#COPO DE WHISKY VAZIO# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: FENOMENOLOGIA DA GRATIDÃO



Sentimento em luz fosforescente...
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... Que não chamo de sêmen de um instante
Que não chamo essência de verdade íntima,
Que não conceituo estesia das faíscas que emite
Em palavra,
Que não chamo núcleo da leveza emocional
Não é puro, não é origem,
Em emoções,
Que chamo de "chapéu" que cobre o que cria
A mente das tempestades de sóis e raios,
Iluminando as trajetórias,
Sentimento de gratidão sim
Pelo "Chapéu-Amor"", a cobrir o sonho de uma existência,
Os pensamentos, idéias, visões-do-ser,
A intelectualidade-sensível
As utopias, sonhos, esperanças, a subjetividade-virtude.
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Abaixo concepções...
Abaixo definições...
Abaixo accepções...
Abaixo enunciações...
Enveredar-me por outros caminhos
Fontis de águas oceâncias/Machado de árvores:
Harmonia entre as águas e a lâmina,
Entre a entrega e a recepção,
Entre a doação e a continuidade
Até a utopia realizada, haverá outras achas na lareira.
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Embrenhar-me noutras sendas, nossos bosques
Outras serras, lá pelos baldios de Itajubá,
Enfiar-me noutra gruta, noutra caverna,
Turisticar lá por aquelas terras lindas, lembranças dispersas,
Conversa agradável com proprietário de jornal,
Carne de sol com mandioca, "Kapvodka",
Carnaval de "92",
Nas horas de folga era "butiqueiro",
E não havia um homem mais desorganizado que ele,
"Ser não é mostrar-se e mostrar-se não é ser",
Na Serra do Cabral, lá pelas bandas de Várzea da Palma,
"O inferno são os outros", tempestade caindo,
Comendo frango cru, tomando "sangria de boi",
Eruditas conversas com historiador e estudante de psicologia...
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À frase, aconchegando a cabeça na almofada do divã,
Olhava o infinito através da janela aberta,
Respondi com um sorriso,
Não me lembra ter-lhe revelado nalgum momento,
A analista sorrindo, pensativa, "era preciso in-vestigar isto:
Ser não é mostrar-se e mostrar-se não é ser.",
Á oração, "Todo ente nasce sem razão...",
De que me lembrei de imediato à queda de um senhor
No meio da rua, esquecendo-me das análises da existência,
Após a película excelente, Expresso da Meia-Noite,
Dos pensamentos de Hegel, Heidegger,
Respondi com abaixar a cabeça no instante em que o corpo
Estirou-se na rua.
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Sentado numa mesinha na CANTINA SALOON,
Cigarro no canto da boca,
Terminando a sessão cinematográfica, onze horas da noite,
No Cine Palladium,
Frente ao Teatro dos Diários Associados,
Olhos perdidos na calçada da rua Rio de Janeiro
"O que é isto - existir? eis a questão.
Amanhã, degustarei o Para-si, de Hegel,
Mestrar-se é in-vestigação contínua.
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Namoriscar é bem mais interessante...
Não houve condições hoje...
Sem justificações, sem explicações...
A amada está às voltas com a "Re-versão de Lacan",
Apertada de costura,
Prepara-se para a sua defesa de tese no final do semestre
Doutorar-se,
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O copo de whisky está vazio!
Utopia{?}, numa "cantina"...
"Cantina" da infância estar longínqua,
A mocidade estar distante,
A vida não está perdida...
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- Garçon, por finesse, traga-me
Gilbey´s on the rocks... rodelas de limão...
#riodejaneiro, 15 de janeiro de 2020#

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