#O ESPÍRITO E A IMAGEM DO SER# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: PROSA



Epigrafé:
"...a tentação abala com toda a índole
e as reflexões amargam uma cambalhota..."(Ana Júlia Machado, in "TALENTOSA")
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Retrospectiva de introspectivos pretéritos. O que passou no passado fica, o que é presente presentifica o momento, efêmeros os instantes, na memória as vivências, há-de vir o outro nas asas do tempo, nalguma galha da noite a coruja cantando a árvore da permissão da esperança, de seu ser introspectivo o eidos do cântico do conhecimento, liberdade à busca do ser, viagem do espírito por sobre as contingências ec-sistenciais ao longo do universo, trilhando a estrada
nas linhas do horizonte,
eidéticas as luzes do amanhecer,
a natureza que res-plandece sonhos,
os raios numinosos do sol que alumiam
a alma dos desejos e volos do eterno,
"...agitam-se os possíveis
deparam-se entendimentos,
quedam abrigados
todos os instantes..."
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Onde de... será o efêmero-miríade,
pedra de toque da alma eterna,
que evangeliza o livre-arbítrio do verbo
cidindo seu ser no abismo vazio,
brincando de sarapalhar ventos e orvalhos,
divertindo com espalhar naipes e neblinas
no nada etéreo dos genesis,
no seio da Graça,
que cinde o olhar para dentro de si
como imenso espaço sideral,
fonte de cores e luzes e sombras,
carrega consigo múltiplas vias lácteas,
a alimentar o espírito e a imagem do Ser
em Imagens do Tempo que constrói
as dimensões sensíveis do Ser
"No relógio, na madrugada,
no vadiar da alma
sedenta no corpo fértil
nas noites semeaduras,
manhãs floradas despertam,
se digo algo?...";
pedra angular dos desejos, sonhos, vontades,
o nada n´alma que edifica o "lar-do-ser",
pedra sobre pedra,
o aconchego, o afago...
o espairecer das idéias
no vai e vem da rede,
as mãos entrelaçadas.
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Ontem de... será a travessia-espelho, pedra angular do espírito subterrâneo, que esplende as utopias re-nascidas das cinzas do perpétuo subjuntivo dos sonetos da verdade, desirmanando luzes no deserto do sonho amar,
o que res-plandece trans-cendental e divino,
nada há que aprecie tanto:
dividir o SIGILO DO SILÊNCIO.
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Amanhã de... seria o imperfeito pretérito, o infinito da eternidade, que contingenciam, imanenciam o Machado português que versilha a árvore da sensibilidade à Cintilância do Verbo, ao Machado de lâmina assisiada, do gênio do trans-cendente que brilha e cintila as luzes do ser-verbo da identidade;
Ontem será
Amanhã seria
Hoje era..
Ontem de... será etéreo-vazio...
Será impermanência-solidão,
Será eternitude-silêncio...
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Ontem de... será a mística-iluminação do perene evangelizado de vontades do sublime, que trans-eleva a inspiração da paz universal ao Everest do Divino, que visualiza o "versi" poético, nas asas do tempo,
tempo de sorrelfas líquidas
escorrendo em gotículas singelas,
aquela frieza peculiar que arrepia a pele,
nas vidraças quotidianas
dos gerúndios milenares do ser-carne do verbo
dos particípios anuais das fantasias e realidades cruas,
dos infinitivos decanos das ideologias e liberdade;
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Ontem de... será a nonada-imagem do ser-tao de veredas, sendas, alamedas silvestres de particípios na esperança aberta às estrofes da História, a luz da verdade cidindo nos pampas, inspirando o imortal resto de silêncio, solidão do resto à composição versátil do antipoema universalizado de quimeras, a vida à luz das contingências do sempre-jamais sob a cintilância lunar dos lírios do campo;
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Amanhã de... seria verbo-náusea,
felícias do subjuntivo,
a fonte e as águas,
a fonte e a árvore,
a fonte e a lâmina,
postergando imagens imperfeitas
de perspectivas,
protelando reflexos de luzes,
na moldura do infinito a falta do ser,
Salvando de SONS os ad-juntos do nada
às regências dos ritmos, melodias, acordes,
"... Entre as portas e as miríades de janelas abertas
Me trazem inspiração do mundo que me faz ser poeta...",
sentimentos e emoções compondo baladas,
imprimindo cunho de ser maliciosa,
"Tudo faz parte da vida, está em nós,
Tudo de tudo, um pouco, muito, nada"
mas com a consciência livre,
são pedras angulares do efêmero,
a vida eteriza a morte,
morrer é absolutizar o vazio das nonadas,
concebendo a nostalgia das pontes elevadiças,
"... a tentação abala com toda a índole
e as reflexões amargam uma cambalhota"
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Ontem de.. será a Arte, origem do artista,
o Artista, origem da Arte,
"Com ou sem rimas, nascemos poetas",
solidão, fragilidade, insegurança,
medo, ausência, solidão, carência,
o uni-verso res-plandece de brilhos e cintilâncias...
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Buscamos a luz, desejamos o que nos completa, queremos o verbo do ser que nos espelhe a imagem dos elementos-da-vida.
Ontem de será...
Amanhã de será...
Ontem de será...
Amanhã de será...
Ontem de será...
#RIODEJANEIRO#, 12 DE FEVEREIRO DE 2020#

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