#FUMAR - QUÊ PRAZER INESTIMÁVEL!# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: POEMA



A fumaça do cigarro
habita o escopo da intimidade,
Nela a presença da vontade
de trans-parência, verdade
Inda que efêmera.
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As imagens retornam a encenar
frente aos meus olhos,
As luzes e contraluzes re-inicializam
a re-presentar a sensibilidade, criatividade.
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Não há
senão uma atitude sincera.
Em verdade,
só eu participo de sua orgulhosa liberdade.
A necessidade de doar-me
vem ligeira à minha consciência.
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Não basta ser sensível
para permitir a autenticidade,
para con-sentir a originalidade.
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Desejo sentir o "existir"
transformar-me,
transmudar-me,
modificar-me...
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Como um estilo,
emergir das profundezas tumultuosas...
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Vou iniciar-me
à beira do limiar do infinito,
onde também começam
os horizontes,
Vou re-inicializar numa
Ponte para nenhum lugar,
Re-costado ao parapeito,
Observando as águas passando,
Onde também são concebidos
O "eu", o "nada".
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As vaidades deliciam-se
com a intimidade,
burilando os olhos nus.
#riodejaneiro, 21 de fevereiro de 2020#

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