#NEGAÇÃO PERPÉTUA NA POIÉSIS DE SILENCIAR A FALA# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: PROSA



Peregrino em direção às ruínas dos templos.
Sou mestre na arte de falar em silêncio. Sou a negação perpétua na poiésis de silenciar a minha fala. Toda a minha vida falei, calando-me, silenciando-me, emudecendo-me, e vivi em mim mesmo tragédias inteiras sem pronunciar palavra, ofensas e humilhações sem suspirar profundo nos momentos em que monologuei comigo próprio.
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Lá, encontro a beleza, o sentido de mim.
Há consolo
no espírito branco
da eternidade.
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A dança de uma evidência a escovar-se todas as manhãs.
A fisionomia de uma ingenuidade
proclama um silêncio indisciplinado.
E o rosto da inocência perspicaz
lança, na consciência, a sombra.
Translucidez do individuo.
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Entreabre-se a singularidade em... - "silêncio! além dos infinitos e in-fin-itivos!" Do clima frio, às vezes médio, mostrando a carne do rosto, a fisionomia
é algo de uma ternura séria e amor sincero. Dizia Clarice Lispector que "O óbvio é a verdade mais difícil de enxergar".
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Reivindico um reduto aconchegante onde repousar... Uma palavra a ser dita. O sofrimento sempre acompanha uma inteligência elevada e um coração profundo, um intelecto perquiridor da liberdade e do sentimento de livre o Ser mergulhar no bosque da querência de sabedoria.
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Os homens verdadeiramente grandes experimentam uma grande tristeza, acometidos de uma melancolia súbita.
#IGUABA GRANDE(RJ), 05 de fevereiro de 2020#


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