#VIAJANTES DA GARBOSIDADE DISCURSIVA# GRAÇA FONTIS: FOTO GRAÇA FONTIS/Manoel Ferreira Neto: POEMA



POST-SCRIPTUM:
O tempo de viagem da Ilha de Itaoca a Iguaba Grande não é longo, apenas duas horas de viagem, respeitando a sinalização da rodovia, o que minha esposa e companheira faz com maestria. Nossa viagem transcorrera com excelência. E, no sábado, na Praia do Popeye, acompanhado de minha cunhada Esmaylda Fontes Correa, e alguns conhecidos, olhei para o mar e me veio à cabeça viagem de trem da Ilha de Itaoca a Iguaba, imaginário, nem de bonde seria isto possível. Aí é que nasceu este poema. Benzinha e eu fazendo esta viagem de trem. Dedico-lhe à minha amada e querida Esposa e Companheira das Artes, Graça Fontis, com muito amor, carinho. Inclusive, através desta circunstância, projectamos ir a Angra dos Reis de barco.
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Trem de ilusões dispersas, viajando lua e estrelas,
Trem de pensamentos circunspectos, alumbrando
Circunstâncias e pretéritos de regências do tempo,
Trem de ideais a enunciarem as magias místicas
Nos trilhos que se esplendem à presença
De curvas e abismos,
Trem de sonhos a desbravarem as montanhas,
A força dos movimentos,
Jornadearem outras asas para o infinito,
Inaudito das visões de que não existem fronteiras,
Trem de sorrelfas a ouvirem o silêncio,
Contemplar vaga-lumes a tocarem a janela,
Luz de sentimentos,
Trem de fantasias, na Maria-fumaça
Viajantes da garbosidade discursiva a valorar-se
Na inconsequência efêmera do vir-a-ser,
Embutidas as casualidades promissoras, regadas,
Incentivadas mediante promessas de resplendores
Mais que o desvelar do sol
Que a peneira cobre no incansável tempo
Que a tudo descortina o mínimo e o máximo
De infindáveis segredos nas instâncias/estantes formóticas
Do inconsciente tidas irreveláveis...
Trem de chances de perpetuar as distâncias,
Longínquos sítios onde renascer é presenciar verbos e ventos,
Sendas e caminhos,
Inventar dimensões do vazio
A preencherem lacunas e ausências da verdade
Fantasiar lacunas do nada
A dispersarem falhas e faltas das certezas,
Trem de passagens, travessias à sabedoria do tempo,
Instante de paragem na estação,
Hora de re-fazer outras trilhas
À mercê de repentes contemplativas,
Cochichantes, conclusivas,
Proporcionais dentre sombras,
Chaves determinantes da compreensão,
Adjetivando a inadequação desconstrutiva das
Farsas utópicas,
Cujo porvir é estacionar-se na desilusão
Inerente à "NÃO-VERDADE.",
Dos sonhos utópicos, imaginários,
Esperanças quiméricas,
Utopia das mãos entrelaçadas
Cujo amanhecer e renovar-se nas quimeras,
Fantasias,
Inerentes ao "ETERNO" NÓS...
#riodejaneiro, 11 de fevereiro de 2020@

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