#PUXANDO AS FARINHAS DOS SARCASMOS PARA O SACO DA FILOSOFIA# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto/GRAÇA FONTIS: SÁTIRA METAFÍSICA ***



Epígrafe:
"Puxar as farinhas para o próprio saco"
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Sentimentos de silêncio e solidão em erupção, chamas fervorosas sinto e o fogo que crepita as linhas na fogueira dos sonhos e utopias são em mim extasiantes...mitolofania de verbos do sonho puxando as farinhas dos sarcasmos para o saco das filosofias.
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Houvesse íntima possibilidade alçaria vôos, rasantes ou profundos o que isto importa, e nada que seja engenhoso, perspicaz para amenizá-los, talvez fosse simples não houvesse in-versado a razão... cri piamente no verso verdadeiro de desejos íntimos, aqueles mergulhados nas profundezas almáticas, havia de começar no in-verso, colocaria a razão no seu merecido lugar, para escanteio e às revezes, se disser me não é sabido com que propósito fi-lo, seria despautério, exaustei-me das estradas sem curvas, sinuosas de valores não diziam quaisquer respeitos, a razão é a loucura e desvario da sensibilidade, dos instintos sensíveis, haveria de criar possibilidade de sentir nos recônditos da alma os sentimentos de silêncio e solidão, ouvi-los em mim por inteiro, qualquer preço é tiquinho, merreca para a liberdade do nada e vazio, aventura das mais perspicazes, o que haveria de ser, estaria consciente as labutas seriam inestimáveis...
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E agora outras são as coisas, reconheço e endosso as alamedas de pedras em que pisei, e nalgumas circunstâncias trilhei becos de poeira, no Vila de Lourdes, asfalto da Paulista, da Rio Branco, amaria de paixão fosse-me dada condição de expressar os sentimentos de silêncio, não me refiro fazê-lo em nível de palavras, há mistérios e enigmas que são manifestados noutras dimensões, por vez de uma realidade poética sem dimensões postergadas de pretéritos e presenças...
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E, neste instante bem instalado na poltrona do escritório, pés sobre a mesa, degustando o trago da fumaça do cigarro, quero esta expressão, confesso estar com aquele sorriso de deboche e sarcástico sentido por mim no rosto de palhaço de circo, com que me senti além de todos os êxtases encantado e envenenado para outros momentos da existência, pois é ingenuidade, inocência querer a pureza destes sentimentos, a pureza é fantasia, existe sim no imaginário unicamente...
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Creio, contudo, a erupção se me re-vela deles ser por haver perpassado em mim modo de isto realizar, são aquelas chamas que crepitam as lenhas das vontades inauditas e levam aos auspícios, são a-nunciações, mister deixá-las livres, o tempo mostrará estilos e linguagens sensíveis desta expressão...
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Careço de longos anos de existência para isto patentear, os que sinto existirei neste mundo são mui poucos, mas de antemão às revezes o espírito da vida na alma dos instintos sabia qualquer obra acaba por ficar sem terminar...
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Isolamento, desolação, libertação...
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As algemas e correntes foram largadas à revelia, se inda estão presentes é questão delas, de como elas veem a prisão das mãos vazias, aliás não foram discriminadas, há de serem perspectivas de visão de calmaria das águas oceânicas à distância, longe a neblina cobrindo as montanhas, sensações indescritíveis...
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Indago-me após estes minutos em que me escrachei na poltrona e senti chamas de fogos incendiando-me as entranhas, depois duas mil faiscas vem duas mil e uma, pus-me a pensar nos sentimentos de solidão e silêncio, desejava imenso senti-los nos interstícios, pensá-los unicamente estilo de passatempo, deixar-lhes deslizarem-se livremente, com o coração saber os êxtases e utopias perpassam-lhe, pulsando-lhe a outridade das ilusões e esperanças do lúdico sentir em suas bordas, se me fora concedido e consentido haver nos tempos subjuntivos da psique à-toa conduzindo a memória das circunstâncias e situações a esmo das dores e sofrimentos, encantando os imperativos das ilusões e utopias da consciência em que deposito confiança inestimável, a que fundamenta os ideais estéticos e éticos de existir a liberdade do nada e vazio...
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Milagre da magia de re-verberar as raízes, prefixos, sufixos, temas, reticências que de-monstram, não poderia afirmar com categoria se revelam, manifestam a suspensão das carências residem-me na inconsciência, verbo “Haver” a deslizar nas marolas do tempo e das exegéticas aspirações do sublime, efêmeras sensações feitas gotículas a saciarem as sedes das vertentes do póstero e póstumo das dimensões contingenciais, há sentimentos de silêncio e solidão mais abismáticos que o de uma imagem que reflete a solidão e silêncio das águas vivas que deslizam no mar dos desejos e mitolofania, mitofania de verbos do sonho.
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Mas, quanto inda haverá deste conteúdo dinâmico ocultador dos ousados juízos intuitivos nestas veias levianas dicotomicamente vindos à tona fora da hora marcada determinante no estancamento da vida como tributos imputadores ao meu supra pessoal lado escuro ao espalharem-se ao acaso, rupturas no meu livre-arbítrio colhedor de meus íntimos mais salutares plantados na soberba inteligível de dias para dias plenos de reconhecimentos, contudo irreconhecíveis aos rastejantes manipuladores zumbilóides adentrados na selva petrificada das intencionalidades vistados como as coisas maléficas do lado mitológico mais negro, apáticos às impressões reais dos vestígios das exigências extremadas deste veemente espectador exigente quanto suas elucubrações fundamentais às veracidades aparentes que de por trás das cortinas a hipocrisia atua?


#RIO DE JANEIRO(RJ), 23 DE JUNHO DE 2020, 09:44 a.m.#

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