo destreza para lavrar de ambos os diamantes do caráter e personalidade que satisfaçam, aprazerem os âmbitos profusos da alma, não percebo o bem no mal, vice-versa, aí de mim se não pregar os botões no paletó da dignidade, honra... Não existiria a rosa sem o espinho, cônscio disso sou. Ritmos, arranjos, melodias, acordes de vozes cochichadas no ouvido não tripudiam com o estilo de meus passos, "solos de guitarra não vão me conquistar", versos e estrofes não me persuadem, aliciam, seduzem, conquistado já fora pelo Silêncio das Águas, a Cáritas da Imagem. Não me deixo ser cutucado com varas curtas ou longas, a bengala é a segurança. O que me fora de angústias, tristezas por compreender e entender o que suscitava ser pensado, insônias inomináveis, a mente ardendo de dúvidas, medos, incertezas, contudo era tão simplesmente saber o sonho real. Tão simples! Posso con-duzir com serenidade, calma as ovelhas dos sonhos, utopias, esperanças, pela colina no entardecer, aquando os juízos lívidos avaliam as trilhas palmilhadas. Por que ser de mim vencido? Alamedas, bosques, montanhas, ondas na orla, ondas na orla... a maresia marítima no ar, a serenidade no crepúsculo é clara, límpida, é nítida e nula, reza a sin-cronia, sintonia, harmonia, levar a vida na flauta, dançando íntimos os sonhos de "nós", esperanças nossas de ideais vividos e experienciados. A aurora da noite está chamando, convidando, e todas as colinas estão vermelhas como fogo e antes que a noite vem caindo nuvens são alinhadas com fio dourado, cintilante, na fogueira da noite assistimos juntos os fogos, faíscas, flamas, a finitude nua contemplamos, compartilhamos nosso quarto, caminhamos pelas estradas poeirentas e de areia juntos, rodovias, ruas, avenidas... andamos em nossos sapatos.
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Sete vozes sibiladas de tormentos, cochichando instantes-já estrangeiros a quaisquer imagens artificiadas de traços a pincéis e lápis, a tantas visões subjetivadas de imaginação fértil... Sete silêncios olvidados descem a língua das máximas latinas, gregas, com toda proeminência, não é isto a atitude mais conveniente em torno do saber e conhecimento célere de virtudes e valores inestimáveis, o mais aconselhável o é, não haver quaisquer equívocos de interpretação no concernente... as palavras fluem com vigor, viçosas de ácidos críticos os mais diversificados e adversos, não permitiram a sedução do mel do espinho, não poderia ser ferida, havia compromisso a ser patenteado com justeza e empáfia.... Se amigos com o tempo serem perdidos, encontrar-nos-emos novamente, ser um "letreiro" até o fim, as letras se deitam ao meu lado, calando os tambores de batalhas e labutas árduas, as algazarras das matracas altissonantes silenciando com as vozes serenas do destino patenteado, imagens ornamentando, sacramentando os passos, silêncio das águas..., música do bosque, da ilha as baladas blues, ser "letreiro" até o fim...
#RIO DE JANEIRO(RJ), 16 DE JUNHO DE 2020, 05;29 a.m.#

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