Ana Júlia Machado ESCRITORA POETISA E CRÍTICA LITERÁRIA COMENTA O TEXTO /*PERCALÇOS*/ (Data de Publicação: 15 de abril de 2015) ***




Tédios na vida quem não os tem? Mas para um enorme escritor esses são uma angústia…..Sempre em indagação do motivo das nonadas da vida…o valor da eloquência no ser e nas palavras
Mas é com vocábulos, que eternamente induzirá metamorfosear a interpretação de Universo, e instalará a todos a autêntica significação de querença, não obstante, sim bem-querer seres, e mais seres para poder findar com essa erradamente questão que ainda subsiste
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Simplicidade, a energia da ilustre preclaridade
Alguns não afiança nela mas ela
É o mistério de você triunfar na existência
Ela não logra ser superada por qualquer outra mesmice, pois
Ela é o maior espólio de todos.
Não goze temor,
Crê que é um vencedor,
Adentro do seu coração tem algo,
Que nem mesmo você sabe, nele
Você possui crença e conseguirá tudo, ou quase tudo,
Porque o tudo é impossível
O temor, que subsiste no Universo extrínseco não o consegue
Afetar, pois o desígnio de todos
Está delineado nem que não desejem anuir
Mas o uno que o alcança cambiar é você
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Um dia a gente instruí que habitar
Não é continuamente permanecer de mãos facultadas com a felícia.
Possuir continuamente um rir no semblante,
Não é ser o ser mais alegre do Universo, mas sim o mais vigoroso.
Altercar com o tempo porque não interrompe de pluviosar é insciência,
Porque a pluviosidade é uma dádiva da natureza
Logo como os dias com sol.
O arrefecido transpõe, o fervor surge.
O mundo é irrepreensível,
Só é defeituoso para aqueles que credenciam no domínio.
Possuir o realeza não é objeto de ser dominador, mas sim poltrão,
Por só poder ser escutado e não compreendido.
Usufruir autoridade para ter a primeira e a derradeira sentença
Sem previamente escutar julgamentos e enaltecimentos é uma complementa insciência.
Um dia,
Após muitos anos,
Você acha a razão,
E entende que instantes de alegria foram gastos,
Por um intelecto que afiançava uma incerta justeza.
Um dia você descobre que a inteligência
Cotovelou seus pressentimentos e extraiu sua causa,
Submergiu suas emoções num imensidão designada quimera.
Um dia a tormenta transpõe,
E você capacita que tudo na existência tem sua importância.
Mesmo todos os percalços que se cruzam connosco,
Mesmo que aparentem ser nonadas
Mas que possuem um fundamento
E melhor do que ninguém descobre que o apreço da felícia é erudição do que é viver,
Quimeras e anseios de um ser...
Quando malogrados são rosas dilaceradas, corações desagregados, sensibilidades ignotas...
Quando bem-sucedidos são corações encarcerados pelo amor, são rebentos de rosas oriundos do resplendor, são emoções bem admitidas...
E por mais que não alcance uma favorável novidade diariamente, há razões de excedente para existir rindo.
Enormes instantes estão em localizações incomuns em locais inabituais e instantes incompreensíveis.
Os percalços existem…quando fragilizados temos dificuldade em os encarar, quando fortes superamos…É a vida…por vezes rosas outras espinhos…..
Ana Júlia Machado
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Nada, no mundo terreno, é a Verdade que não a transcendência do Ser.
Não há tempo cronológico... Somente o Tempo, senhor que rege o Ser, no Tudo e no Nada; no Etéreo, na plenitude da solidão... no vazio das idéias e utopias.
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Excelentíssima escritora e amiga, Ana Júlia Machado, “realidade” do homem-escritor que sou no agora está nessa transição catártica ao Infinito. O Tudo está no Nada do vazio transcendental.
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E, desse voo, resulta o autoconhecimento: retorno ao mundo, agora, despido das falsas verdades , falsos valores morais, éticos, religiosos, etc, elaborados à escravização do homem pelo homem...
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Enfim, o texto poético revela uma perspectiva do fluir inexorável do tempo e do Eu, desencantado e recolhido em si mesmo: o sujeito decadente e em crise diante do Tempo.
Elabora o tecer poético, valendo-se de elementos simbolistas, fragmentando-o, o imagismo e o interseccionismo, beirando ao surrealismo de Paul Verlaine e Camilo Pessanha.
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O excerto re-colhido e a-colhido para re-presentar é de sua obra INCULTURA: "Necessitamos exibir a nós próprios que nós queremos em primeiro lugar, que a existência nos instruiu deveras, inclusivamente que não se disserta a incultura, que somente podemos ser e legar o que deveras possuímos no nosso interior...", fundamenta com excelência os "Percalços", "O sonho do verbo é a sensibilidade da linguagem, prescripta erudição da trans-cendência, contingência inquieta com o efêmero dos êxtases. Inquietante a angústia com a imperfeição, ziguezague de contradições, os percalços aí residem e habitam. A partir do sibilo do tempo, o embrenhar-me numa viagem metafísica, buscar e transpor o uni-verso do infinito.
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Eis hoje, após três anos de escritura desta crítica, a res-posta que fui adquirindo ao longo da jornada, as experiências e vivências.
Manoel Ferreira Neto
(06 de junho de 2018)
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**PERCALÇOS**
Percalços... Nonadas. Travessias. Vazio. Nada. Horizonte. Uni-verso. Abismos de pretéritos. Montanhas de vir-a-ser. Subjuntivas pontes partidas.
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Sinto-me hoje cansado como se houvesse andado léguas e léguas. Tive de parar algumas vezes na rua para o devido descanso, poder seguir o itinerário até o meu destino. Isto sem dizer que o suor escorria no rosto. Quando a cabeça não pensa, o corpo padece.
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Percalços... Infinito. Além. Aquém. Confins, arribas. Distância. Gerúndio de floresta silvestre. Flores que exalam perfume. Letras apagadas, ciências ocultas. Palavras omissas, esperanças olvidadas. Interdita serpente do sentido, veneno morrisca a alma dos sonhos re-vestidos pensâncias, versemorre a essência da vida, então o paradisíaco do vernáculo erudito dos desejos efemerizados flanam no éter dissolvido na liberdade do tempo, o celestial da perfeição clássica garatuja sonos linguísticos antes de quaisquer notas musicais, só imaginando a vida viva antes da vida que é continuidade no tempo, que é sublimidade a preceder a origem da esperança do ser, origem que nasce na liturgia do nada seduzindo o efêmero, ludi-versejando o imperativo do absoluto com as re-versas luzes fosforescentes do des-vazio sudarizado de nadas-etéreos, mas a verdade do amor pleni-versifica a luz do verbo que se encarna eidos da poesia do além-espírito, águia que abre as asas frente ao inolvidável das fantasias da perfeição e voa o voado dos instantes nas linhas inscriptas de horizontes de outras nuanças e perspectivas do inaudito.
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Aforismo as idéias conciliadas às éresis da esperança do estilo e esplendorosas idéias. O sonho do verbo é a sensibilidade da linguagem, prescripta erudição da trans-cendência, contingência inquieta com o efêmero dos êxtases. Inquietante a angústia com a imperfeição, ziguezague de contradições.
Manoel Ferreira.
(15 DE ABRIL DE 2015)
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#RIO DE JANEIRO(RJ), 08 DE JUNHO DE 2020, 10:25 a.m.#

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