Ana Júlia Machado CRÍTICA LITERÁRIA ESCRITORA E POETISA ENSAIA O AFORISMO 537 /**LAIRE-BAUDE DE PECTIVO RETROS**/


O #AFORISMO 537/LAIRE-BAUDE DE PECTIVO RETROS#, do grande escritor Manoel Ferreira neto, +e uma homenagem ao escritor Francês em que ele se assemelha muito à sua ideologia. Não respeitar normas e o que é isso do bem e do mal…as flores do mal é uma obra que é encarada o padrão da poesia moderna, “As flores do mal” agregam de jeito modelar uma série de fundamentos do feito de Baudelaire: o tombo, a excreção do éden, a querença, o acabamento, o tempo, a expatriação e o enfado.


As Flores do Mal não abrangem poesias nem lengalengas nem ninharia que haja que ver com uma configuração diegese. Não há nelas nenhuma dissertação filosófica. A política encontra-se afastada por completo. As enumerações, parcas, são sempre compactas de interpretação. Mas no livro tudo é encantamento, melodia, volúpia imaterial e potente. Neste livro postou todo o seu entendimento, todo o seu coração, toda a sua crença (travestida), todo o seu rancor.
Sua obra é sombria e muita taciturnidade e patenteia muito de sua existência inundada a vinho, estupefacientes e mulheres. Baudelaire é o que podemos apelidar de sentimental estroina. Seus cantos sublevaram a literatura gálica. Baudelaire cria que, para lá de eterizar suas mágoas por conta da enfermidade, o ópio propagava sua intelecção intelectual, espicaçava o devaneio e somente com o hábito ininterrupto é que o estupefaciente lesaria sua aptidão de labutar. Ele relata de formato inspirador suas práticas com esses narcóticos, tudo de forma a ceder o leitor extasiado, como enrolado em prosápia de ópio.


Tal como, o escritor Manoel Ferreira Neto, ele elege o isolamento e o emudecimento, como circunstância imprescindível para seus enlevos e delírios penetrantes.
Possui uma taciturnidade exasperada, como se exalasse poesia pelos interstícios, e a sensibilidade que faculta ao decifrar um poema seu é de como se inebriasse a luxuriosa, narcotizada, débil... ao leitor


Suas cavadas exultações do vinho. Todo homem que haja contido que serenar um remorso, evocar uma recordação, submergir uma plangência, edificar um forte de agitação, todos enfim rogaram, divindades enigmáticas ocultas nos músculos da parreira. Como são enormes os espetáculos do vinho, luminosos pelo resplendor íntimo! Como é real e incandescente, esta segunda mocidade que o homem nele descobre! Mas quão medonhos igualmente suas sensualidades relampejantes e seus atractivos exasperantes...


" O poema do Haxixe. Um dos melhores poemas de Charles Baudelaire
"Soturnos funerais
Deslizam tristemente
Em Minh ‘alma sombria.
A sucumbida Esperança,
Lamenta-se, chorando;
E a Angústia, cruelmente,
Seu negro pavilhão
Sobre os meus ombros lança!"


As flores do Mal
E o escritor Manoel Ferreira Neto, fez um texto espectacular que bem enobrece o autor e apenas o pode fazer quem conhece muito bem o autor em causa e que apresenta suas semelhanças no decorrer do seu escrito…
Flores de perspectivas
versos expelindo a fragrância do
ser;
Sonância de um instrumento
e de um chocalho na longitude,
Emitindo um gemido instintivo.


Aqui provavelmente será quando o autor morre…as flores podem ser do bem …mas igualmente do mal….o cobrir um corpo que partiu devido aos seus excessos….


Ana Júlia Machado


#AFORISMO 537/LAIRE-BAUDE DE PECTIVO RETROS#
GRAÇA FONTIS: PINTURA/ARTE ILUSTRATIVA
Manoel Ferreira Neto: AFORISMO


IN MEMORIAM: Charles Baudelaire (Escritor e poeta francês), uma flor do mal, dependendo de como se intui, percebe, verbaliza o que é isto - o mal, o meu carinho e amor e reconhecimento, além do agradecimento!


