OS CAMINHOS DA POESIA SÓ A POESIA CONHECE# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: AFORISMO



"E Jeová dança o candomblé da morte efêmera plen-ificada de orvalhos noctívagos do sempre-eterno que se des-fazem com os primeiros raios de sol do alvorecer."(Manoel Ferreira Neto)
"A criatividade é uma arca em dádiva DI-VI-NAL" (Sonia Gonçalves - in MEU CEREBELO FIA)
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Místicas semânticas de versos lavrando pontes partidas de sentidos, significados, à busca do outro lado da alma que perscruta o finito-in atrás do absoluto, da outra margem do instinto que espia os despautérios da razão, abertura plena para a con-templação dos verbos do espírito que dimensionam a visualização do ser, para a visualização das éresis do tempo, seiva dos sonhos que concebem os desejos retrógrados do nada seduzindo o vir-a-ser do efêmero, núpcias de êxtases, conluio de prazeres, síntese que projecta sentimentos e emoções breves, náuseas do vazio.
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Há instantes em que as palavras fluem livremente, jorram à revelia, surpresa, espanto, ad-miração; há instantes outros palavra alguma se a-nuncia, revela, desespero, agonia, angústia. Criatividade, em que recanto da sensibilidade se esconde? Nada de res-posta. Silêncio. Solidão.
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Místicas e míticas perspectivas do porvir no chão de giz, na estrada de poeiras, na sarjeta de imundícies.
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Quem me dera agora miríades de cintilâncias estrelares a iluminarem as ausências de vernáculos que re-versam as ipseidades ipsis do verbo eterno dizendo os pretéritos do nada, no instante-limite da náusea que vomita as entranhas do inaudito silêncio da vida, os lapsos de memória que in-versam as deidades litteris das regências ad-verbiais e nominais que habitam as vacuidades professando os confins dos adnominais adjuntos do infinitivo em plena deificação do perpétuo, quando os demônios fenecam os dogmas e preceitos da má-fé, as falhas de idéias e pensamentos que revelam o logus do tempo e das infinit-itudes do uni-verso e horizonte perpassando, pervagando, vagueando de pers em pers, de iríadas em iríadas nas arribas do abismo, enquanto sibilam os ventos ansiosos por girarem o catavento no alto da montanha de lobos da estepe, enquanto a origem das cinzas que gerou o estar-no-mundo nihiliza as cinzas pósteras postergando a postumidade ao léu onde Judas perdeu as sandálias judaicas e judias ou na linguagem vulgaróide "onde Judas perdeu as botas" E Jeová dança o candomblé da morte efêmera plen-ificada de orvalhos noctívagos do sempre-eterno que se des-fazem com os primeiros raios de sol do alvorecer.
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Deus lhe pague! Por este nada que abisma o tudo na fonte originária do inferno metafísico do "Sábado" de preceitos. Por estas pontes partidas que, apesar das estratégias para a travessia, levam às oliveiras do vento levou, trans-elevam as sendas da humanidade, os homens caminham no re-verso, ad-verso, trans-verso à espiritualidade do sonho de ser o ser, engolfando-se perpetuamente no vazio nada da náusea perpétua.
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Fantasiar os modelos avigorar
De ex celsitude e fé
De achar-se a cada momento de meditação
Ou de manumissão da sensibilidade e comoções,
Ambicionando a harmonia revérbero do autêntico,
Mas um revérbero denunciador,
“O autêntico domínio de contemplar de frontispício,
Enxergando factos que geralmente não avista”.
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Autônomo considerar ilimitado,
Autônomo – alvitre da pulcritude incomum
Num único feitiço,
Num só reflexo ou iluminar das sensações,
De suas grandezas de sentir e percepção,
Num somente pasmo das sensibilidades
E sensibilidades que desabotoam os hábitos de quem reside na solidão
Ser, os outorgamentos reais do Não – ser,
Profundez da fatuidade desajuizada,
Báratro da altivez imponderada, disparate,
Superficialidade do orgulho descaracterizado,
Ostentação de ser, de suceder,
De passar a adorar no decorrido e trajectória
Da existência
O esplendor da castidade intelectual,
"... Inteirar o saber sensitivo ao
Saber lógico para abolir o raciocínio
Presente, alteando a uma causa
Não unicamente da cabeça, mas do Ente por completo”.
Espertando em mim as energias fecundantes da existência,
Alfinetando em mim as ociosidade febundantes
Das brancas nuvens,
As extensões dos anseios de desafaimar a avidez de erudição,
As querenças das veras e da ciência
Perspicaz e infectadas de distintos eternos a serem avassalados,
Executo a minha consciência âmago,
A natureza da existência.
#riodejaneiro, 11 de fevereiro de 2020#

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