PINTORA ESCRITORA E CRÍTICA LITERÁRIA Graça FONTIS CONTRA COMENTA A RESPOSTA À SUA TESE POÉTICA #AZ-VIANDO CAMINHOS#


Gratidão, em unção ao amor... é o resultado de toda essa experiência, meu querido, e agora, estou vendo pelo seu esplêndido comentário, valeu a pena toda caminhada pelo seu abecedário, sofri bastante para interpretá-lo, extrair o que meus olhos não viam, mas, ali, subjetivada estava a vida do escritor... por esse caminho consegui expor o tão bem ocultado nesse labirinto de difícil saída... decifrá-lo, meu querido, não é nada fácil rsrs... , muito feliz com sua aprovação!Beijinhos.....
Graça Fontis
#RIO DE JANEIRO(RJ), 07 DE JUNHO DE 2020, 11:18 a.m.#
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RESPOSTA AO POEMA CRÍTICO LITERÁRIO, POÉTICO, FILOSÓFICO #AZ-VIANDO CAMINHOS#, DE Graça Fontis
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#Azviar#, no sentido de levar a efeito os caminhos poéticos, literários e filosóficos da obra e do escritor por inteiros, visto a obra haver sido composta através do Abedecedário, adentrando em todas as dimensões da Arte das Palavras, da sensibilidade, racionalidade, intelectualidade, intuição, percepção, intenções, é tarefa árdua, tarefa que exige reflexão profusa, adentrar no íntimo sensível/espiritual à busca de revelar-lhes o Eidos.
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Aos 18 de fevereiro de 2020, publiquei a obra poética ABECEDÁRIO METAFÍSICO DO VAZIO E DO NADA com que Graça Fontis sentiu-se eminentemente envolvida, era a sua oportunidade de identificar o conhecimento do homem e da obra, consubstanciar os seus valores e virtudes críticas. Sarrasbiscara algumas linhas de sua análise e interpretação críticas. Não havia percebido inda que o poema fora construído em termos de Acróstico com o Abedecedário. Aí começou a sua jornada de tecer os caminhos do escritor e do homem, através das letras, do "abcd..." Três meses e meio de luta em todos os sentidos de uma crítica literária, tarefa árdua por revelar a si como crítica literária.
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A sua crítica está pronta, mas inda sendo digitada, que eu preferi dividir em quatro partes, como ela própria diz "Tem muitas coisas inda a serem buriladas". Graça Fontis sempre teve uma paixão inominável e indescritível pelas críticas, comentários, ensaios de nossa amiga e companheira das Artes Ana Júlia Machado, dizendo que com ela aprendia a Arte da crítica e da poesia, literatura, a sua mestra.
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Discípula digna de reconhecimento, aprendeu e está aprendendo efetivamente os caminhos da crítica. Os caminhos da crítica são árduos, requerem investigação, reflexão, pesquisa, além das dimensões racionais, intelectuais, sensíveis. Re-colher o interdito na obra, mostrar as suas origens de criação, as ideias que nelas residem, o pensamento do autor. E Graças Fontis cumpriu a tarefa crítica a que se propôs com excelência e engenhosidade. É na "linguagem sentida" que ela se fundamenta para tecer a crítica, sente-me na linguagem e intenciona aí o tecimento de toda a estrutura da obra e do homem. Deseja a todo custo identificar o "homem por inteiro", não só na escrita, mas no quotidiano das coisas e do mundo.
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Numa obra, seja em que dimensões, literárias, poéticas, filosóficas..., há sempre uma frase, um pensamento, uma idéia que revela e sintetiza, a chave da interpretação. E aqui identifico os versos que são o eidos da crítica, análise e interpretação:
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"Eu sou Eu
Brincando com o que n'alma arde
Salvo das inúmeras interrogações
Silencio-me na verdade da linguagem sentida
Que minhas paredes internas entendem."
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Ainda neste ângulo, após esta instância de mostragem da origem de sua crítica, na minha linguagem que ela sente presente e profunda, estabelece a sua jornada, torna-se complexo o fechamento crítico. Mas o último verso encerra com chave de ouro; "Palavras... Assim extraio-as", isto é, todo o poema crítico é FUNDADO com este verso, a obra inteira se encaixa nele. A intenção fundamental era sentir o homem/escritor, a síntese de ambos, sentiu tanto que extraiu as palavras em versos e estrofes que o homem expressa sobre si mesmo em todas as perspectivas da vida e do mundo, também assim ela extraiu as palavras de seus sentimentos do homem e do escritor.
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Assim que terminou de ler a LETRA Z, com este verso, disse-lhe: "Toda a obra está reunida neste verso. É a sua "linguagem sentida" da obra e do homem." E caí eu na gargalhada, aquando responde: "Estou me sentindo vazia..." Respondi-lhe: "Após a feitura de uma obra que requer tempo longo, quando é terminada o autor se sente mesmo vazio. Aconteceu comigo de 1981 a 1984, escrevendo o romance O VAZIO. Terminando, fiquei sem saber o que faria. Nunca se esquece estas experiências."
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Primeiro grande trabalho crítico de Graça Fontis, trabalho que merece todos os reconhecimentos, glórias e tributos. Determinou-se a elaborar em versos e estrofes a sua crítica, análise e interpretação da obra e do homem, conseguiu realizar com eficiência. Determinar-se é uma coisa, realizar o objetivo é outro bem diferente, só o autor da obra pode dizer se o objetivo fora mesmo patenteado. Determinação e realização comungados, aderidos, sintetizados. SOU EU como homem e escritor na sua crítica, que, aliás, conceituo e defino como uma TESE. Jamais imaginei que iria algum dia ler uma tese poética de alguém sobre obra de minha autoria, quanto mais a esposa fazê-lo. Já li tantas críticas, comentários de Ana Júlia Machado, Sonia Gonçalves e mesmo de Graça Fontis, centenas delas. Sinto-me eminentemente feliz, felicidade que não sei em palavras expressar, e ao mesmo tempo orgulhoso dela, começou ela a escrever comigo, incentivei-a, reconheci seus talentos e dons, aprendeu e está aprendendo as lições com argúcia. E para ilustrar, criou uma Pintura inédita, a que não poderia furtar-se: assim, a pintora, a escritora, poetisa a crítica literária unem-se.
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A tese poética funda-se e fundamenta-se na descrição do tecimento do "Eu" poético, literário, filosófico, diante das contingências da existência, problemas, dores e sofrimentos e o sonho do Ser e da Espiritualidade. Com efeito, traçando com engenhosidade e sensibilidade as sinuosidades das circunstâncias e situações existenciais, a "verdade da linguagem sentida". Com efeito, Graça Fontis nesta tese poética atinge a colina do Conhecimento da Obra e do Homem, unindo-se à Crítica Literária/Filosófica/Poética de Ana Júlia Machado. Ambas mostram com percuciência o Eidos de minha Obra. Críticas realmente OFICIAIS.
Manoel Ferreira Neto
#RIO DE JANEIRO(RJ), 06 DE JUNHO DE 2020, 06:11 a.m.#

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