Pectivo retros de quimeras ins-crevendo no tempo aquém da eternamente eternidade as linguísticas e semânticas do sublime, da leveza a iluminarem as sendas ao longo da campesina estrada para os sonhos mais percucientes, esperanças vívidas da solene colina dos ventos in-auditos de onde a paisagem do In-finito res-plandece de iríasis do Amor eivado de estesias e belezas, de onde o amor se projeta de miríades de raios de luz branca, simbolizando o além-divino. Quem con-templa o Amor da colina é numinado, inspirado de sentimentos e emoções sensíveis e trans-cendentes.


Góticas razões por esmiuçar limites do instante, os sóis orvalhados dos céus nublados sobre as águas serenas, ondas leves do mar guardam o encanto misterioso e cruel de um olhar infiel, adúltero, barcos de humor vagabundo vindos do fim do mundo.


Pectivo retros de sonhos pres-crevendo no Verbo Ser do pretérito mais-que-perfeito as dimensões trans-cendentais da entrega plena de ternura, carinho, carícias, entrega aos ex-tases da verdade que circun-vaga os tempos, per-vaga os éritos in-conscientes, re-novando-se, in-ovando-se, re-criando-se e as veredas da jornada pela vida a fora se re-vestem de poiéticas peren-itudes das paisagens do uni-verso, de onde se sente profunda e percu-cientemente o orvalho suave a tocar os inters-tícios da alma, po-iésis das dores e sofrimentos, angústias e tristezas, melancolias e nostalgias sin-estesiando desejos e vontade do outro outro de ser-no-mundo.


Con-sinto bem o escurecer, o anoitecer, mas tenho palavras de luz e, por fim, não entro na noite pra me render; antes que a alma tenha em ruínas, meu êxtase reaviva à glória e à luz divinas; esta é a volúpia dos encantos do mundo, da terra-mãe!


Pectivo retros de ideais pers-crevendo no Verbo "Esperançar" de gerúndios, partícipios e in-fin-itivos sin-estésicos as miríades dimensionais do belo e da beleza, sob as cintilâncias e brilhos das estrelas e lua incidindo-se nas águas do Lago Éden à margem da colina dos ventos in-auditos, em cujas luzes que se esplendem por todo o vale o In-finito performa o baile das alegrias e prazeres, as iríasis futurais encenam as etern-idades re-vestidas das cáritas do evangelho da Verdade ser o genesis da poética Vida-Vida.


Pectivo retros de esperanças vers-ejando e vers-ificando as érisis do tempo e dos ventos que pers-crevem o absoluto à luz do apocalipse, a po-esia se re-nova, in-[ov]-a-se, re-cria-se, re-faz-se de dentro dos abismos in-auditos, dos vazios indescrítiveis, dos nadas extasiantes, esplende-se a todos os espaços do In-finito, alimentando de espiritualidades as querências e desejâncias dos volos dos dons e talentos.


Esperanças vers-ejando
e vers-ificando as érisis do tempo
Corramos sem mais delonga ao po
en
te,
é tarde,
para abraçar
um raio oblíquo no
hori
zonte
uma luz obtusa
no
IN-FIN-ITIVO
do
IN-FINITO!;
para saudar
o ocaso
mais glorioso do que um
so
nho!


Pectiva de retros tecendo de experiências e vivências éritos do tempo, trans-literalizado pela memória, trans-poetizado pela sensibilidade, trans-litterisado pelo húmus e semente da etern-idade, trans-proseado pelo perpétuo de outras visões profundas do tempo que prossegue a sua jornada, as contingências seguem as decisões e consequências, liberdade, responsabilidade, compromisso, a cada travessia outras des-cobertas, re-novação, re-fazenda, re-nascimento, o tempo in-ventou a morte, não conhece a vida, a vida re-inventou a etern-idade, nela a verdade se vela e des-vela nas suas travessias, nonadas, nada, vazio, na esteira do SER LIVRE.


Pectiva de retros exalando das flores do jardim em uníssono o perfume da poesia que verseja e versifica no tempo a eternidade, de sin-estesias e metáforas tecendo o ad-vir do "ser". Poesia: jardim de pectivas retros da etern-idade. Etern-idade: flores de laire-baude exalando o perfume do ser, a verdade a cada passo se desvelando.


Flores de pectivas
retros
exalando o perfume do
ser;
som de um órgão
e de um
sino na lonjura,
exalando um suspiro involuntário.


(**RIO DE JANEIRO**,14 DE JANEIRO DE 2018)


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