CRÍTICA LITERÁRIA POETISA E ESCRITORA Ana Júlia Machado ANALISA A QUESTÃO DA DIALÉCTICA DESDE SÓCRATES A KANT NO POEMA #ATRAÇÃO OU AVERSÃO#




Neste escrito do escritor Manoel Ferreira Neto, penso que nesta luta da metalinguística e semântica e a estética do destino, cabe aqui talvez o diálogo Socrático ou não? Um diálogo Socrático é uma sessão de indagação racional em conjunto no formato de um colóquio norteado por um sábio, dirigido por decididas normas e cujo desígnio primordial é o de fomentar o entendimento independente e analisador dos cooperadores. A finalidade particular de uma conversa socrática é contestar a uma questão lógica real, através da busca de uma aprovação em volta dos juízos que a questão nos exibe. Sendo o propósito particular de um diálogo socrático achar uma réplica consensual a uma questão não incumbe-nos, contudo, ficar desiludidos quando isso não ocorre. Num diálogo socrático granjeiam-se faculdades como o apreço, a erudição escutar, admitir apreciações às nossas posturas, a admitir o engano como instintivo a qualquer tentativa humana, o tirocínio com os outros e com as práticas dos distintos. Numa locução, num real diálogo socrático tratamos a nossa humanidade. Um dos diálogos socráticos mais falados é o Górgias de Platão. Este diálogo possui como assunto fundamental a oratória, qual a sua utilidade e como esta deve ser usada. Uma das pessoas fundamentais é o inerente Górgias, o afamado sofista siciliense famoso em Atenas como o preferível orador. A altercação de Sócrates acerca da eloquência e o seu porte vai possibilitar a Platão criar o acareamento entre dois costumes antagónicos do dialecto, como utensílio de domínio e como aparelho de realidade. Ou seja, o dialecto resguardado pelos sofistas (Sofismo ou sofisma denota uma ideia ou oratória que demanda aliciar ao engano, exposta com fictícia coerência e sentido, mas com alicerces antinómicos e com a intento de burlar.
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Presentemente, um discurso sofista é encarado uma discussão que supostamente ostenta a realidade, mas sua verídica tenção está na ideia do desacerto, causado por um procedimento ardiloso, numa prova de atraiçoar e lograr). Em um sentido populista, um sofisma pode ser analisado como uma embustice ou um feito de nociva convicção. Representados por Górgias, Polo e Cálicles) e o dialecto sustentado pelos filósofos: Sócrates, Platão, que completa que esta é, não só, improfícua, mas mesmo amoral. Platão redigia quase sempre em conversa para que os leitores da era o alcançar compreender melhor. Com o seu diálogo, tenta reeditar o “sortilégio” do diálogo socrático, plagiando o jogo de questões e réplicas, com todos os enredos da hesitação, com as efémeras e acidentais manifestações que estimulavam para a realidade, sem todavia a patentear de modo objectivo. As finalidades do diálogo socrático são a catarse (purificação) e a instrução para o autoconhecimento. Sócrates não redigiu textos, apesar de se lhe facultar a criação de alguns poemas. Ele não tencionava aconselhar, pelo contrário, dava a sensação de pretender compreender. Em vez de facultar lições, como um mestre tradicional, brigava, meramente compunha questões, particularmente para iniciar uma conversa, como se ninharia soubesse. Segundo o seu discípulo Platão, Sócrates reconhecia que um livro era um mestre que proferia mas não replicava e, talvez por isso, Sócrates elegesse contestar os conteúdos nos largos. A principal tarefa realizada por Sócrates era alumiar o Homem a velar do seu inerente intelecto. Através da palavra, e não sendo sofista, Sócrates tinha autoconfiança no que verbalizava, por vezes podia apoderar-se, como similarmente podia abespinhar os seus auditores. Sócrates podia alterar o parecer dos auditores através da palavra, mas teria sido mais complicado se tivesse usado a escrita. Ele persuadia os que o ouviam de que o ponto de partida, na busca da erudição, era o mesmo para todos: saber que não se sabe. A conversação possibilita que as ideias procedam mais espontaneamente do que através da escrita. Na escrita fantasia-se e dispersa-se muito mais do que através da dialéctica.
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A Dialética em [Filosofia]de Kant consistia no Argumento que se escora numa cegueira do raciocínio, detendo-se, por isso, no intelecto, ainda que vergado às incoerências ou à contestação; coerente do parecer.
Ao fazer com certeza um comentário extensivo a um texto pequeno do autor, parece enganoso…mas em tão pouco que verbaliza diz tanta coisa…
como ao dizer por exemplo “e melodias do ser verbal
nas regências da plen-itude,
a atração ou a aversão
só podem pertencer a
(coisas reificadas)”
Demorou a fazer este comentário, pois o tempo não é muito e não se aparentava-me nada fácil, que a muitos leitores com certeza será…
Ana Júlia Machado
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RESPOSTA À ANÁLISE SUPRA
Efetivamente, ATRAÇÃO OU AVERSÃO é uma discussão dialética sobre a "cegueira do raciocíno, desde Sócrates a Kant. De excelência a sua análise, Aninha Júlia. Parabéns! Beijos nossos a você e à nossa amada netinha Aninha Ricardo.
Manoel Ferreira Neto
#ATRAÇAO OU AVERSÃO#
GRAÇA FONTIS: PINTURA
Manoel Ferreira Neto: POEMA
Distante é a linguística dia-léctica da saga
a semântica dia-lógica da sina,
a metalínguística estética do destino,
sêmen do estilo,
"o estilo é o homem"
sêmen da fala
"a palavra não tem ser",
sêmen da linguagem,
"sede de compreensão,
interação",
a sede é condicionada às operações mentais
de hipóstase e de reitificação que
constituem
este mundo de evanescente devir,
longínquo é a sin-fonia de etern-idades aos ritmos
e melodias do ser verbal
nas regências da plen-itude,
a atração ou a aversão
só podem pertencer a
(coisas reificadas)
#RIODEJANEIRO#, 06 DE FEVEREIRO DE 2020#

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