#AFORISMO545/NO ALVORECER DAS PALAVRAS "RAZÃO/ERUDIÇÃO", REJUBILA-SE O ESPÍRITO** - GRAÇA FONTIS: PINTURA/ARTE ILUSTRATIVA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO


Mergulho surdamente no reino das palavras.


Aqui estão as letras que esperam ser letradas, que esperavam ser concebidas nas páginas límpidas e cristalinas da alma, prosa-arte do quotidiano, verso-oração da con-templação das sabedorias do tempo e do ser, uno-período das buscas do espírito e das dimensões ermais e eternais do vento que sopra o ad-vir, que alenta os silvos do etéreo éter!...!...!


Fisionomias embelezam infindos "previa-mentes" transcorridos, expressões aform-oseiam distâncias antes casualidades, após acasos e ocasos, enfeites de sensibilidades em vagas sonantes de cadências, largando as lágrimas rojarem por sobre rebos de termos em comando ao manancial do resplendor, corrume à nascente da claridade por onde ângulos de rigor, diáfanos de ânsias, delineiam a óleo argolas a luzimento de riqueza, gradações do espírito, largando o caminho oco, despojado das avenidas, extrovertido das ruas de poeira e paralelepípedos, arboral de palmeiras, encenação de pulcritude ao alvorejar, cursando em lugar contrário de infindos aquém de antes Quimeras da existência, escalões do imortal, esculpiram as probabilidades de perspectivas - intervalos executam a imago engrandecendo flashes de luminosidades num fogaréu afilado e débil de uniões, Tempo/ser, Vento/Tempo, Ser/Utropias, "Para o místico", em cujas centelhas cruzam sílabas de eventualidades luzidias, prodigalizando devaneios às cavalitas de dilúculos desmaiados, exercitando andamentos de bailado para as resplandecerias dos fadários a predizerem lúdicas interceptas espiolhando cavaqueiras na chispada cegada à cata dos gozos e enlevos da manumissão que preceitua as epístolas cãs, "para sempre jovem", "para sempre orquídea a florar na floração das pétalas do sublime e sensível", e jeróglifos da ultra origem e cataclismos, o engenho delineado às silhuetas amainas e aprazíveis de extravagantes, o firmamento só será desvelado em adejos vagarosos, óbices às tempestades da entidade, entendendo que o além eternamente residiu cá, na excursão descomedida, engendrando de sensibilidades poemas e estâncias corriqueiras do vir-a-ser de exactidões no zéfiro vigarista, malandro do tempo - olhe e con-temple eu, oh artífice de meu ser, desfilando nas alegorias dos jogos lúdicos, perfeita malandra nas ventanias do tempo! -, dificuldades, pátria, choro e ânsias, a existência, observadores distantes de olhos tilintando as cores do arco-íris, esfinge do universo, angústia da sorte, largando a via despojada, ponteando de genuínos numes perspicácias, fecundas idealidades, intelectos...


- Sois vós luzes e verbos do pleno que vós artificiais na continuidade das utopias da verdade.
- Sois vós a mão que traça e desenha sentimentos e emoções de entrega às sorrelfas da liberdade e do perene.
- Sois vós os olhos que perscrutam o invisível, que está mais perto de vós e vossas perquirições, porque vós ninguém vos vedes.


Do obscurecer – plenidão de inerências do devir, quando as flores brotam, expelindo o doce amargo olor, quando a existência peregrina num período infindável, clarão, fé, meu lampadário em jóias, clarão, expectativa, minhas rezas em ladainhas, luminosidade só íris, minhas afectuosas odes em peregrinações... Sinto na angústia o quem me lembrasse e do lembrar a mim como uma ponte onde de noite já ninguém passasse - após as oito horas da noite ninguém passa na ponte, não há mais necessidade de atingir o outro lado - viesse a notícia desse outro horizonte em que o meu grito preso na garganta
dissesse à voz que não ouvi e veio quanto cansaço inverosímil, quanta fadiga me enternece como um seio, quanta exaustão instiga-me a mente a arrancar-me de dentro.


Inspiração... Sensibilidade... Sete in-finitos in-fin-itivando inters-tícios de a-nunciações do ser de versos do além, além semânticas sin-estésicas do pleno, além linguísticas metafóricas do ab-soluto, além metáforas do nada, que re-presentam e pres-ent-ificam metafísicas cristalinas provindo nonadas de alhures sítios de pálidos crepúsculos eternos e imortalizados de sombras cinéreas, onde o tempo per-vaga re-colhendo e a-colhendo vestígios cosmopolitanos do in-audito, tecendo idílios do silêncio com os sibilos do vento.


Na efêmera ideia que, incerta entre o corrente, me busca pra lá do que banal, vulgar, me prende e enleia e pelo destacá-la emerge pura. Fazê-lo é legar-lhe já o que perdura. Porque a banalidade, a vulgaridade que a medeia como à pedra vulgar por entre a areia esquece o que em tomá-la a rareia.


Do globo não desejo os sofrimentos a difamação e sussurros. Não aspiro à balbúrdia e nem bafios. O fresco que tenciono e as fragrâncias do planeta desejo as fragrâncias do planeta, desejo os ornatos do planeta...hilaridade e os bem-quereres! A existência consegue quedar deveras curta, Se a apreciarmos com o admirar demarcado. A displicência sucede se nos arredamos da idoneidade de extasiar-nos com os factos mais incomplexos do planeta. Pois para descobrir-se cá com um escasso que seja de aconchego no espírito há que haver risada. Há que haver convicção. Há que haver a inspiração do enternecimento. Há que conter um enxergar verdejante. E abundante originalidade....


Sublime o etéreo, suave o fugaz, sereno o uni-verso em cujo solstício do alvorecer plen-ifica a miríade de luz a se pro-jetar de uno/verso raio do ser, verbos re-fazendo verbos com regências do há-de ser, sonhos des-fazendo sorrelfas de meiguices, in-auditos de mistérios e in-verdades compondo ritmo e melodia do perpétuo antes do sagrado genesis, serenata mística, seresta mítica das estesias e ex-tases do In-finito, cantata lendária dos clímaces e á-gonias da katharsis.


Inspiração... Ins-pirar verbos solsticiando concordâncias de sublim-itudes do há-de evangelizar o cântico do nada, de efemer-itudes do há-de verbalizar a magia edênica do belo em plenas núpcias com a divina arte das melopéias, epopéias literárias do belo. Inspirar metáforas regenciando versos de silencitudes do há-de ecumenizar a balada de vazios da alma que voga, vaga pela tarde que em cigarros distrai o eu estar só.


Ermos de sensibilidade e conceitos, refugiamo-nos na noite, as letras e eu; impregnados de sono, rolamos num rio escorreito e nos trans-formamos em pura expectativa sobre os princípios e vagas querenças do pleno e da verdade.
Ins-pirar sonho do ser, re-criando pers sensíveis de in-fin-itivas paisagens silvestres, panoramas campesinos.


O orvalho respinga incessante nos recônditos regaços de minh´alma, neles pres-ent-ificam-se silêncios in-auditos, verbos solitários inexprimíveis.


(**RIO DE JANEIRO**, 20 DE JANEIRO DE 2018)


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